quarta-feira, 7 de agosto de 2013

* Minas e Paraná produzirão drogas mais baratas contra câncer


 Visita de representantes da Blipack à Funed, que receberá tecnologia para produzir o anastrozol, que combate o câncer de mama

Visita de representantes da Blipack à Funed, que receberá tecnologia para produzir o anastrozol, que combate o câncer de mama
Funed, em parceria com laboratório argentino, fará o remédio com preço 30% menor que mercado
Queila Ariadne
Minas Gerais vai ser pioneiro na fabricação de medicamento de câncer de mama no Brasil. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Belo Horizonte, será o primeiro laboratório brasileiro a produzir o anastrozol. A produção será possível a partir de uma parceria com o laboratório argentino Blipack e vai permitir a redução de custo do tratamento em aproximadamente 30%, segundo o representante da empresa no Brasil, Eduardo Machado.
Segundo dados do presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Anderson Silvestrini, cada caixa custa no mínimo R$ 300 e cada paciente precisa usar o anastrozol por cinco anos, o que daria um custo total de R$ 18 mil. Com a economia de 30% estimada pela Blipack, o valor da caixa cairia para R$ 210 e, o custo do tratamento seria reduzido para R$ 12.600. A economia, de R$ 5.400 por paciente, é o equivalente a 18 caixas de anastrozol, pelo preço atual.
“Essa é a economia por paciente privado, mas, considerando que surgem cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama por ano, a economia do governo com o tratamento pode chegar a R$ 270 milhões”, calcula Machado, considerando o período de cinco anos. Por ano, a economia seria de R$ 54 milhões.
Ontem, a diretora de projetos da Blipack, María Gabriela Fechino, e o gerente de produção, Alberto Giuliodori, visitaram o laboratório da Funed e constataram que a fundação está pronta para iniciar a produção do anastrozol. “Só faltam pequenas adaptações e ajustes, mas são processos corriqueiros. A Funed está apta”, afirmou Gabriela.
Antes dessa visita, eles receberam o presidente da Funed, Augusto Monteiro Guimarães, que foi à fábrica na Argentina, verificar a produção da Blipack e apresentar os projetos. “As tratativas estão adiantadas e temos a intenção de apresentar ao Ministério da Saúde um projeto para mostrar a economia que o governo terá ao comprar um medicamento feito dentro do Brasil”, destacou.
Atualmente, o anastrozol é feito pela AstraZenica, uma indústria biofarmacêutica de origem sueca e inglesa, que traz a matéria-prima de fora. “No caso da Funed, serão etapas até a transferência de tecnologia da Blipack ser feita. Mas, dentro de dois anos, o anastrozol já será totalmente feito no Brasil, o que vai baratear muito o processo em relação a redução de impostos, por exemplo”, afirma Eduardo Machado.
Fonte: O Tempo



Maringá fabricará remédio contra câncer


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai produzir o medicamento biológico Bevacizumabe, de última geração para o combate ao câncer e a degeneração macular (perda de visão) relativa à idade, no Parque Tecnológico de Maringá.
O produto usa o princípio ativo do Avastin, da Roche, cuja patente expirou em 2012. A produção do medicamento no Paraná foi concretizada durante viagem de uma missão do Tecpar à Rússia, com o propósito de acertar os detalhes do acordo de cooperação firmado entre o instituto e a Biocad Brazil.
Pelo prazo oficial do compromisso firmado entre o Tecpar e a Biocad, em 2017 os primeiros produtos do novo laboratório a ser instalado começarão a ser entregues.
Comitiva paranaense visita a Biocad Brazil na Rússia para afina
Comitiva paranaense visita a Biocad Brazil na Rússia para afinar acordo de cooperação. Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Alípio Leal, Secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul Ricardo Barros, Deputada Cida Borghetti e representantes do Tecpar e da Biocad Brazil Foto: Divulgação
Fonte: O Diário

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