sábado, 31 de janeiro de 2009

* RESUMO NOTÍCIAS PRINCIPAIS JORNAIS 01/02/2009

O Globo

Manchete: Poder de investir em obras e projetos caiu 77% no Rio
Desde 2003, a capacidade da prefeitura do Rio de investir com recursos próprios em novas obras e projetos para a cidade, sem depender de convênios ou empréstimos, foi reduzida em 77,5% - caindo de R$ 686 milhões para R4 154,1 milhões. A análise, feita pela Secretaria municipal de Fazenda para o prefeito Eduardo Paes, atribui a redução a medidas do ex-prefeito Cesar Maia que levaram ao aumento de gastos com prestadores de serviços, servidores e precatórios, informa Luiz Ernesto Magalhães. Segundo Paes, dos R$ 7,3 bilhões de receitas próprias, sobram apenas 2,1% para investir na cidade – índice que em 2003 chegava a 13,8%. Diante do quadro, o prefeito, que completa hoje um mês de governo, planeja renegociar contratos e contigenciar R$ 1,3 bilhão do orçamento (...) (págs. 1, 15 e 17)

Polícia Federal vai combater milícias
A Polícia Federal vai ajudar a Secretaria estadual de Segurança Pública a investigar as milícias. Segundo o novo superintendente da PF no Rio, Ângelo Fernandes Gioia, o intercâmbio deve se dar dentro das atribuições da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), responsável pela repressão à segurança clandestina no estado. (págs. 1 e 25)

Universal usa crise e cresce no continente
Reportagem feita pelo Grupo de Diários América (GDA), que reúne 11 jornais, revela que a Igreja Universal do Reino de Deus se expandiu pela América Latina com um império de comunicação. (págs. 1, 12 e 13)

Mangabeira é o campeão das diárias
O ministro Mangabeira Unger passou 97 dias de 2008 viajando pelo exterior (mais de um quarto do ano). Ele recebeu R$ 35.176 em diárias, cerca de três vezes o seu salário. (págs. 1 e 3)

Os dramas do desemprego
Demissões na CSN, Peugeot Citroen, Michelin, Embraer e General Motors estão mudando a realidade de grandes exportadores do país, no Sul Fluminense e em São José dos Campos (SP). Desde novembro, nas duas regiões, foram dispensados 2.400 trabalhadores. As demissões já afetam as vendas no comércio e a receita com impostos (...) (págs.1, 27 e 30)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ganho de banco no país é o mais alto do mundo
No Brasil, o “spread” bancário (diferença entre os juros que as instituições pagam para captar recursos no mercado e os que cobram em empréstimos a clientes) é o maior do mundo e equivale a 11 vezes o praticado nos países desenvolvidos (...) (págs. 1 e B1)

Em Davos, elite econômica e política conclui que nada sabe
O fórum de Davos termina com a constatação do jornalista Martin Wolf: “Todos sabemos que nada sabemos”. Para a ministra de Economia da França, Christine Lagarde, o mundo “passou os últimos meses navegando no escuro”. A bem da verdade, não é que a elite econômica, governamental e empresarial reunida em Davos nada sabia. Ela sabe o que o mundo sabe. (págs. 1 e B7)

PMDB poderá reaver comando nas duas Casas do Congresso
Se não houver traição no Congresso, o PMDB está prestes a voltar à hegemonia no Poder Legislativo depois de 16 anos. A sigla disputa como favorita as presidências da Câmara e do Senado.O senador José Sarney (AP) e o deputado Michel Temer (SP) divulgaram listas de apoio que, no papel, garantem os postos aos dois. O partido diz ter mais de 50 votos para Sarney e ao menos 340 para Temer. (págs. 1 e A4)

Flagelo do desemprego
Quem são – Perda de vagas afeta mais mulheres, negros e mulatos, diz o IBGE. (págs. 1 e B3)

Editoriais
Leia “Tempo de pacotes”, sobre prestação de contas; e “Na alça de mira”, acerca de investimento público. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Balanços do PAC indicam atraso em 62% das obras
Levantamento feito pelo Estado nos balanços oficiais do PAC indica atraso em 62% das obras.
Dos 75 projetos de logística, energia e transporte urbano, 47 estão fora do cronograma. O andamento é prejudicado por problemas como a falta de projetos executivos, a demora na obtenção de licenças ambientais e a desabilitação de empresas vencedoras de licitações. As dificuldades se refletem na execução orçamentária do PAC – tido como fundamental para o Brasil reduzir os efeitos da crise internacional. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostram que, em 2008, sobrou R$ 1,895 bilhão no caixa do programa. São recursos colocados à disposição dos ministérios, mas que não foram gastos. (págs. 1, B1 e B4)

A longa estrada Belém-Davos
O sociólogo francês Alain Touraine avalia que a crise financeira mundial é consequência do descolamento da economia em relação à política. (págs. 1)

Davos tem acordo para defesa do livre comércio
Representantes de 44 países divulgaram documento contra o protecionismo, durante o Fórum Econômico Mundial. Eles prometeram dar prioridade à conclusão da Rodada Doha e renunciar a barreiras ou medidas de estímulo contrárias às normas da OMC. Há gente querendo jogar o livre comércio “na latrina”, criticou o diretor da entidade, Pascal Lamy. (págs. 1 e B10)

PMDB busca dupla vitória no Congresso de olho em 2010
A Câmara e o Senado vão eleger seus novos presidentes e o PMDB busca, com Micher Temer e José Sarney, a vitória simultânea nas duas casas. Com controle sobre a pauta do Congresso, tenta se fortalecer como aliado mais cobiçado para a eleição de 2010. (págs. 1 e A4)

Dora Kramer
Cosmopolitas, tendemos a qualificar as coisas da política brasileira como assunto de segunda linha. Não são. (págs. E e A6)

Chávez chega a 10 anos no poder e luta para continuar
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completa amanhã 10 anos no poder com o objetivo de garantir mecanismos para se perpetuar no cargo. Sua próxima tentativa será o referendo do dia 15 sobre a proposta de reeleição ilimitada. (págs. 1 e A14)

Saúde suplementar – 11 milhões têm planos antigosUsuários estão sujeitos a ter tratamento de saúde negado. (págs. 1 e A20)

Notas e Informações – Obama, o grande ausente
A crise global foi discutida no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, sem a presença do ator principal, o presidente dos EUA. Ficaram sem resposta questões importantes sobre o comércio de políticas antirrecessão. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: O que fazer contra a crise
A crise internacional tem alterado o comportamento de quem habita o topo da classe média. O planejamento financeiro, refeito para este ano diante das perspectivas sombrias da economia, tornou-se mais conservador. Mesmo investidores agressivos estão comedidos. Especialistas sugerem como planejar, poupar e investir em tempos de incerteza. (págs. 1, Economia E4 e E5)

Delegacias que são caso de polícia
O Programa Delegacia Legal completa 10 anos no Rio, mas mais da metade as unidades ainda usa máquinas de escrever e 12 mantêm carceragens. Muitos policiais chegam a levar de casa para o trabalho seus próprios computadores e até cadeiras. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Trânsito do DF mata mais motociclistas
O número de motos circulando pelas ruas de Brasília aumentou 314% nos últimos oito anos, índice bem acima da média nacional, de 211%. O crescimento impulsionou também a quantidade de mortes de motociclistas. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a taxa de mortos por 100 mil habitantes em 1996 era de 0,4, índice que subiu para 2,3 em 2005 e 3,2 no ano passado, mesmo com dados até novembro. Se as características do veículo não ajudam, por ser mais frágil, os condutores também não cooperam: de cada 10 motociclistas abordados pela fiscalização, quatro não têm carteira e dois estão alcoolizados. (págs. 1 e 27)

Sarney aperta o cerco na briga pelo Senado
Irritado com os movimentos do governo em prol da candidatura do petista Tião Viana (AC) à Presidência do Senado, o peemedebista José Sarney, também candidato ao cargo, manda recado duro ao presidente Lula: “Mantenha as tropas aquarteladas”. Disputa que termina amanhã já provocou maisestragos do que a base governista gostaria. (págs. 1 e Tema do dia, 2 a 6)

Congresso, “cidade” bilionária. (págs. 1 e Tema do dia, 2 a 6)

Empresas locais cortam gastos para não demitir. (págs. 1 e 26)

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Valor Econômico

Manchete: Itaipu e térmicas trazem reajuste maior de energia
Os efeitos da rápida desvalorização do real ante o dólar ainda vão chegar aos consumidores de energia elétrica. Quase 40% do reajuste estimado para o ano pelo Comitê de Política Monetária, de 8%, virá da energia de Itaipu, que é dolarizada e afetará as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, o faturamento de algumas distribuidoras aguentará o choque da redução do consumo de seus clientes industriais, que já começou em dezembro e tende a se acentuar neste trimestre.
Dos 8% de reajuste previstos pelo Copom, cerca de três pontos percentuais corresponderiam à variação do dólar da energia de Itaipu, segundo o diretor-geral interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana. A agência autorizou reajuste de 8,7% a partir deste mês. E toda a escalada do dólar que não for imediatamente para as contas - os reajustes para as distribuidoras são feitos uma vez por ano, ao longo do exercício - será remunerada pela Selic.
As empresas que terão suas receitas elevadas pelo reajuste são as que em 2008 tiveram revisões que diminuíram suas tarifas: CPFL, EDP Energias do Brasil, Celesc, Copel e Cemig. A AES Eletropaulo tem uma situação peculiar. O reajuste para sua área de concessão foi de pouco mais de 8%, a partir de julho de 2008. Na época, o dólar considerado foi de R$ 1,63. Como a energia de Itaipu representa 30% do que a empresa compra para distribuir, a elevação da moeda americana, cotada ontem a R$ 2,30, tem impacto maior no caixa da empresa do que em outras companhias. Todo esse gasto será integralmente repassado em julho, acrescido da remuneração da Selic. O diretor de regulação da AES, Ricardo Mourão, diz que essa devolução acontece ao longo dos 12 meses seguintes ao reajuste. Logo, o caixa não é recuperado de uma só vez, mas a Selic incide ao longo desse período.Pesarão ainda nas tarifas a inflação passada - o IGP-M em torno de 8%, dependendo da data de reajuste da distribuidora -e a conta de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2008 por causa da manutenção das térmicas em funcionamento e que terá impacto de cerca de 1,5 ponto percentual a mais nos preços. O reajuste da Bandeirante Energia, em outubro, dá uma idéia da pressão sobre as tarifas, porque foi influenciado pelos mesmos fatores: 15%. (págs. 1 e B6)

Expectativa do governo sobre a crise piora
Os prognósticos do governo sobre a economia pioraram sensivelmente do fim do ano passado para cá. O ativismo do governo na produção de idéias e elaboração de medidas para enfrentar a crise e, com isso, minimizar a onda de desemprego que é esperada para os próximos meses pode ser um reflexo dessa deterioração das expectativas.
Já não se nega com a mesma veemência de antes a possibilidade de 2009 chegar mesmo a não ter crescimento algum. Isso não é esperado, mas não é impossível. O nível de dispersão das expectativas para o PIB vai de zero a 3%. Mesmo o rebate do crescimento de 2008 para 2009, calculado entre 1 % e 2%, não deve ocorrer. O mais provável é que o país possa crescer cerca de 2% neste ano. (págs. 1 e A2)

OMC suspeita de subsídio em juros do BNDES e BBA
Organização Mundial do Comércio (OMC) acaba de concluir relatório, que é feito a cada quatro anos, sobre a política comercial do Brasil no qual insufla a suspeita de que as taxas de juros cobradas pelos bancos oficiais, como BNDES e Banco do Brasil, carregam subsídios à produção e exportação. O estudo mostra que o papel do financiamento oficial no Brasil é mais importante do que em qualquer outro país em desenvolvimento, com juros que equivaleriam à metade dos praticados pelos bancos comerciais em 2008. O documento, sigiloso, já foi entregue ao governo brasileiro. O crédito oficial foi o que mais causou debate entre os economistas da OMC na preparação do exame da política comercial do país. A pergunta era porque os juros continuam tão altos no Brasil e as taxas dos bancos oficiais, tão baixas em relação às do mercado. Ao Valor, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, rechaçou suspeitas de subsídios oficiais. Disse que há uma "deformação" na estrutura dos juros no país, porque a taxa de curto prazo é "extravagantemente elevada" e sempre foi assim desde o Plano Real. (págs. 1 e A3)

Previdência cobra R$ 458,9 milhões da Estácio de Sá
Maior empresa de ensino superior do país em número de alunos, a Estácio de Sá, do Rio, recebeu dois autos de infração da Receita Federal no valor de R$ 458,9 milhões, referentes a dívidas com o INSS. No centro da discussão está a validade do certificado de entidade beneficente que a Estácio possuiu até 2007 e que a isentava do pagamento de contribuições previdenciárias. O valor envolvido fez as ações caírem 6,6% no dia 22, quando a empresa divulgou a informação ao mercado. A Estácio diz que o risco de "perda" é remoto. Por isso, o valor não será provisionado no balanço.(págs. 1 e B1)

Empresas desistem do São Francisco
Mais duas empreiteiras, além da Camargo Corrêa, desistiram de sua parte nas obras de transposição do rio São Francisco. As construtoras LJA e Ebisa, que receberiam R$ 97,6 milhões para a instalação de estações de bombeamento, abandonaram o projeto alegando razões técnicas e financeiras. O Ministério da Integração Nacional recusou-se a aumentar o valor do contrato,e o consórcio formado pelas empreiteiras Gel e Tucuman, que ficou em segundo lugar na licitação, será convidado a assumir a tarefa.
Em uma reunião com as empresas envolvidas na obra, o ministro Geddel Vieira Lima dirá que não faltará dinheiro para o maior empreendimento do PAC com recursos exclusivamente orçamentários e vai exigir mais rapidez no andamento dos trabalhos. O projeto de integração das bacias hidrográficas do Nordeste é estimado em mais de R$ 6 bilhões, se forem levados em conta os investimentos feitos na revitalização do São Francisco. Geddel diz que não há riscos de atraso em função das desistências. Mas afirma que atrasos não serão tolerados, sob pena de rescisão contratual e substituição pelo Exército. "Eles (os empreiteiros) que tratem de fazer o serviço". (págs. 1 e A4)

Vale vende participação na Usiminas
Em uma operação que deve superar R$ 500 milhões, a Vale do Rio Doce deixará o capital da Usiminas. O negócio foi divulgado ontem pela Nippon Steel, que acertou a compra dos 5,9% de ações ordinárias que a Vale detinha na siderúrgica mineira. Os demais acionistas do bloco de controle - Votorantim, Camargo Corrêa e o Clube dos Empregados da Usiminas - têm preferência de compra, proporcionalmente a suas participações, Votorantim e Camargo Corrêa vão exercer o direito, segundo apurou o Valor, mas há dúvidas em relação ao clube dos empregados, dono de 10,1% das ações ordinárias da companhia.
A venda dos papéis da Vale não muda o equilíbrio de forças dentro do bloco de controle da Usiminas. (págs. 1, B1 e D2)

Deflação se aprofunda
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,44% neste mês, a taxa mais baixa desde setembro de 2005. Em dezembro, o recuo foi de 0,13%. Os preços ao consumidor subiram 0,75%, puxados por despesas típicas de início de ano. (págs. 1 e A6)

Aposta biotecnológica
O laboratório Cristália está investindo R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica voltada à produção de medicamentos biotecnológicos. A unidade deve entrar em operação em 2012, produzindo similares do hormônio do crescimento e do interferon. (págs. 1 e B7)

Foco na reposição
Com as exportações e as vendas para as montadoras em declínio, fabricantes de auto-peças voltam-se para o setor de reposição. A estimativa dos fabricantes é que o segmento fature R$ 1 bilhão a mais este ano, chegando a RS 10,6 bilhões. (págs. 1 e B7)

Fundos Imobiliários
A crise internacional e a perspectiva de queda dos juros internos podem criar um cenário favorável para os fundos imobiliários no país. No ano passado, apesar da crise, o retorno da maioria dos fundos listados em bolsa superou o CDI. (págs. 1 e D1)

Idéias
Armando Castelar: a crise oferece uma oportunidade histórica de se reduzir fortemente os juros básicos. (págs. 1 e Al3)

Idéias
César Felício: crise apanha quase todos os presidentes latino-americanos em momento de alta popularidade. (págs. 1 e A8)

FMI avalia emitir títulos de dívida para dobrar recursos contra crise (págs. 1 e C3)

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Gazeta Mercantil

Manchete: BB vai liberar R$ 2,5 bi para estimular venda de carro usado
Na tentativa de conter demissões, o governo federal acena com a possibilidade de socorrer mais uma vez o comércio de carros, só que agora os usados. O Banco do Brasil está perto de anunciar linha de crédito no valor de R$ 2,5 bilhões para as revendedoras de carros de segunda mão. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informaram fontes do Ministério do Trabalho à Gazeta Mercantil.“A linha de crédito está praticamente liberada. Ou seja, ela já se encontra na fase de final dos acertos técnicos”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), Ilidio Gonçalves dos Santos. Segundo ele, a venda de usados caiu cerca de 40% em razão dos juros médios de 1,8% ao mês e da insegurança do consumidor. Um total de 42 mil lojas independentes estaria com encalhe de 1 milhão de veículos. Cada estabelecimento tem em média cinco empregos diretos, informa a Fenauto. “Se o usado vai mal, a tendência é que o carro novo tenha dificuldade de venda”, diz o presidente da Fenauto. Segundo ele, os recursos vão chegar em boa hora. “O dinheiro é para capitalizar os lojistas que perderam 30% do capital com a depreciação dos usados”, diz.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também discute com o governo medidas para incentivar o comércio de seminovos. (págs. 1 e A4)

Investimentos de R$ 155 Bi adiados
Mapeamento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que a crise provocou a suspensão de R$ 155 bilhões em investimentos industriais. (págs. 1 e A5)

Dívida líquida cai para 36% do PIB
A dívida líquida caiu de 42% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007 para 36% no final do ano passado. O Tesouro estima novo recuo para 2009, já que não fará emissões de títulos a “qualquer custo”, diz o secretário Arno Augustin. (págs. 1 e B3)

Opinião
Klaus Kleber: O PIB de US$ 1,586 trilhão do Brasil em 2008 demonstra a força de nosso mercado interno, que está a exigir medidas urgentes e mais decididas para vencer a crise importada. (págs. 1 e A3)

Fundo de banco tem renda maior que independentes
A crise financeira internacional colocou à prova a performance das gestoras independentes de fundos, cujo desempenho dos multimercados ficou abaixo do apresentado pelas gestoras ligadas a bancos, durante o agravamento da turbulência no mercado no ano passado. Entre agosto e dezembro de 2008, o retorno dos fundos multimercados dos bancos ficou em 3,16%, ante rentabilidade média de 2,16% das gestoras independentes, segundo levantamento elaborado pelo professor William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo. O estudo mostra que o desempenho das gestoras ficou abaixo dos fundos geridos pelos bancos, principalmente nas categorias long/short - que realizam aplicações simultâneas de compra e venda de papéis, ganhando com a diferença de preço entre as apostas - e multimercados, que aplicam em renda variável e permitem alavancagem, segmentos em que as “butiques de investimento” são especializadas. (págs. 1 e B1)

CMN amplia recursos do agronegócio
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem sete votos para prorrogar dívidas antigas e ampliar os recursos disponíveis aos produtores, viabilizando a comercialização da próxima safra. No entanto, representantes dos produtores não ficaram satisfeitos com as medidas anunciadas. Segundo dizem, as aprovações são pleitos antigos de alguns setores e em muitos casos não atendem à realidade dos produtores. A falta de crédito ainda é considerada o maior problema. Entre as medidas, está a liberação de R$ 700 milhões do Prodecoop como capital de giro para as cooperativas. (págs. 1 e B11)

Opinião
Paulo Skaf: É legalmente viável a redução temporária da jornada de trabalho e dos salários, como sugere a Fiesp, visando dar mais fôlego ao setor produtivo neste momento. (págs. 1 e A3)

Ford perde no mundo, mas lucra na América do Sul
Ao contrário do prejuízo mundial de US$ 14,6 bilhões em 2008, o pior em 105 anos de história da Ford, as operações da montadora na América do Sul têm um histórico de lucros consecutivos, puxados principalmente pelo Brasil, o maior negócio da região. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, o lucro regional atingiu US$ 105 milhões, em contraste com perdas de US$ 5,9 bilhões no mundo, puxadas pelos Estados Unidos. Um fator que tem sustentado o lucro na região é a crescente demanda liderada pelo Brasil. Mesmo no último trimestre de 2008, quando o mercado brasileiro viveu uma acentuada retração, a operação sul-americana fechou no azul. “A redução do IPI foi muito importante para o mercado brasileiro. As vendas melhoraram”, afirmou Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Governamentais e Comunicação Coorporativa para a América do Sul.
Mesmo com o resultado positivo, Golfarb contém a euforia. “Agora temos que trabalhar com um novo mercado, bem mais retraído. Essa é a nova realidade.” (págs. 1 e C1)

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