Biblioteca da FAMASUL deveria ficar lotada de pessoas, pois a Classe Artística Palmarense tem muita gente. Mas houve várias cadeiras vazias no local. E durante a tarde houve esvaziamento do local, grande parte de quem foi de manhã não ficou à tarde (alguns saíram antes do final, levados pela revolta sobre alguns indicentes ocorridos no evento).
Palmares viveu um dia histórico na quinta-feira, dia 15 de Outubro de 2009. Houve a 1ª Conferência Municipal de Cultura dos Palmares (divulgaram como Segunda Conferência, porém foi a Primeira; em 2007 houve o Primeiro Fórum Regional de Cultura na Mata Sul Pernambucana e por isso confundiram; Fórum esse que foi discriminatório e excluiu as entidades culturais, foi feito somente com alguns representantes de governos municipais da região).
O evento ocorreu na Biblioteca da FAMASUL. Veja abaixo as fotos de componentes da mesa de autoridades: 
Vereadora Márcia Barreto; Xavier, Presidente da AEMASUL; Professor Douglas Marques, Diretor da Rádio Cultura dos Palmares.
Foi uma oportunidade para união de esforços na construção da cultura palmarense. Porém o grande mérito não se deve diretamente ao Governo Municipal ou Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho. A informação foi que ou se fazia essa Conferência ou Palmares estaria de fora dos apoios da FUNDARPE. Aplausos a esta administração democrática do Governo do Estado de Pernambuco que provoca a participação das representações das nossas bases sociais.
Mas isto não tira o mérito da assessoria cultural do Governo Municipal que se mostra acolhedora e atenciosa pelo menos ao receber as pessoas e dialogar. Vamos ver nas ações futuras! (na foto acima, o cantor Zé Linaldo, o Presidente da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, Antonio do Rego; representantes do GRUCALP: Jaorish, Luiza de Brito Gomes e a Presidente Elizabeth).
Por outro lado, o Prefeito dos Palmares demonstrou acatar o orientação da FUNDARPE, não se colocou truculento e podador. Ele poderia ter ganho créditos da Classe Artística se marcasse presença e fizesse o discurso de abertura como foi anunciado, mas enviou o Vice Prefeito Professor João Bezerra que o representou.
Vereadores que compareceram: João Carlos (Calanguinho do PT), Luciana Miranda (PT) e Márcia Barreto (PP). Mas não ficaram para participar dos debates durante a tarde. Seria bom se ouvissem o que os artistas locais disseram e reivindicaram (melhor ouvir que ler sínteses de relatórios do resultado burocrático do evento) e não somente comparecessem para ouvir a palestra da representante do Governo do Estado (Teca Carlos da FUNDARPE).
Uma palestra bem elaborada e bem expressa por Teca Carlos da FUNDARPE(foto acima), abordou o tema "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento", seguindo uma linguagem no estilo dos guerreiros da cultura, sendo ela uma guerreira também, agradando aos artistas presentes ao evento.
Um almoço foi servido aos participantes artistas e representantes de entidade culturais. Até pessoas não ligadas ao movimento cultural estavam presentes e tiveram direitos de inscrições e participações e voto.
Após almoço houve formação de grupos para discussões dos seguintes eixos temáticos: Produção Simbólica e diversidade cultural; Cultura Cidade e Cidadania; Cultura e Economia; Desenvolvimento Sustentável da Cultura, Gestão Institucional da Cultura. Em seguida aos debates em grupos que escolheram seus moderadores e relatores, ocorreram debates em plenária com todos os participantes da Conferência.
Os debates foram acirrados, com intensa participação, reivindicações e denúncias contundentes.
A Plenária da Conferência votou para escolhas dos Delegados a representar Palmares na Conferência Estadual de Cultura e os seguintes nomes foram escolhidos: Zé Ripe (cantor compositor poeta), Jaorish (ator, técnico de palco e Diretor de Teatro, poeta romancista dramaturgo), Paulo Profeta (poeta), Cláudio Sales (produtor de bandas e blocos), Lulika (cantor compositor e poeta).
Foi uma avanço para a cultura local, porém houve falhas grandes na organização do evento. Por exemplo, o GRUCALP recebeu o convite na véspera da data marcada para a Conferência, algo que prejudicou a participação da equipe grucalpense (pessoas que trabalham e estudam, não podiam ficar durante toda uma manhã e toda uma tarde num evento deste porte). Essas pessoas que organizam eventos deveriam facilitar a todos para participar, principalmente avisando antecipadamente e escolhendo finais de semana, quando as pessoas não têm expedientes. Fácil para quem está nos cargos de cultura, cujas participações nesses eventos constam como expedientes. Mas quem é assalariado nas empresas privadas e até em outras áreas do funcionalismo público não podem participar de eventos quando são promovidos em dias úteis.
Outra falha grande foi o atraso de mais de duas horas. E não houve a devida explicação por deixarem o público esperando esse tempo. Ao iniciar o evento, não cumpriram o anunciado da Abertura ser com o cântico dos Hinos Nacional Brasileiro e Municipal dos Palmares. Somente o Hino Nacional foi cantado.
Algo monótono foi o assessor de Comunicação da Prefeitura dos Palmares, Sr. Dogival Calheiros (foto acima), lendo as 4 laudas do Regulamento da Conferência. Regulamento que deveria ser enviado com os convites. mas ocuparam o tempo com uma leitura monótona de alguém que não empregou as inflexões necessárias a anular a fadiga da platéia (algo que somente um ator poderia fazer) ou com a visualização devida através do equipamento multimídia presente que não souberam utilizar como devido.
Outra falha técnica foi na numeração das salas onde os participantes se reuniram para discussão dos eixos temáticos. Nas fichas de inscrições os temas tinham numerações diferentes das numerações das salas (vários participantes querendo participar de temas que as salas não coincidiam com os números e funcionários noviços da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, mostrando falta de treinamento e de mobilização/prontidão técnica, insistindo para que as pessoas obedecessem listas mal distribuídas para poder entrar nas salas pelos números trocados).
Durante a votação dos Delegados, o método utilizado foi o de levantar a mão com o crachá de identificação de inscrição para participação no evento. Todos viram como os funcionários da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho somente levantaram os crachás para votar em Paulo Profeta, Cláudio Sales e Lulika. Algo muito errôneo. Os funcionários da Fundação não deveriam votar. Principalmente porque estavam coordenando o evento, fardados com identificações da Fundação. Mas o Presidente conhecido popularmente como o locutor "Toinho do Rêgo", deu autorização numa demonstração clara das preferências da administração da Instituição e portanto do Governo (devemos lembrar que Lulika foi candadito a Prefeito ano passado pelo PC do B, Cláudio Sales foi candidato a vereador eleito pelo PDT que após eleição foi cassado pelo Tribunal Eleitoral e Paulo Profeta foi um dos fundadores do PDT em Palmares e candidato a Prefeito pelo Partido em 1988)... Não precisamos nos alongar a explicações! O jeito é rir!
Fatos contundentes errôneos foram divulgados. A começar ao dizerem que aquela foi a Segunda Conferência Municipal de Cultura dos Palmares, quando foi a Primeira. E outro fato foi quando disseram que ano passado foi aprovada Lei de criação do Conselho Municipal de Cultura dos Palmares, quando esse Conselho foi criado durante a Constituinte Municipal ocorrida em 1990 e desde aquele ano existe na Lei Orgânica do Município dos Palmares tal Conselho, se Governos ateriores não ativaram foi por desrespeito e falta de sensibilidade (em 1990, através de Emendas Populares, com abaixo-assinados colhidos em nossos Bairros e com discussões com as comunidades antes de levar ao Poder Legislativo, o GRUCALP juntamente com a SOPREN - Sociedade de Proteção aos Recursos Naturais da Amazônia, entraram com Emendas nas áreas de Educação, Cultura, Meio Ambiente e Saúde; tendo entre essas emendas aprovadas, os Conselhos: Educação, Cultura, Saúde e Meio Ambiente).
As informações estão nos anais da Câmara de Vereadores dos Palmares. Faltou pesquisa. Esse pessoal que aparece caindo de paraquedas querendo ser herói de última hora, desrespeita quem verdadeiramente lutou sem financiamentos de ninguém, principalmente sem aderências ou conluios politiqueiros partidários!
Algumas coisas a mais, relataremos em outras crônicas.
Aguardem mais fotos e clipes.
Foi fato, registrei. Escrevo, assumo e assino.
Jaorish Gomes Teles da Silva
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