Era janeiro de 2003 quando um grupo guarani-kaiowá foi cercado por quatro pistoleiros que dispararam contra os índios na fazenda Brasília do Sul (MS), propriedade localizada em terras indígenas e reivindicada pelos povos originários. E espancaram o cacique Marcos Veron, 72 anos, que foi a óbito por traumatismo craniano.
O suspeito de ser o mandante do crime possui forte poder econômico no MS. O júri foi marcado para abril de 2010, e em São Paulo, mas acabou sendo postergado para maio.
As testemunhas indígenas curiosamente foram impedidas de se expressar no tribunal em Guarani, mesmo com a presença de um intérprete. O procurador da República Vladimir Aras abandonou a sessão em protesto e o julgamento foi suspenso.
Em um novo júri, os três réus foram absolvidos pela acusação de homicídio. E condenados a 12 anos e três meses por seqüestro, tortura e formação de quadrilha, numa sentença proferida pela juíza da 1º Vara Criminal Federal, Paula Mantovani Avelino.
Só que como havia passado quatro anos e oito meses sob prisão preventiva, eles ainda podem apelar ao TRF e aguardar um segundo julgamento em liberdade.
Presente no julgamento, o cacique que vive sob ameaças Ládio Veron, filho do cacique morto, e que sofreu tortura, ainda espera pela Justiça da morte do pai e da demarcação da tekoha. Escondido e em situação de precariedade.
A sua irmã, Valdelice Veron, também sofre ameaças. Os índios guarani-kaiowá enfrentam uma das piores situações entre os povos indígenas com elevados índices de suicídio, desnutrição infantil e confinados em pequenos pedaços de terra, sendo alvo de trabalho escravo em usinas de açúcar e álcool.
A propriedade reivindicada pelo grupo do cacique assassinado Marcos Veron é parte da Terra Indígena Taquara, com declaração de posse permanente dos guarani-kaiowá.
AJUDE! eles vivem em precariedade, se é esta a palavra!
CONTA BANCÁRIA DE VALDELICE VERON:
AGÊNCIA 0391 CONTA 61.635-4
O "Facepopular" foi lançado esta semana na Argentina como recurso "às restrições e arbitrariedades das redes sociais mais conhecidas", após a denúncia do ex-consultor de Inteligência americano Edward Snowden sobre um "grampo" global praticado pelo governo dos Estados Unidos.
Apesar da associação imediata ao "Facebook", o nome "Facepopular" surge da sigla "Frente Alternativa Contra o Establishment".
O "Facepopular", que está disponível desde o dia 9 de julho, através de servidores na Argentina, se apresenta como "uma rede latino-americana, para pessoas de língua espanhola, pensada e concebida sob nossos próprios parâmetros e padrões".
Seus criadores buscam "gerar um canal de comunicação e interação comunitária sem as arbitrariedades e modelos impostos pelas demais redes sociais, desenhadas e operadas fora da América Latina por corporações multinacionais", explica a própria página.
Pablo Lenz, um dos criadores do "Facepopular", espera contar nos próximos dias com mais de 100 mil usuários.
O registro de novos usuários estava suspenso neste sábado, mas "será aberto novamente nos próximos dias", anuncia a página.
O "Facepopular" tem muitas semelhanças com o Facebook, mas apresenta novidades como o "O indesejável da semana", "onde aparecerão os personagens que atentam contra os princípios propostos pela rede social alternativa", revela Lenz, um militante do partido Miles, ligado à presidente argentina, Cristina Kirchner.
O novo "Facepopular" integra a chamada redpopular.net, grupo de mídia on-line "orientado a difundir expressões populares que não encontram eco nas corporações e conglomerados de mídia a serviço dos centros de poder", explicam seus criadores.