Moradores de Olinda se reúnem em defesa do Mercado Eufrásio Barbosa
Governo quer reformar prédio, mas população defende manutenção do mercado público, com lojas tradicionais
Mercado foi inaugurado em 1990 e está desativado há sete anos
Foto: Michele Souza / JC Imagem
A ideia do governo do Estado de reformar o Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, e transformar o prédio no Centro de Arte de Pernambuco encontra resistência na cidade. Moradores do Sítio Histórico convidam a população para reunião às 20h desta quarta-feira (17), quando será criado o Comitê Pró-Mercado Público Eufrásio Barbosa e lançado abaixo-assinado eletrônico, endereçado ao governador Eduardo Campos.
Organizado pela Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta (Sodeca), o encontro será realizado na sede provisória da entidade, na Rua Bernardo Vieira de Melo, 127. “O governador precisa entender que as pessoas não aceitam o projeto apresentado. Nós queremos que ele ouça os moradores antes de fazer a revitalização. Esse é o teor do abaixo-assinado”, diz o coordenador de Planejamento da Sodeca, Edmílson Cordeiro.
Tanto locatários do mercado quanto moradores da Cidade Alta defendem a permanência do Eufrásio Barbosa como mercado público, com lojas para venda de artesanato (objetos de decoração, roupas, calçados e acessórios), ervas, grãos, carnes e peixes, além de lanchonetes e um restaurante simples. “Com esse perfil, o mercado atende o público local e os turistas”, afirmam as locatárias Inajá Almeida e Cristina Almeida.
O projeto do governo, com recursos do Ministério do Turismo (Prodetur), prevê salas para exposições permanentes e temporárias, sete lojas para venda de artesanato, oficinas para conserto de peças de artesanato, restaurante, lanchonetes, centro de pesquisa e área livre para eventos.
“Isso muda completamente o mercado e Olinda não recebe esse tipo de turista, sofisticado. O visitante que nos procura é mais popular”, destacam Inajá e Cristina. O Eufrásio Barbosa foi inaugurado em abril de 1990 com 28 lojas de artesanato, dez boxes de abastecimento (carnes e queijo), dez bares e lanchonetes. Está desativado há sete anos.
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