Juazeiro dará as boas-vindas a quem visitar o museu de Luiz Gonzaga
Inauguração, programada para 13 de dezembro 'com um ano de atraso' encerrará as comemorações pelo centenário de nascimento do Rei do Baião
Publicado em 10/07/2013, às 06h07
Cleide Alves
cleide@jc.com.br
Diego Nigro/JC Imagem
Um juazeiro de 50 anos de idade e 15 metros de altura, plantado no pátio do antigo Armazém 10 do Porto do Recife, demarca o acesso ao Centro Cultural e Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga. A inauguração, programada para 13 de dezembro – com um ano de atraso – encerrará as comemorações pelo centenário de nascimento do Rei do Baião. Característica da caatinga nordestina, a árvore veio de Garanhuns, no Agreste pernambucano, e está em fase de adaptação ao clima litorâneo.
Não foi à toa a escolha da planta, que fornece ao gado sombra e alimento, além de não perder as folhas mesmo no período da seca. A árvore de flor branca e fruto amarelo tem simbologia forte no Sertão, onde nasceu Luiz Gonzaga. Quase toda casa tem um pé de juá no quintal e dificilmente o sertanejo corta um juazeiro, atestam as botânicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marlene e Dilosa Barbosa, que pesquisaram e escreveram livro sobre a espécie.
Na beira do cais, no Bairro do Recife, o juazeiro terá a função de chamar visitantes para conhecer um espaço cultural com 7,5 mil metros quadrados de área, dedicado ao famoso artista de Exu. “Nada do que estiver exposto é decorativo, escolhemos a essência representativa de Luiz Gonzaga (1912-1989)”, diz Isa Ferraz, responsável pela curadoria e direção de criação do museu, ao fazer a apresentação do projeto, na tarde de ontem.
O Cais do Sertão Luiz Gonzaga está dividido em dois módulos. O primeiro corresponde ao museu, previsto para ser inaugurado este ano, com sanfona, chapéu e roupas de Luiz Gonzaga (originais e réplicas), além de obras de arte contemporâneas produzidas pelo xilogravurista J. Borges. O segundo módulo é o centro cultural e só deve ficar pronto no fim de 2014, com auditório, sala multiuso, restaurante, café e jardim sertanejo.
No museu, um ambiente de formas arredondadas, batizado útero, vai exibir um filme de oito minutos O Sertão é o Mundo, do cineasta Marcelo Gomes. Cabem 50 pessoas no local, sentadas em banquinhos sertanejos, diz Isa Ferraz. “Quando o público entrar, as portas se fecham, as luzes se apagam e as imagens serão projetadas no chão e no teto, é o Sertão em contato com a beira-mar.”
GALERIA DE IMAGENS
Inauguração está programada para 13 de dezembro, com um ano de atraso
Leia mais na edição do JC desta quarta (10)
Nenhum comentário:
Postar um comentário