Assassinato de jornalistas e impunidade de agressores fez de 2008 ano "trágico", diz SIP
Redação Portal IMPRENSA
Nesta sexta-feira (26), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgou um anúncio em cerca de 350 jornais do continente lembrando o assassinato de 13 jornalistas nas Américas em 2008 e pedindo a punição dos responsáveis.
Para a entidade, este ano pode ser considerado "trágico" para o jornalismo, já que o assassinato dos profissionais no continente e a impunidade dos agressores "restringem gravemente a liberdade de expressão e o direito do público à informação".
O México foi o país que registrou o maior número de crimes contra profissionais da imprensa. Foram assassinados no país Armando Rodríguez, Alejandro Fonseca, Miguel Angel Villagómez, Mauricio Estrada, Bonifacio Cruz, Alfonso Cruz, David García, Felicitas Martínez e Teresa Bautista Merino.
Além destes, Jorge Mérida, da Guatemala; Carlos Quispe, da Bolívia; Raúl Rodríguez, do Equador, e Pierre Fould, da Venezuela, também morreram por conta da profissão. Segundo a agência de notícias Efe, desde 1995 a organização tem um programa de treinamento de jornalistas em zonas de risco, além de vigiar o cumprimento da liberdade de imprensa nas Américas e fazer campanha contra a impunidade de crimes contra profissionais da imprensa.
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Publicado em: 07/10/2008 18:24
SIP conclui que profissionais latino-americanos correm riscos para exercer o jornalismo
No último dia de debates da 64ª Assembléia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Madri, mais de 500 proprietários e diretores de meios de comunicação da América e Europa concluíram que, para muitos profissionais latino-americanos, exercer o jornalismo é questão de vida ou morte.
Identificou-se, nos debates, quatro grandes ameaças contra a liberdade de expressão. A primeira delas é "um preocupante aumento da violência física, cuja conseqüência mais grave foi o assassinato de oito jornalistas na Bolívia, Equador, Guatemala, México e Venezuela".
"A deterioração das relações entre Governos e imprensa, caracterizado por constantes e sistemáticas agressões verbais provenientes de altas autoridades" foi considerada pelos participantes da Assembléia a segunda maior preocupação para a imprensa.
A terceira ameaça é o "uso inadequado de fundos públicos por Governos para pressionar meios de comunicação através de publicidade oficial", e a quarta são as "numerosas exceções que podem comprometer" leis de acesso à informação pública.
Para Earl Maucker, diretor do jornal norte-americano Sun-Sentinel e presidente da SIP, os governos latino-americanos que mais prejudicaram a liberdade de imprensa - Argentina, Bolívia, Equador, Honduras, Nicarágua, Paraguai, Uruguai e Venezuela - são "esquerdistas e intolerantes".
De acordo com a agência de notícias Efe, Enrique Santos, co-diretor do diário colombiano El Tiempo e sucessor de Maucker na Presidência da entidade, declarou que a tentativa do governo de Hugo Chávez de desqualificar o relatório elaborado pela SIP sobre a Venezuela "não nos inquieta, nem nos preocupa, nem nos surpreende".
Após receber críticas sobre a liberdade de imprensa em seu país, o ministro das Comunicações da Venezuela, Andrés Izarra, qualificou as acusações como "infundadas" e disse que "a realidade os desmente". A entidade acusou Caracas de acusar meios de comunicações de conspirações e de ameaçá-los com fechamento.
Identificou-se, nos debates, quatro grandes ameaças contra a liberdade de expressão. A primeira delas é "um preocupante aumento da violência física, cuja conseqüência mais grave foi o assassinato de oito jornalistas na Bolívia, Equador, Guatemala, México e Venezuela".
"A deterioração das relações entre Governos e imprensa, caracterizado por constantes e sistemáticas agressões verbais provenientes de altas autoridades" foi considerada pelos participantes da Assembléia a segunda maior preocupação para a imprensa.
A terceira ameaça é o "uso inadequado de fundos públicos por Governos para pressionar meios de comunicação através de publicidade oficial", e a quarta são as "numerosas exceções que podem comprometer" leis de acesso à informação pública.
Para Earl Maucker, diretor do jornal norte-americano Sun-Sentinel e presidente da SIP, os governos latino-americanos que mais prejudicaram a liberdade de imprensa - Argentina, Bolívia, Equador, Honduras, Nicarágua, Paraguai, Uruguai e Venezuela - são "esquerdistas e intolerantes".
De acordo com a agência de notícias Efe, Enrique Santos, co-diretor do diário colombiano El Tiempo e sucessor de Maucker na Presidência da entidade, declarou que a tentativa do governo de Hugo Chávez de desqualificar o relatório elaborado pela SIP sobre a Venezuela "não nos inquieta, nem nos preocupa, nem nos surpreende".
Após receber críticas sobre a liberdade de imprensa em seu país, o ministro das Comunicações da Venezuela, Andrés Izarra, qualificou as acusações como "infundadas" e disse que "a realidade os desmente". A entidade acusou Caracas de acusar meios de comunicações de conspirações e de ameaçá-los com fechamento.
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Publicado em: 02/10/2008 16:55
Para SIP, governos intolerantes e esquerdistas ameaçam imprensa na América Latina
Redação Portal IMPRENSA
Nesta quinta-feira (02), o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Earl Maucker, afirmou que um dos principais problemas da imprensa na América Latina é o "crescente número de Governos esquerdistas intolerantes".
Diretor do jornal norte-americano Sun-Sentinel, Maucker disse - às vésperas da 64ª Assembléia da entidade, realizada na Espanha entre 3 e 7 de outubro - que governos de países como Venezuela, Equador e Paraguai "estão se afastando" dos princípios básicos da liberdade de informação e de expressão.
Para a entidade, outro desafio enfrentado é a violência contra os jornalistas, especialmente em países como o México e Cuba. Entre 2000 e 2008, 41 profissionais mexicanos foram mortos, e 25 jornalistas cubanos continuam presos após a detenção dos dissidentes do Grupo dos 75, em 2003.
Há seis anos com um escritório em Havana, capital cubana, o Sun-Sentinel não conseguiu enviar Maucker este ano para o país. "Primeiro me disseram que tinham perdido meu visto e depois que não o aprovariam enquanto fosse presidente desta organização, mas que seria bem-vindo quando terminasse minha Presidência, portanto espero voltar no final deste mês ou no mês que vem", declarou o presidente da SIP.
Segundo a agência de notícias Efe, o jornalista afirmou que a profissão não é tida "em boa consideração", em parte pela "proliferação de veículos de comunicação que não têm normas escritas e padrões de conduta ética". Para Maucker, "foi criada a percepção de que os jornalistas só estão aí fora para surpreender ou envergonhar alguém, ou buscando o valor do entretenimento e não da notícia".
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