Uma doença que assola milhões de brasileiros e que mata uma pessoa a cada dez segundos no mundo por conta de suas complicações poderá estar próxima da cura. Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e de Auckland, na Nova Zelândia, que investigam o diabetes anunciaram que, dentro de dois anos, um novo medicamento poderá acabar de uma vezes por todas com este mal.
O estudo aponta que as duas formas principais de diabetes são resultantes do mesmo mecanismo. No caso, o diabetes juvenil ou diabetes tipo 1 e tipo 2 são provocados pela formação de aglomerados tóxicos do hormônio amilina. Eles envolvem as células responsáveis pela produção de insulina, freando sua produção. A partir disso, os cientistas acreditam que a cura estaria associada ao desenvolvimento de um medicamento que combata a acumulação da amilina ou que dissipe os aglomerados tóxicos existentes.
Tanto a insulina como a amilina são produzidas pelo pâncreas e estas duas substâncias atuam juntas para regular a reação do organismo à comida. Porém, parte da amilina pode ficar depositada em torno de células do pâncreas, originando os aglomerados tóxicos que impedem a produção de insulina pelas células responsáveis, o que provoca o diabetes.
De acordo com uma pesquisa divulgada no ano passado pelo ministério da Saúde, o diabetes cresceu 40% entre 2006 e 2012 no Brasil. Estima-se que ao menos 7,5 milhões têm a doença no país. Ainda de acordo com o levantamento, 75% dos brasileiros que sofrem de diabetes estão acima do peso. Obesidade e sedentarismo, além de fatores genéticos, figuram entre as causas da doença.
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