segunda-feira, 25 de agosto de 2014

* Universitários desenvolvem esmalte de unha que pode detectar a presença de drogas em bebidas

O produto permite que a mulher identifique discretamente a presença de drogas mexendo a bebida com o dedo


Estudantes da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, desenvolveram um esmalte de unha que pode apresentar se há drogas em bebidas como Rohypnol, Xanax e GHB, que são usadas por estupradores para adulterar bebidas e fazer vítimas.
Para detectar a presença dessas drogas basta inserir o dedo dentro da bebida, que o esmalte muda a cor.
Essa iniciativa tem certa utilidade, já que segundo um recente relatório do Washington Post, os casos de agressão sexual usados com essas drogas têm aumentado.
Com o nome de Undercover colors, a empresa criada por quatro universitários afirma que o objetivo é desenvolver tecnologia que permitam às mulheres se protegerem contra esses crimes hediondos e silenciosos.
“Para o nosso primeiro produto, estamos desenvolvendo um emalte que muda de cor quando entra em contato com as drogas de estupro, como Rohypnol, Xanax, e GHB. Com esse emalte qualquer mulher pode identificar discretamente a presença das drogas mexendo a bebida com o dedo. Se a cor mudar, logo ela vai saber que algo está errado”, diz a empresa em sua página no Facebook.
O produto ainda não tem data para chegar ao mercado, mas em breve a equipe deve apresentar o novo esmalte à mídia.
Os estudantes Ankesh Madan, Stephan Cinza, Tasso Von Windheim, e Tyler Confrey-Maloney, criadores do produto, trabalham nesse projeto desde o ano passado. Atualmente, eles estão em busca investidores e já arrecadaram U$$ 100.000 dólares em investimento.
 Redação O POVO Online

* Presidente da Federação dos Jornalistas exige fim da violência policial contra profissionais

A intensificação de protestos nas ruas do Brasil desde as Jornadas de Junho de 2013, passando pela Copa do Mundo FIFA 2014 e com tendências a prosseguir no país, tem colocado novamente em pauta a questão da violência contra jornalistas, diante do registro de diversos casos. O tema ainda não é tratado como se deve no Brasil. Empresas não garantem a proteção necessária aos seus funcionários e o Estado brasileiro ainda se utiliza de métodos repressivos para conter os avanços das vozes dissonantes ou que coloquem em evidência as falhas do Poder Público.
Celso Schröder, presidente da Fenaj. Foto: Canindé Soares

Relatório publicado pela organização não governamental Artigo 19, que defende a liberdade de expressão e informação, aponta que, durante os protestos ocorridos no ano passado, no Brasil, não somente os manifestantes foram vítimas de ações violentas por parte de agentes do Estado. A Polícia Militar cometeu graves violações contra jornalistas e outros profissionais de comunicação, que cobriam atos públicos em todo o Brasil, na tentativa de impossibilitar que a cobertura e o registro da violência policial prosseguissem.
O levantamento mostra que a imprensa também sofreu violência verbal e física por parte dos manifestantes. Houve casos em que profissionais de veículos de comunicação foram hostilizados por cidadãos comuns e, até mesmo, expulsos do interior da concentração de manifestantes. Somente naquele mês de junho, houve 117 registros de jornalistas agredidos e feridos e outros 10 detidos, incluindo as mídias tradicionais e alternativas.
Para tratar dessa questão, a Adital entrevistou o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder. Ele discute como o é, como deve ser tratada e quais demandas que a violência contra jornalistas gera hoje no país. Para ele, as instituições públicas, até bem pouco tempo atrás, simplesmente ignoravam o problema ou contribuíam para a impunidade ao não darem continuidade aos processos policiais ou judiciais, podendo a violência contra o jornalista se dar desde o assédio até o assassinato.
Profissionais da mídia agredidos durante a Copa do Mundo Fifa 2014 no Brasil. Foto: Mídia Ninja

ADITAL - O que pode ser considerado violência contra jornalistas?
Celso Schröder - Qualquer ato que coloque em risco a vida, a segurança ou o trabalho do jornalista. A violência pode ter vários níveis e diversos tipos. Desde o assédio até o assassinato. Desde a violência física até o constrangimento moral.
ADITAL - A violência contra jornalistas pode ser considerada ato de censura ao trabalho da imprensa?
CS - Embora a palavra censura tenha uma definição precisa, na qual o Estado impede, de maneira a priori, a circulação de informação ou opinião, é possível fazer uma analogia entre o constrangimento de fazer o jornalismo, desde que intencional, e a censura. A violência sempre tem a intenção de inibir e impedir o jornalismo.
ADITAL - De que maneira as instituições públicas vêm tratando a questão?
CS - De uma maneira geral, as instituições públicas ou ignoravam o problema ou contribuíam para a impunidade, ao não darem continuidade aos processos policiais ou judiciais. O assassinato de jornalistas tem aumentado no mundo todo, principalmente [depois] do ataque estadunidense ao Hotel Palestina, no início da Guerra do Iraque, quando a imprensa deixou de ser vítima ocasional para se transformar em alvo.
No Brasil, nos últimos anos, os números cresceram assustadoramente. Desde crimes por encomendas aos crimes a partir das chamadas manifestações de junho [de 2013]. O governo brasileiro agiu de maneira ambígua. Enquanto a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência [da República] construiu um grupo de trabalho que transformou as propostas da FENAJ, [realizou a] criação de um Observatório Nacional e a indicação da aprovação de uma lei que federalize as investigações de crimes contra comunicadores, o Ministério da Justiça ignorou os pedidos de audiência insistentes da FENAJ.
ADITAL - As empresas jornalísticas ainda não demonstram estarem preparadas para garantirem proteção a seus profissionais de mídia, que ficam, frequentemente, vulneráveis a casos de violência durante o exercício da profissão. Como estimular essa necessidade dentro das redações?
CS - A FENAJ propõe um protocolo a ser firmado pelas empresas em nível nacional e a Federação com os seguintes itens: seguro de vida e saúde para aqueles jornalistas que estiverem em situação de risco; equipamentos e treinamento adequados para o nível do risco; constituição de uma comissão de segurança para avaliar pautas e estudar pertinência e formas de cobertura.
Jornalista canadense sofre violência policial durante cobertura da Copa no Rio de Janeiro. Foto: Mídia Ninja

ADITAL - Recentemente, acompanharam-se casos de prisões de repórteres que registravam ações da Polícia Militar durante manifestações da população nas ruas brasileiras, aparentemente sem justificativa fundamentada. O que justificaria a prisão de um jornalista?
CS - Pedimos uma audiência com o Ministério da Justiça, que criou um grupo de trabalho, mas que não atendeu ao pedido da FENAJ de fazer uma manifestação exigindo das policiais militares, principalmente, o fim das agressões aos jornalistas.
ADITAL - A violência ao profissional de mídia praticada pelo Estado deve ser tratada de maneira diferente dos casos relacionados ao setor privado, por exemplo? De que maneira?
CS - Os crimes devem ser denunciados, investigados e punidos igualmente. Os crimes realizados pelo Estado tem o agravante de serem oriundos de um ente social com o monopólio da força atribuído pela própria sociedade.
ADITAL - Como um jornalista deve proceder no caso de sofrer agressão?
CS - Exercitar os treinamentos, se utilizar dos equipamentos, seguros e proteções que deverão ser garantidos pelos empregadores. Trabalhar em sintonia com as entidades sindicais dos jornalistas e organizações de direitos humanos para o caso.

Marcela Belchior

Jornalista da ADITAL

* Tecnologias transformam resíduo tóxico do lixo, em água limpa

Por dia, 130 mil litros de chorume viram água e adubo em aterro do ES. 
No RJ, empresa economiza R$ 300 mil em dois meses com tratamento.
As tecnologias de proteção e de recuperação do meio ambiente têm conseguido resultados revolucionários no Brasil e no mundo. O chorume, aquele líquido resultante da decomposição do lixo, já pode ser transformado em água pura.
A maior parte do lixo gerado no Brasil é matéria orgânica, principalmente restos de comida. A decomposição desses resíduos provoca o aparecimento do chorume, o suco do lixo, um líquido escuro, tóxico, que pode contaminar as águas subterrâneas. Na maioria dos aterros do país, não há tratamento adequado para o chorume.
“Não é possível que a gente continue levando o chorume para estações de tratamento de esgoto que não tratam chorume. Diluem apenas”, comenta o engenheiro civil Walter Plácido.
Uma das exceções é o aterro de Cariacica, no Espírito Santo. Lá, uma tecnologia totalmente brasileira transforma 130 mil litros de chorume por dia em água tratada e adubo.
“95% do chorume vira água e os outros 5% são transformados em resíduo, na forma de um lodo sólido, sendo que este resíduo pode ser utilizado em processos de compostagem para que sejam transformados em adubo orgânico”, explica o empresário Poy Ramos Carneiro.
Em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, o tratamento do chorume é ainda mais sofisticado. Sai mais barato tratar o chorume por essa tecnologia alemã do que levar o material para tratamento em uma estação de esgoto.
O chorume recolhido do aterro é bombeado para uma miniestação de tratamento que cabe em um contêiner. Equipamentos de última geração filtram o chorume. Micro membranas só deixam passar as moléculas de água. O resultado do processo é impressionante. É água pura, destilada. O que era problema virou solução. Uma economia de R$ 300 mil em apenas dois meses.
“Eu acho que é um primeiro passo para que o país evolua no tratamento do chorume para todos os aterros”, diz Milton Pilão Junior, executivo da empresa de tratamento de resíduos.
O desafio agora é descobrir o que fazer com 80 mil litros de água destilada por dia.
“Os usos mais nobres desta água deveriam ser usos industriais. Indústrias que têm necessidade de água com alto padrão de desmineralização, alto padrão de destilação”, aponta o engenheiro Walter Plácido.
Por enquanto, a água destilada está sendo usada para baixar a poeira dentro do próprio aterro. Um banho de luxo, até que novos negócios transformem essa água em uma fonte de receita para quem cuida do lixo.

* Biogás como solução para os resíduos sólidos


“Com a construção de novos aterros, como está previsto na legislação, podemos incluir sempre uma captação de biogás e, nesse sentido, será possível tratar o lixo hospitalar, por exemplo. Só em Goiânia calculamos, seis anos atrás, uma capacidade de 3,5 megawatts de energia elétrica que pode ser produzida através de biogás de resíduos oriundos do aterro”, diz o pesquisador Joachim Werner Zang.
Apesar do potencial energético para produzir biogás, o Brasil ainda investe pouco nesta fonte energética. Os motivos são claros: “o desconhecimento da tecnologia e a falta de necessidade”, já que 70% da energia produzida no país é oriunda de hidrelétricas, explica Joachim Zang, em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.
O pesquisador esclarece que o biogás, implantado na Alemanha há 20 anos, seria uma solução adequada não só como fonte de energia, mas para resolver outro problema ambiental brasileiro: a quantidade de lixo produzido e mal armazenado. Zang menciona que “segundo o Ministério do Meio Ambiente, o país produz mais ou menos 300 milhões de toneladas de resíduos da agroindústria, por ano (…) e cem milhões de toneladas de lixo orgânico domiciliar”.
Esse total de 400 milhões de toneladas de resíduos orgânicos, assinala, “poderia ser aproveitado, desde que separado devidamente de outros materiais, na produção de biogás ou na produção de condicionador de solo ou biofertilizante. Essas seriam maneiras de reaproveitar os resíduos, ao invés de simplesmente deixá-los depositados em algum lugar”.
Embora atualmente o Brasil não esteja aproveitando o biogás para garantir o abastecimento de energia, como a exemplo da Alemanha há duas décadas, o país “tem a grande chance de dar o salto tecnológico que a Alemanha deu há mais de 20 anos”, destaca o pesquisador.
Zang menciona ainda que o biogás contribui para amenizar os problemas relativos às mudanças climáticas e ao aquecimento global. “Do ponto de vista ecológico do aquecimento global, essa política também é muito boa, porque os resíduos orgânicos depositados em aterro sanitário vão gerar biogás de qualquer jeito, pois o biogás é gerado quando a matéria orgânica, sob condições favoráveis, acima de 20 graus célsius, e na ausência de oxigênio é transformada por um consórcio de microrganismos que produzirão biogás”, pontua.
E acrescenta: “O lixo municipal tem cerca de 65% de matéria orgânica, e se conseguirmos separar esses resíduos orgânicos e produzir biogás, será excelente para o país, porque vai diminuir os custos de depósito e não vamos gerar tantos resíduos. Pelo contrário, vamos gerar dois produtos, ou seja, primeiro o biogás, que dá para produzir energia e segundo um fertilizante orgânico, diminuindo assim a necessidade de importação dessas grandes quantidades de fertilizantes minerais, mais de 21 milhões de toneladas em 2013.”.
Joachim Zang é doutor em Ciências Naturais na Área de Geociências da Johannes Gutenberg Universität Mainz, reconhecido pela Universidade de Brasília – UnB. É professor de Química Tecnológica e do Mestrado em Tecnologias de Processos Sustentáveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – IFG. Responsável no IFG pela cooperação com a Agência de Cooperação Alemã GIZ e pelo intercâmbio do IFG com a Universidade de Ciências Aplicadas de Trier, Alemanha (Hochschule Trier), apoiado pelo DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), e outras instituições de pesquisa e do ensino superior na Alemanha, como o Centro Alemão de Pesquisa em Biomassas DBFZ, a universidade de Rostock, a Universidade de Mainz e o centro de pesquisa Jülich (FZ Jülich), Leibniz Centre for Agricultural Landscape Research (ZALF), o Instituto Fraunhofer, o grupo de biotecnologia CLIB2021, entre outros. Atua juntamente com a Escola de Agronomia da UFG e LANAGRO/GO nos projetos de cooperação bilateral PURESBIO e i-NoPa com a Alemanha.
Confira a entrevista:
Foto: www.xing.comFoto: www.xing.comIHU On-Line – Como se dá a produção de biogás no Brasil atualmente e qual é a participação do biogás na matriz energética brasileira?
Joachim Werner Zang – Hoje no Brasil temos um grande potencial de produção de biogás e ele já está sendo produzido na área de tratamento de efluentes, ou seja, há muito biogás produzido, mas ele ainda não é aproveitado. De todo modo, há chance de se desenvolver mais biogás por conta do movimento iniciado pelo governo brasileiro em parceria com a Agência de Cooperação Alemã GIZ e o Ministério das Cidades.
IHU On-Line – Quais as razões de se produzir pouco biogás no Brasil?
Joachim Werner Zang – As razões são o desconhecimento da tecnologia e a falta de necessidade, porque o Brasil tem muitas fontes de energia, sendo que mais de 70% da energia elétrica é produzida pelas usinas hidrelétricas.
Por outro lado, hoje o Brasil enfrenta problemas com o tratamento de resíduos, inclusive com o lixo domiciliar. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o país produz mais ou menos 300 milhões de toneladas de resíduos das agroindústrias, por ano. Adicione a esse valor cem milhões de toneladas de lixo orgânico domiciliar produzidas anualmente. Dá um total de 400 milhões de toneladas de resíduos orgânicos que poderiam ser aproveitadas na produção de biogás ou na produção de condicionador de solo e fertilizante. Essas seriam maneiras de reaproveitar os resíduos, ao invés de simplesmente deixá-los depositados em algum lugar.
IHU On-Line – Qual é o potencial energético do biogás, considerando o lixo produzido no país?
Joachim Werner Zang – O nosso grupo de pesquisa internacional está discutindo e testando diferentes tecnologias para a produção de biogás. A tecnologia mais simples de aproveitamento do biogás faz uma purificação preliminar, tira enxofre e água e faz uma queima do biogás para cogeração de energia elétrica e calorífica. Essa é a grande diferença: se é feita uma cogeração com aproveitamento de calor, aproveita-se até 80% da energia, se é realizada só a produção de energia elétrica, aproveita-se somente até 40% da energia. Mas no Brasil ainda não temos a urgência de utilizar biogás como energia calorífica para aquecimento, como se faz na Europa, mas o calor poderia ser aproveitado em processos industriais.
IHU On-Line – Mas no Brasil não há tanto investimento em biogás por falta de tecnologia ou por falta de necessidade de ter mais uma fonte energética?
Joachim Werner Zang – Não falta tecnologia; ela já existe. Falta conhecimento; temos de transferir essa tecnologia. Sou alemão e para mim é mais fácil cooperar e fazer parcerias de pesquisa com institutos alemães e outros países europeus, como a França e a Finlândia, no projeto “No-Waste”, financiado pela Comissão Europeia. Já temos parcerias com o Centro Alemão de Pesquisa de Biomassa em Leipzig, com várias universidades, como a universidade de Rostock, de Trier, com empresas líderes do ramo, como a Schaumann Biotechnology, que têm conhecimento profundo dessa tecnologia e disposição de dividir suas pesquisas conosco. Diante disso, o Brasil tem a grande chance de dar o pulo tecnológico que a Alemanha precisava e deu há mais de 20 anos. A Alemanha hoje tem quase 8 mil usinas industriais de biogás, enquanto o Brasil tem em torno de 20 usinas com uma capacidade de 19 MW produzindo cerca de 0,06% da energia elétrica. De todo modo, temos de lembrar que a Alemanha também começou nessa faixa há 20 anos: no início dos anos 1990 tinha cerca de cem usinas e hoje tem quase 8 mil usinas fornecendo cerca de 15% da energia elétrica calorifica que o país necessita.
IHU On-Line – Todo o lixo produzido na Alemanha é revertido em biogás?
Joachim Werner Zang – Não, nem todo o lixo é revertido em biogás. A Alemanha tem uma estratégia bem diferente de lidar com o lixo em comparação ao Brasil. Hoje, o lixo não é mais depositado; o lixo que não dá para ser aproveitado de outra forma, ou seja, que não pode ser utilizado na produção de biogás ou reciclado, é queimado. Todos os aterros sanitários lá estão fechados e aqueles que ainda existem servirão para produção de biogás nos próximos 20, 30 anos, fornecendo cerca de 0,5% de energia elétrica. Nos próximos 50 anos, com certeza, poderemos produzir biogás com muita facilidade nos aterros sanitários do Brasil para produzir energia elétrica e calorífica.
IHU On-Line – Tendo em vista a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, promulgada em 2010, qual a expectativa em relação ao aumento da produção de biogás no país?
Joachim Werner Zang – A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi bem pensada, mas a realização dela será o grande desafio. No que se refere ao tratamento de esgoto, por exemplo, esse esgoto gera um lodo primário que tem grande capacidade na geração de biogás. Na cidade de Goiânia, por exemplo, temos 90 toneladas de lodo por dia para produzir biogás e fertilizantes. O tratamento microbiano de água também pode gerar biogás.
Na Alemanha — permita que eu faça as comparações, porque elas são importantes para vislumbrarmos o que está sendo feito —, a maioria das estações de tratamento de esgoto (ETE’s) são em cidades a partir de 40, 50 mil habitantes que produzem a própria energia elétrica, contribuindo assim com quase 1% da produção de energia elétrica; muitos inserem a energia na rede a partir do tratamento de esgoto. Esse é um processo muito interessante, o qual poderíamos adotar no Brasil para suprir uma boa parte da energia elétrica das ETE’s no país. Geralmente as ETE’s são operadas por empresas públicas ou público-privadas.
O lixo municipal no Brasil tem cerca de 6065% de matéria orgânica, e se conseguirmos separar esse lixo e fazer a produção de biogás, será excelente para o país, porque vai diminuir os custos de depósito e não vamos gerar tantos resíduos. Pelo contrário, vamos gerar dois produtos, ou seja, primeiro o biogás, que dá para produzir energia, e segundo um fertilizante orgânico, diminuindo assim a necessidade de importação dessas grandes quantidades de fertilizantes minerais, mais de 21 milhões de toneladas em 2013. Do ponto de vista ecológico do aquecimento global, essa política também seria muito boa, porque o lixo orgânico depositado em aterro sanitário vai gerar biogás de qualquer jeito, pois o biogás é gerado quando a matéria orgânica, sob condições favoráveis, acima de 20 graus célsius e na ausência de oxigênio é transformada por um consórcio de microrganismos que produzirão biogás. Nesse sentido, todos os lixões brasileiros estão contribuindo bastante para o aquecimento global.
Mas com a construção de novos aterros, como está previsto na legislação, podemos incluir sempre uma captação de biogás e, nesse sentido, será possível tratar o lixo hospitalar aproveitando o calor da cogeração de energia a partir desse biogás, por exemplo. Só em Goiânia calculamos, seis anos atrás, uma capacidade de 3,5 megawatts de energia elétrica que pode ser produzida através de biogás de resíduos oriundos do aterro.
IHU On-Line – O senhor está apontando vantagens em relação à produção de biogás. Há, por outro lado, desvantagens nesse tipo de energia?
Joachim Werner Zang – Em relação às desvantagens, novamente quero citar o caso da Alemanha, porque lá eles cometeram um grande erro, o qual não precisamos reproduzir no Brasil. Na Alemanha, 60% do material que entra na usina de biogás é milho, neste caso a planta inteira. Então, usam uma planta que pode ser nutricional para produzir biogás. Houve muitas discussões sobre essa questão, mas no Brasil não podemos reproduzir isso. Nesse sentido, a política brasileira quer que a produção de biogás seja feita apenas a partir dos resíduos, os quais temos o suficiente.
Ainda em relação às desvantagens, precisamos de investimento. Se queremos aproveitar biogás da queima, esse investimento é médio, mas se queremos purificar esse biogás para um combustível, temos de ter tecnologia de purificação — existem empresas no mercado que estão dominando essa energia —, porque é preciso purificar o biogás para metano puro, já que biogás é uma mistura de cerca de 60% de metano e de 40% de dióxido de carbono e outros gases. Tem de retirar o dióxido de carbono e alguns outros gases, porque ninguém quer transportar dióxido de carbono junto para queimar somente o metano depois. Outra desvantagem é o fato de que algumas usinas de biogás no Brasil não funcionam direito; falta investimento em pesquisa. Nesse sentido, temos de investigar bastante o processo de produção do biogás para manter um processo eficiente. Para isso, precisamos formar uma geração de técnicos, tecnólogos, mestres, engenheiros e pesquisadores que dominem essa tecnologia.
IHU On-Line – O biogás tem alguma implicação nas mudanças climáticas, já que é composta essencialmente de metano e dióxido de carbono, ou o tratamento dos gases é suficiente para não gerar problemas ambientais?
Joachim Werner Zang - Implicação climática tem quando o biogás for liberado direto, ou seja, sem tratamento, na atmosfera. O metano é 23 vezes mais problemático para o aquecimento global e para o efeito estufa do que o dióxido de carbono. Então, se não tiver aproveitamento de biogás, o melhor é queimá-lo e transformá-lo assim em dióxido de carbono. Todo o CO2 liberado com a queima do biogás foi incorporado durante o crescimento das plantas. Então, se aproveitarmos o esquema do biogás, estamos na realidade favorecendo a atmosfera.
IHU On-Line – Em que consiste o projeto brasileiro-alemão de produção de biometano? Pode nos explicar em que consiste o biometano e quais suas vantagens em relação à gasolina, por exemplo?
Joachim Werner Zang – Na cooperação Brasil-Alemanha tem vários projetos, mas neste caso trata-se de um projeto intergovernamental com a agência de cooperação alemã GIZ e o Ministério das Cidades, especialmente sobre biogás a partir de tratamento de efluentes e biogás derivado de resíduos de aterros sanitários. A Alemanha está apoiando as pesquisas realizadas no Brasil e o dinheiro utilizado para o desenvolvimento das pesquisas é oriundo de fundos de clima europeus, ou seja, entre outros, de créditos de carbono. Então, empresas que não investiram o suficiente, ou não conseguiram diminuir suficientemente a emissão de CO2, pagam taxas ou projetos para outros países através do Protocolo de Kyoto. Esse dinheiro e o de outros fundos europeus são aproveitados para ajudar no desenvolvimento de pesquisa e tecnologia no Brasil, porque o país produz centenas de milhões de toneladas de resíduos por ano, que podem fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas.
O biometano é uma fonte renovável de energia, que podem ser visto como praticamente inesgotável tendo em vista a vida humana. Alguns podem argumentar que o carvão e o petróleo também são renováveis em alguma medida, mas considerando os milhões de anos necessários para a sua formação, não são vistos como renováveis. Nesse sentido, o biogás é considerado realmente renovável porque não gera mais CO2, o qual já foi consumido pelas plantas. Em relação à gasolina, tem grandes vantagens. O ciclo completo de geração de biogás é igual ao etanol, que é 90% renovável.
IHU On-Line – Qual têm sido a aceitabilidade e o uso do biometano na Europa?
Joachim Werner Zang – O biometano está em fase inicial de implantação na Alemanha; ainda há poucas frotas que o utilizam. Mas essa é uma questão política e, nesse sentido, o país está oferecendo subsídios e garantias para que o biometano seja utilizado. A grande vantagem do biogás, por exemplo, além da energia renovável, é que ele é produzido no local, então não precisa transportá-lo de um local a outro. Nesse sentido, não há necessidade de gastar energia, por exemplo, para que um caminhão leve a gasolina a vários locais do país.
IHU On-Line – Como vê a atuação do Brasil em encontrar alternativas energéticas? O país está avançando ou ainda há dificuldades em pensar alternativas energéticas pelo fato de o país dispor de muitos recursos naturais?
Joachim Werner Zang – No Brasil não havia, nas últimas décadas, a necessidade de procurar alternativas energéticas, mas agora estamos observando a escassez de água, os problemas de fornecimento de energia, e então o foco dos governos federal e estaduais é procurar alternativas e soluções. A dificuldade é que nem sempre há leis municipais, estaduais ou federal que obriguem, por exemplo, que cada nova casa construída tenha aquecimento solar para água. Se tivesse uma lei, resolveria um problema em relação à energia.
De todo modo, tem a energia solar, que funciona muito bem, mas temos de pesquisar ainda sobre o sistema fotovoltaico, porque quando a placa solar aquece o rendimento cai pela metade. Em relação à energia eólica, o desempenho é fantástico em algumas regiões do Brasil, porque poderia ter energia dia e noite, se houver vento, mas em outras regiões não, e, portanto, também trata-se de uma energia flutuante. Energia de biomassa dá para controlar desde a queima até o armazenamento, então é possível fazer um mix de energias alternativas que podem substituir as energias fósseis na produção de energia elétrica, devido à escassez de água e à falta de chuva nos últimos anos. Então, precisamos de um mix de hidrelétricas, energia eólica, energia solar, energia de biomassa e ainda outras energias alternativas que poderíamos pesquisar.
* Publicado originalmente no site IHU On-Line.

* Comissão Nacional de Agroecologia aprova Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos

Brasília (DF) – A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica aprovou o mérito do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara). Reunida no auditório do anexo do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a Cnapo apreciou e aprovou o documento elaborado pelo seu Grupo de Trabalho-GT Agrotóxicos, composto por membros da sociedade civil e do governo federal. O Programa segue para avaliação nos ministérios envolvidos na temática e deverá ser lançado em novembro.
O Pronara surge num cenário preocupante, em que o Brasil é o campeão do uso de agrotóxicos há mais de 5 anos. Seu objetivo principal é a redução dos agrotóxicos no país e busca a transição para modelos alternativos, tais como a agroecologia e a produção orgânica. É estruturado em seis eixos: Registro; Controle, Monitoramento e Responsabilização de toda a cadeia produtiva; Medidas Econômicas e Financeiras; Desenvolvimento de Alternativas; Informação, Participação e Controle Social; Formação e Capacitação. E para sua efetivação tem três diretrizes norteadoras: incentivo à redução de agrotóxicos e a conversão para sistemas de produção sem essas substâncias, construção de mecanismos de restrição ao seu uso, produção e comercialização, com especial atenção àquelas com alto grau de toxidade, e um processo de educação em torno do tema.
Para Eugênio Ferrari, membro do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), esse programa vai contribuir muito para a concretização do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). Ele elogiou o trabalho, construído em diálogo com a sociedade, e os critérios e dinâmicas apresentados no processo.
“O Pronara faz parte do Planapo, e tem condições mais efetivas de atingir um número amplo de produtores. É uma ação fundamental do Plano voltada para o conjunto da agricultura familiar. É uma proposta de qualidade, e o GT tem o papel agora de não só incluir as sugestões, mas seguir nesse diálogo para que se tenha uma proposta mais concreta”, afirmou.
De acordo com Valter Bianchini, Secretário Nacional de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o programa está muito rico e é fruto da maturidade das discussões entre o governo e representantes da sociedade civil. Ele observou que houve uma evolução no mérito da proposta apresentada, cuja redação ainda será aprimorada e no prazo de 90 dias haverá um debate entre os ministérios para fechar a proposta final.
“A gente chega em novembro com um consenso da riqueza que está colocada. Tem coisas que, na sinceridade de governo, são polêmicas que precisamos aprimorar e ver que parte a gente assume ou precisa consertar. Teremos pessoas diferentes ano que vem, inclusive dentro da CNAPO, mas esse processo continua com a mesma intensidade. Vamos construir toda essa articulação e chegar com uma proposta avançada”, afirmou o secretário.
“Consideramos a implementação do programa uma pré-condição essencial para darmos encaminhamento aos processos de produção agroecológicas e alimentos saudáveis”, afirmou Marciano Silva, da Campanha Nacional Pela Vida e Contra os Agrotóxicos. Para ele, é necessária uma interação maior com outros GTs e órgãos que tratam do tema para dar consistência às propostas. “Ano passado teve uma reunião com diversos órgãos e organizações, de onde saiu um documento sistematizando as demandas da sociedade civil e apontando o aumento considerável do uso de agrotóxicos e diversos problemas causados. É preciso assumi-lo como um documento mínimo para abrir o diálogo nas esferas públicas e organizações sociais”, acrescentou.
Segundo Selvino Heck, Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República, é preciso dar continuidade e consequência a esse processo em curso. Foram identificados alguns espaços de governo para execução, e será necessária uma articulação política para dar força ao programa, complementou.
“Aproveitamos a mesa diretora da CNAPO com o Gilberto Carvalho e pedimos um apoio mais direto dele, e proponho uma reunião com o ministro [Miguel] Rossetto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário [MDA], e outros ministros que achamos importantes para fazer esse debate. Agora precisamos ampliar o raio de aliados e a consolidação dessa política. Ainda não estamos fazendo a revolução, mas como disse a presidenta em seu discurso no lançamento do Plano Safra da Agricultura familiar: chegará o dia em que toda a agricultura familiar será agroecológica”, concluiu.

* Em Houston centenas de pessoas flagram óvnis



Às vezes, eventos isolados de supostas imagens de óvnis causam furor nas redes sociais e em sites que abordam este tipo de questão. Em sua maioria, os fenômenoscaem no descrédito, pois acabam como meros acontecimentos avistados por uma ou outra pessoa. Contudo, imagine o que acontece quando centenas de moradores são testemunhas de um único evento ao mesmo tempo. Foi isso o que aconteceu durante uma tempestade na última semana em Houston, no Texas, ocasião em que uma enxurrada de fotos e vídeos invadiram a internet com supostas imagens de óvnis. Nos flagras aparecem luzes coloridas piscando, em forma de círculos, em intenso movimento no céu.  
Algumas das melhores cenas foram gravadas pelo músico Andrew Pena, de Houston. Ele registrou as intrigantes imagens quando estava na rodovia interestadual 45. E o mais interessante de tudo isso é que as cenas foram gravadas a somente 20 quilômetros de distância do Centro Espacial Johnson, o que levou muitos a acreditar que, na verdade, tudo não passou de algum teste de um novo “brinquedo” da NASA, um "disco voador supersônico" lançado, originalmente, do Havaí em 28 de junho.
O dispositivo, chamado oficialmente de Desacelerador Supersônico de Baixa Densidade, serviria para garantir o pouso seguro de naves e sondas espaciais em outros planetas, como Marte. Algumas outras teorias para explicar o fato são mais terrenas, como um balão meteorológico, o reflexo de uma luz de rua, luzes de um estádio ou um drone. A NASA, até o momento, não se pronunciou sobre os acontecimentos.


Fonte:

* Aparelho que 'turbina' cérebro com choques preocupa médicos

Aparelho de estímulo cerebral
A pesquisadora Hannah Maslen pediu 'calma e precaução' no uso de aparelhos que estimulam neurônios
Se fosse possível, você gostaria de pensar mais rápido e ter mais capacidade de atenção? Pois há equipamentos que dizem ser capazes de fazer exatamente isso.
Estudos confirmam a eficácia de técnicas de estímulo cerebral, e aparelhos para isso podem ser comprados até pela internet.

Os estímulos de corrente direta transcranial (TDCS) são pequenos choques elétricos aplicados na cabeça, estimulando os neurônios do cérebro.No entanto, especialistas alertam para os perigos dos equipamentos, que ainda não são regulamentados por autoridades de saúde.
A teoria por trás da técnica é que os sinais elétricos tornam os neurônios mais reativos, e pesquisas preliminares indicam que os estímulos elétricos podem aumentar a capacidade de atenção e ajudar pessoas com problemas de cognição e depressão.
A técnica é não-invasiva, extremamente leve e usada até pelas Forças Armadas dos Estados Unidos para melhorar o rendimento de seus pilotos de aeronaves não-tripuladas.
Algumas pesquisas indicam até que a técnica pode ajudar na resolução de problemas de matemática, um benefício que foi verificado seis meses depois da aplicação.

Matemática

Um dos pioneiros do uso de TDCS é Roy Cohen Kadosh, da Universidade de Oxford.
"Estudos demonstraram que, ao emitir sinais elétricos às partes certas do cérebro, podemos mudar o número de neurônios que transmitem informações no nosso cérebro, e assim aumentar a capacidade cognitiva em diferentes funções psicológicas", afirmou Kadosh à BBC.
No entanto, ele alerta que o uso indiscriminado da técnica poderia provocar danos.
"É possível usar estímulos que não são benéficos para a pessoa. É preciso saber por quanto tempo e em que hora e com que intensidade estimular o cérebro", disse Kadosh.
Apesar dos riscos, já é possível encontrar aparelhos destinados ao público majoritariamente adolescente de "gamers", os jogadores de videogames. Um dos equipamentos pode ser comprado pela internet por 179 libras (cerca de R$ 675).
Aparelho de estímulo cerebral
Pesquisadores usam eletrodos para emitir choques às regiões do cérebro que querem 'ativar'
A publicidade promete ganhos de aprendizagem e rendimento, entre outros benefícios. "É possível aprender de 20% a 40% mais rapidamente, reduzir a dor, se sentir melhor, aumentar a sua energia ou reduzir o estresse com TDCS? Estudos dizem que SIM!" - diz um anúncio.
O prometido entusiasmo incondicional à nova técnica levou neurocientistas a expressar sua preocupação com a técnica.
Hannah Maslen, pesquisadora de pós-doutorado na área de Ciência e Mente na Universidade de Oxford, recentemente pediu "calma" no uso dos aparelhos. A equipe coordenada por Maslen diz que, entre os possíveis problemas, estão ataques epiléticos e mudanças bruscas de humor.
De acordo com Nick Davis, da Universidade de Swansea, no País de Gales, o cérebro continua a se desenvolver até cerca de 20 anos de idade, e portanto intervenções nesta idade poderiam ter um impacto maior.
Ainda mais preocupante, para Davis, seria a possibilidade de adolescentes desenvolverem os seus próprios aparelhos de estímulo cerebral, já que a tecnologia estaria ao alcance de "adolescentes sagazes".
"Essas pessoas provavelmente vão usar a técnica em uma dosagem mais alta do que um cientista ou médico recomendaria e têm menos noção dos riscos", afirmou o pesquisador.

Riscos

Como os fabricantes do equipamento não classificam o aparelho de estímulo cerebral como tratamento médico, ficam isentos de se submeter a regulamentações por parte das autoridades.
O tipo de aplicação alardeado pelas empresas está distante da área de foco das pesquisas científicas, diz Hannah Maslen.
"Se eles fazem alegações sobre uso para games, estão muito longe do tipo de uso estudado para auxiliar pacientes que tiveram derrames ou sofrem de depressão", afirmou.
Ela afirma que o direcionamento para este mercado pode ser interpretado como uma forma de evitar que os equipamentos sejam considerados de uso médico, o que requereria regulamentação rigorosa.

A cientista diz que não defende a proibição do uso dos equipamentos, mas gostaria que os consumidores tivessem informações suficientes para avaliar os riscos do uso.