terça-feira, 20 de janeiro de 2009

* SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS do dia 19/1/2009

19 de janeiro de 2009
O Globo Manchete: Hamas aceita trégua e Israel inicia a retirada
O Exército de Israel iniciou ontem a retirada de tropas da Faixa de Gaza, depois que o Hamas também declarou cessar-fogo unilateral, como o governo israelense havia feito na véspera. (...) (págs. 1 e 20)
Comércio e bancos restringem crediário O agravamento da crise global fez comércio, bancos e financeiras aumentarem as exigências ao consumidor na hora de conceder empréstimos. O nível de comprometimento da renda com o crédito caiu de 30% para 20%. Além disso, profissão, tempo de emprego e local de residência passaram a ser analisados. (...) (págs. 1 e 15)
Lula se irrita com carta de colega italiano O presidente Lula ficou irritado com a divulgação da carta que lhe foi enviada pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano, com críticas ao refúgio dado a Cesare Battisti, e não vai comentá-la. (págs. 1 e 8)
No embalo da posse Embalado por uma onda de esperança que faz com que 79% se digam otimistas com relação aos próximos quatro anos, apesar da crise financeira, o presidente eleito, Barack Obama, atraiu uma multidão estimada em 400 mil pessoas ao Lincoln Memorial, em Washington, na tarde gelada de ontem. (...) (págs. 1, 21 e 22)
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Folha de S. Paulo Manchete: Hamas aceita trégua de 7 dias
Pouco mais de 12 horas após rejeitar a trégua unilateral declarada por Israel, o grupo islâmico Hamas decretou cessar-fogo imediato. (...) Apesar do anúncio, militantes palestinos dispararam pelo menos 15 foguetes contra o sul de Israel, alguns depois da trégua do Hamas. Fontes militares informaram que Israel reagiu com dois ataques aéreos. (...) (págs. 1 e A13)
Tarso compara asilo a Battisti a ação da Itália no caso Cacciola O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que o Brasil cumpriu a Constituição ao conceder status de refugiado ao italiano Cesare Battisti, apesar do apelo pela extradição feito pela Itália.Para o ministro, a negativa de devolver o ex-militante condenado por quatro homicídios equivale à recusa italiana em extraditar, em 2000, o ex-banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Cacciola, condenado no Brasil por crime financeiro. (págs. 1 e A4)
Brasil se atrasa por vontade própria, avalia economista O sul-coreano Ha-Joon Chang, 45, professor da Universidade de Cambridge, diz que o Brasil ainda sucumbe ao trauma da inflação.Considerado um importante crítico da globalização, o economista defende que o país deixe a cartilha neoliberal, corte a taxa de juros e copie medidas que no passado foram tomadas por nações desenvolvidas para crescer, como a proteção da indústria nacional. (págs. 1 e A16)
Servidor ainda utiliza cartão corporativo de modo irregular Um ano após a crise que levou a uma CPI e fez o governo baixar normas disciplinatórias, o cartão corporativo continua sendo usado para pagamento de compras não-emergenciais ou que não se preocupam em economizar dinheiro público.Dados do Portal da Transparência revelam que os cartões foram usados para pagar restaurantes caros e gastos em free shop e loja de material do Grêmio. (págs. 1 e A6)
EditorialLeia “Brasil antártico”, que analisa expedição inédita e conquistas do Programa Antártico Brasileiro. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Hamas anuncia trégua; Israel começa a deixar Gaza
O grupo islâmico Hamas disse ter vencido a guerra contra Israel e anunciou ontem a suspensão de seus ataques, por uma semana, condicionada à retirada israelense de Gaza no período. A decisão ocorre um dia depois que o governo israelense determinou um cessar-fogo em sua ofensiva contra o Hamas, considerando que seus objetivos foram atingidos após três semanas. A ação deixou cerca de 1.300 mortos – ontem, mais 95 corpos foram encontrados, a maioria de militantes do Hamas. (...) (págs. 1 e A12)
Obama diz que ‘levará anos’ para sair da crise A dois dias de sua posse, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, fez um discurso para milhares de pessoas no Lincoln Memorial, o mesmo local onde Luther King defendeu os direitos civis. Ele disse que levará “muitos anos” para resolver os problemas atuais do país, mas prometeu manter vivo “o sonho dos fundadores”. (págs. 1, A8 a A11)
Renda dos agricultores deve cair R$ 10,4 bilhões
Após bater recordes em 2007 e 2008, a renda dos produtores brasileiros de grãos vai recuar este ano. A receita obtida com a venda da safra de arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros grãos, que começa a ser colhida em fevereiro, deve encolher em R$ 10,4 bilhões – de R$ 89,8 bilhões para R$ 79,4 bilhões, segundo cálculos da RC Consultores. É a primeira queda em três anos e está concentrada na dobradinha soja/milho. (págs. 1, B1 e B3)
‘Chanceleres informais’ irritam Itamaraty
Com o aval do presidente Lula, ministros e assessores têm assumido o papel de diplomatas, atropelando os trâmites normais e eventualmente contrariando a linha política do Itamaraty. Mangabeira Unger, de Assuntos Estratégicos, por exemplo, foi o responsável pelo primeiro contato entre o Brasil e a equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, no início do mês. (págs. 1 e A4)
Aumenta o número de mortes por alcoolismo
Em seis anos, óbitos passaram de 10,7 para 12,64 por 100 mil habitantes. (págs. 1 e A6) Notas e informações – “25 anos de ilegalidade”O MST se recusa a entrar na legalidade porque não reconhece a democracia. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil Manchete: Paz na posse de Obama
Quando tomar posse na Presidência dos EUA, amanhã, Barack Obama terá um problema urgente a menos para resolver. O Hamas anunciou ontem uma trégua de pelo menos uma semana, e Israel, que havia declarado cessar-fogo unilateral no sábado, retirou suas tropas de dentro da Cidade de Gaza. Com o bom prognóstico, o democrata vai “agir rapidamente, para que a paz perdure”, contou um assessor. (págs. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)
PAC: só 9% das obras prontas
Apesar do aumento do repasse de verbas da União e do avanço nas licenças ambientais, indefinições sobre gestão e fiscalização das obras do PAC ainda são obstáculos. Em dois anos, só 9% dos projetos foram concluídos. (págs. 1, A5 e A6)
Protesto brasileiro anticrise no Japão
Um grupo de brasileiros foi às ruas de Tóquio, ontem, para protestar contra as demissões deflagradas pela crise financeira. Eles exigem maior assistência do governo japonês aos imigrantes. (págs. 1 e Economia, A19)
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Correio Braziliense Manchete: concursos em alta apesar da crise
O segmento de concursos cresce 40% ao ano desde 2005. E a perspectiva de expansão se mantém,com a abertura de 16.141 vagas no serviço público em 2009. Em apenas dois anos, as oito maiores instituições organizadoras de seleções arrecadaram cerca de R$ 327 milhões. As empresas que oferecem cursos preparatórios, por sua vez, investem em instalações e novas de filiais. Faltam professores para algumas disciplinas e os profissionais chegam a ganhar R$ 25 mil mensais por aulas. (págs. 1, 10 e 11)
Abalo global - Pressão total pela garantia de empregos
Dirigentes das principais centrais sindicais do país se reúnem hoje com o presidente Lula para pedir mais empenho do governo na manutenção dos empregos, em contrapartida às vantagens fiscais concedidas às empresas até agora. Também será cobrada a redução de juros. (págs. 1 e 12)
Lobby estadual
Governos gastam R$ 4 milhões por ano para manter escritórios políticos em Brasília. (págs. 1 e 7)
Cenário indefinido no Senado
A 14 dias da eleição para a presidência da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), atual presidente, e Tião Viana (PT-AC), candidato ao posto, ainda não têm certeza se José Sarney (PMDB-AP) está ou não no páreo. Encontro entre Sarney e Lula nos próximos dias será crucial para processo. (págs. 1 e Tema do dia, pág. 2)

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Valor Econômico
Manchete: Grupo do governo tenta reativar estatal Telebrás
A Telebrás, esvaziada, mas não extinta pela privatização do setor de telefonia há mais de dez anos, está no centro de uma disputa silenciosa entre grupos do governo com visões divergentes sobre o destino da estatal.Uma vertente, encabeçada pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, defende a revitalização da estatal, para que ela volte a ser uma empresa com atividades operacionais. Esse grupo quer transformá-la em gestora dos serviços de telecomunicações do governo federal e provedora de infra-estrutura para redes de banda larga.Outra ala do governo, com a qual o ministro das Comunicações, Hélio Costa, está alinhado, entende que a estatal deveria permanecer como está, cumprindo suas obrigações judiciais e caminhando para a extinção, como prevê a Lei Geral de Telecomunicações (LGT). (...) (págs. 1 e B1)
Acordo põe fim a disputa de elétricas
Duas importantes geradoras de energia elétrica, cinco distribuidoras que atuam no Estado de São Paulo e a Cteep – companhia de transmissão adquirida recentemente pela colombiana ISA – fecharam na semana passada um acordo pondo fim a uma disputa de R$ 225 milhões que se arrastava desde 2004. O entendimento vai diminuir o próximo reajuste nas contas de luz da Elektro e da Bandeirante, distribuidoras que atendem 3,4 milhões de consumidores no interior paulista. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) só não conseguiu convencer uma empresa a assinar o acordo, a Duke Energy, e declarou guerra nos tribunais à geradora americana. (págs. 1 e B5)
Consumo deve reduzir o PIB em R$ 200 bi
A contribuição da demanda doméstica para o crescimento da economia terá uma queda abrupta este ano. A redução do consumo e dos investimentos deve fazer com que a participação do gasto das famílias, do governo, dos investimentos e da variação de estoques caia para 1 a 2 pontos percentuais, ante os quase 8 pontos percentuais que impulsionaram uma expansão de 5,5% no Produto Interno Bruto de 2008, segundo analistas mais pessimistas. Isso significa que uma riqueza de R$ 200 bilhões deixará de ser gerada em relação ao ano passado, estima o economista Julio Callegari, do JPMorgan. As previsões para o PIB variam de zero a um crescimento próximo a 3%. (págs. 1 e A3)
BCs estudam fundo para bônus da AL
Os bancos centrais do Brasil, Argentina, México e Chile estudam a criação de um fundo para comprar bônus em moedas locais na América Latina com o respaldo do Banco de Compensações Internacionais (BIS). A idéia é utilizar pequena parte das reservas internacionais para montar o “Latin American Bond Fund”, que dará mais garantias ao investidores nos quatro mercados, ampliando a liquidez. O projeto teve impulso na reunião do BIS em novembro, em São Paulo, e é visto como importante em meio à gravidade da crise financeira. (págs. 1 e C1)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Empresas recorrem ao mercado de precatórios para saldar dívidas
O mercado de compra e venda de precatórios está se beneficiando das empresas que têm débito em caixa e das bolsas cada vez mais voláteis, em função da crise financeira global. (...) (págs. 1 e A11)
Ritmo do PAC depende de diálogo com setor privado
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal bandeira do governo federal, criado para operar como indutor da expansão econômica, completa dois anos com o papel de alternativa de alívio para os impactos da crise internacional. Os desembolsos totais de R$ 19 bilhões ainda estão abaixo da verba autorizada para o biênio 2007-2008, que soma R$ 34,5 bilhões. (...) (págs. 1 e A6)
Infraestrutura já recebeu R$ 9,3 bilhões do FI-FGTS
O fundo criado para aplicar os recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), FI-FGTS, já investiu R$ 9,3 bilhões em projetos de infraestrutura, atendendo a 52 projetos, e poderá financiar as obras em licitação.(...) (págs. 1 e B1)
Mais Crédito
Ônibus e carrocerias de caminhões voltaram a ser 100% financiados pela linha Finame, do BNDES. Segundo o dirigente do setor José Antônio Martins, a medida vai estimular o mercado. (págs. 1 e C1)
Cresce impasse entre governo e cafeicultores
Os representantes dos cafeicultores já pensam em articular novas ações para superar o impasse relativo aos custos de produção e resolver o problema das dívidas do setor. Segundo Carlos Melles, deputado federal (DEM-MG) e presidente da Frente Parlamentar do Café, a Conab calcula um custo médio de produção de R$ 240 a saca de café (60 quilos), enquanto os dados apresentados pelos produtores apontam um custo médio de R$ 350 em cada saca durante a última safra. (...) (págs. 1, e B12)

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* Estudante de Direito e dançarina do Huck ganhou Concurso Mundial de Redação da UNESCO!


Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito, dançarina do caldeirão do Huck VENCE CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO.
Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para professores.
Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases.


REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES
Tema: 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'Por Clarice Zeitel Vianna SilvaUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ


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PÁTRIA MADRASTA VIL


Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios??
Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.
Sem egoísmo. Cada um por todos...
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?
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Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.