segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

* Um bairro modelo líder de sustentabilidade urbana!

Mais um exemplo de que é possível promover a ocupação dos espaços urbanos de um modo planejado e mais que isto, sustentável. Esta experiência bem sucedida, iniciada em 2002, apresenta soluções relativamente simples, cuja implementação não representa custo astronômico, e como poderá se ver no artigo, tem produzido benefícios não só no aspecto ambiental, como no social.

Nada mais coerente em um mundo preocupado com o aquecimento global do que condomínios pensados desde a construção em causar menos impacto ao meio ambiente. No Reino Unido, o BedZED, ou Beddington Zero Energy Development (Empreendimento de Energia Zero), é o modelo líder em sustentabilidade urbana. Desenvolvido pela maior incorporadora inglesa, a Peabody Trust, em conjunto com um grupo especialista em meio ambiente chamado BioRegional, o BedZED foi desenhado e concebido pelo arquiteto Bill Dunster.



O sucesso é tanto que o grupo de arquitetos tem feito projetos para vários outros países, como China, Portugal e França. “Todos têm zero ou baixa emissão de carbono, mostrando ser rentável e moderno viver de forma ecológica em qualquer parte da Terra”, diz Erika Rees, do time de arquitetos.
O bairro começou a ser habitado desde 2002, seguindo uma filosofia de composição heterogênea dos seus residentes: cerca de 1/3 dos habitantes pertence às classes mais desfavorecidas, 1/3 pertence à classe média e o outro terço à classe alta, entre os quais se encontram alguns dos que projetaram e financiaram o BedZED. Os resultados têm sido muito bons, com as populações mais carentes se integrando totalmente na vida social e à filosofia ecológica do bairro.


Desde o começo, o empreendimento londrino foi feito como manda a cartilha da sustentabilidade: com material de construção comprado perto da área a ser erguida, uso de materiais reciclados e mão-de-obra local. “Não existe diferença entre esse projeto e uma casa normal. A não ser pela vontade de fazer assim”, frisa o próprio Bill Dunster.


Hoje, 220 pessoas vivem nas 100 unidades do condomínio, localizado em Sutton, a 20 minutos de trem de Londres. Inicialmente eram 82 apartamentos e os demais eram escritórios. A idéia de trabalhar ali, contudo, parece não ter sido tão aprovada no dia-a-dia e logo os escritórios se converteram em novas moradias, de um a quatro dormitórios. “Embora à primeira vista não se note muita diferença com relação às casas comuns, com um pouco mais de atenção, começamos a reparar nos detalhes que tornam única essa ecovila”, comenta Mathew Sullivan, o guia responsável por explicar os princípios do empreendimento aos incansáveis visitantes. Mais uma prova de que o interesse por moradias sustentáveis cresce.


O sistema está baseado em técnicas simples e comprovadas para minimizar o consumo de energia. A Inglaterra tem um inverno rigoroso e todas as casas pedem aquecimento, o que representa um alto consumo de energia e gastos mensais. Nesta vila, as casas foram construídas para se manter a 18 ºC. Os materiais usados na construção, principalmente nas paredes, conservam e liberam vagarosamente o calor. As paredes foram feitas com isolantes térmicos entre duas camadas de concreto. Outra forma de aquecimento vem do uso da casa. Forno, TV, pessoas – tudo libera uma quantidade de calor, que, em vez de ser desperdiçada, fica retida por um supersistema de isolamento.
No verão, basta abrir as janelas para o ar circular. E os grandes e coloridos ventiladores que se vêem nos telhados mantêm uma circulação inteligente (refrescam no verão e usam a pressão do vento para intensificar o aquecimento no inverno).
Com essas técnicas, o consumo de energia para aquecimento é somente 10% do que gasta uma casa normal. O que se usa vem de fontes renováveis, proporcionando energia “neutro-carbono”. Como? Dentro do condomínio, uma unidade abastecida por refugos de madeira fornece a energia elétrica para todos os apartamentos. O calor desse processo gera água quente. Falando em água, a coleta das chuvas utilizando os telhados é usada para a descarga nos banheiros. Essa medida e outras, como máquina de lavar roupa com baixo uso de água e sistemas de descarga reguláveis nos vasos sanitários, fazem com que a média de uso de água no BedZED seja de 60 litros por dia por pessoa. Para ter uma idéia da diferença, no Reino Unido o gasto médio por pessoa é de 150 litros.


Resumo das vantagens


Menos impacto ao meio ambiente, menores gastos de água, luz e gás. No condomínio londrino, há ainda outros atrativos. Um quarto das residências é subsidiado pelo governo britânico, fornecendo casa a quem não tem condições financeiras. Outro quarto delas é destinado ao que se chama de social workers, ou profissionais indispensáveis para uma boa comunidade, como professores, médicos, bombeiros etc. (eles conseguem preços bem mais acessíveis para as moradias).
A metade das residências, vale dizer, interessou pela possibilidade de um bom investimento, por se tratar de um conceito novo e promissor. Custaram em torno de 15% mais que a média da região. Um apartamento de dois quartos, por exemplo, sai por volta de 250 mil libras, ou 875 mil reais. (O mercado imobiliário inglês é um dos mais caros do mundo.) Nesse momento, não há unidade à venda, mas uma fila de pessoas em espera indica que, caso alguém deixe o local, a venda será imediata.


Clube do carro


Atualmente, 49% dos moradores fazem uso da bicicleta como meio de transporte. O trem, um hábito cultural na Inglaterra, também é bastante utilizado. Há ainda sistemas de abastecimento elétrico para veículos e um Clube do Carro. O morador se inscreve e recebe um cartão. A partir daí, agenda o carro quando precisa (há estacionamentos em vários pontos da cidade), utiliza e devolve no estacionamento, pagando de acordo com o tempo de uso.
Embora qualquer pessoa possa ser membro, os moradores do BedZED tiveram incentivo inicial para pagar uma anuidade mais barata.
Esse mundo particular só cresce. Os arquitetos já divulgam as casas pré-fabricadas dentro desse conceito. O Rural ZED (www.ruralzed.com), como foi batizado, permite comprar uma casa completa como se fosse um kit ZED a ser instalado em seu terreno.
E estão para ser lançados novos empreendimentos: o One Brighton, o Riverside One, com 750 residências, além de hotel, cafés, escritórios e lojas, e o One Gallions, com 260 apartamentos. Todos com a bandeira do zero carbono.

Fonte: Revista Bons Fluidos



* Fatos históricos do dia 09 de fevereiro

Roma proclama República
No dia 09 de fevereiro de 1849 ocorre a Proclamação da República de Roma, formando um Governo Provisório composto por Giuseppe Mazzini, Carlo Armellini e Aurélio Saffi. Seus primeiros atos foram abolir o poder do Papa e escrever uma constituição para ser utilizada por uma Itália unida.

1556 - O pirata inglês Francis Drake saqueou a cidade de Cartagena das Índias (na Colômbia).
1822 - O presidente do Haiti, o general Jean Pierre Boyer, ocupa a cidade de Santo Domingo.
1839 - O general José Miguel de Velasco declara guerra contra o marechal Andrés de Santa Cruz, obrigando-o a sair da Bolívia.
1847 - Guerra entre Estados Unidos e México: os americanos desembarcam em Veracruz e iniciam a marcha sobre a capital mexicana.
1861 - Jefferson Davis é eleito presidente dos Estados Confederados da América.
1900 - O tenista norteamericano Dwight F. Davis funda o troféu mundial anual que recebe seu nome: a Copa Davis.
1909 - O acordo entre a França e a Alemanha sobre Marrocos reconhece a política francesa sobre o país africano.
1915 - Grande Guerra Européia no Canal de Suez.
1917 - A Alemanha desencadeia a guerra submarina.
1926 - O submarino Plus Ultra, com os tripulantes Franco, Ruiz de Alda, Durán e Rada, chega a Buenos Aires, onde recebe uma homenagem.
1929 - URSS, Romênia, Polônia, Letônia e Estônia firmam um pacto de não-agressão.
1929 - José León Toral, assassino do presidente eleito Alvaro Obregón, é executado no México.
1934 - Grécia, Turquia, Romênia e Iuguslávia firmam um Pacto Balcânico para garantir a segurança nas fronteiras.
1936 - León Cortés é eleito presidente da Costa Rica.
1942 - Um incêndio destrói em Nova York o paquete francês Normandie.
1946 - Stalin anuncia um novo plano para a URSS a fim de superar o Ocidente na produção de petróleo,.
1962 - Os Estados Unidos aumentam a ajuda militar ao Vietnã do Sul que enfrentam a guerrilha comunista de Vietcong.
1977 - A Espanha e a URSS estabelecem relações diplomáticas plenas.
1979 - Uma epidemia desconhecida causa em Nápoles a morte de 60 pessoas.
1981 - O general Wojciech Jaruzelski é nomeado primeiro ministro da Polônia.
1984 - Morre Yuri Andropov, dirigente político soviético.
1991 - Aprovada em maioria, através de um plebiscito, a independência da Lituânia, ratificada dois dias depois pelo Parlamento da República Báltica.
1994 - Morre Howard M. Temin, virólogo norteamericano, Prêmio Nobel de Medicina de 1975.
1998 - Morrem os 196 ocupantes do Airbus 300-600 da China Airlines que se estrelló junto al aeropuerto de Taipei. 2000 - A Comissão Européia abre uma investigação sobre a Microsoft.

* RESUMO NOTÍCIAS PRINCIPAIS JORNAIS 09/02/2009

O Globo

Manchete: Deputado dono de castelo renuncia
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG), dono do suntuoso Castelo Monalisa, no interior de Minas, avaliado em R$ 25 milhões, renunciou ontem ao cargo de 2º vice-presidente e corregedor da Câmara, numa tentativa de salvar o mandato, ameaçado por denúncias de sonegação fiscal e irregularidades trabalhistas. Ele telefonou à noite para o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), comunicando a decisão. “Foi um apelo da família, depois de todas as mentiras que colocaram”, disse Leonardo Moreira, filho de Edmar. O deputado entrará no Tribunal Superior Eleitoral com uma ação pedindo desligamento do DEM, que já antecipou a disposição de expulsá-lo. (págs. 1 e 3)

ANS investigará filas em hospitais privados
Responsável pela fiscalização de planos de saúde privados, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) poderá intervir em casos de demora ou atraso na marcação de exames e consultas médicas, que resultam nas filas mostradas ontem pelo Globo. A agência informa que a recusa de atendimento por parte de agentes de operadora de planos de assistência à saúde constitui infração. (págs. 1 e 11)

Avião pode ter caído por falha no combustível
Técnicos da Aeronáutica suspeitam que o avião que caiu sábado perto de Manaus, matando 24 pessoas, estava sem combustível ou com querosene adulterado. O motor esquerdo parou. Será investigado possível excesso de peso. (págs. 1 e 4)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Desemprego atinge 31% dos lares de SP
Pesquisa Datafolha feita em 3 e 4 de fevereiro mostra que, em 31% dos domicílios paulistanos, pelo menos um trabalhador perdeu o emprego nos últimos seis meses. (págs. 1 e Dinheiro)

Acusado de omitir castelo, deputado deixa Corregedoria
O corregedor da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG), anunciou ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), que renunciará à segunda vice-presidência – conseqüentemente, abrindo mão da Corregedoria. Moreira é acusado de omitir da sua declaração de bens um castelo em Minas e de se apropriar ilegalmente de contribuições ao INSS. Ele nega as irregularidades. Segundo o DEM, Moreira será expulso do partido. (págs. 1 e A4)

Avião que caiu levava pessoas em excesso
O Bandeirante que caiu no rio Manacapuru (AM) levava passageiros acima do limite registrado na Agência Nacional de Aviação Civil. De acordo com a agência, o avião tem capacidade para 19 passageiros. No acidente, morreram 24 das 28 pessoas que estavam a bordo dele. (págs. 1 e C4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Empresas privadas cortam R$ 10 bi em obras de base
A iniciativa privada já adiou ou cancelou obras de infraestrutura no valor de pelo menos R$ 10 bilhões, desde setembro, como reflexo das mudanças no cenário econômico mundial. Essas obras, principalmente portos e ferrovias, estão fora do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e são feitas pelas empresas, para uso próprio ou de terceiros. (págs. 1 e B1)

Pressionado, corregedor da Câmara renuncia
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) apresentou ontem à noite seu pedido de renúncia dos cargos de segundo vice-presidente e corregedor da Câmara. A suspeita de não ter declarado a posse de um castelo para a Justiça Eleitoral tornou insustentável a situação do parlamentar, que enviou um fax ontem à noite para o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), abrindo mão do posto de segundo vice para o qual foi eleito na última segunda-feira e, por decorrência, do cargo de corregedor. (págs. 1 e A4)

Juro beneficia a dívida pública
Ao derrubar taxas de juro para enfrentar a crise, o governo terá, este ano, uma ajuda inesperada para fechar suas contas. Analistas mostram que se a taxa de juro cair 3 pontos porcentuais até dezembro, como estima o mercado de acordo com o Boletim Focus, a dívida pública cairá 0,75% do PIB. (págs. 1 e B3)

CNPq cobra de bolsista que não volta ao Brasil
O órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia quer ex-bolsistas que estudaram no exterior e não voltaram ao País ou não comprovaram a conclusão do estudo devolvam o dinheiro. Processos chegaram a R$ 22 milhões, mas total de casos pode atingir R$ 71 milhões. (págs. 1 e A13)

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Jornal do Brasil

Manchete: Guerra contra terra ilegal na Amazônia
O governo federal vai começar esta semana uma força-tarefa destinada a regularizar 67,4 milhões de hectares nos nove estados que integram a Amazônia Legal. Comandada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com o Incra e institutos estaduais, a operação pretende deflagrar o maior processo de regularização fundiária já implantado no país, ao mudar títulos de propriedade e descortinar a estrutura de grilagem que se instalou na região. (págs. 1, País A4 e A5)

Deputado renuncia à Corregedoria da Câmara
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) renunciou ao cargo de corregedor da Câmara. A decisão foi comunicada ontem à noite, por telefone, ao recém-empossado presidente da Casa, Michel Temer. Edmar é acusado, entre outras coisas, de omitir da sua declaração de bens um castelo em Minas. (págs. 1 e País A6)

Portabilidade nos telefones começa hoje a valer no Rio
A partir de hoje a portabilidade numérica começa a valer no estado do Rio e em Brasília. Na prática, significa que 25 milhões de consumidores de telefones fixos e móveis poderão mudar de operadora de telefonia e manter o número. A TIM é a primeira a oferecer a portabilidade em todo o país. (págs. 1 e Economia A15)

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Correio Braziliense

Manchete: Gastança do Senado está longe do fim
O senador José Sarney assumiu a presidência da Casa prometendo corte de despesas, mas licitações em andamento preveem gastos milionários com cerâmicas, luminárias e materiais gráficos. Novo primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes, suspendeu algumas concorrências, mas se diz disposto a renovar a frota de carros oficiais a serviço dos parlamentares e a construir um novo prédio, orçado em R$ 140 milhões. (pág. 1, Tema do Dia e pág 2)

Edmar Moreira fora da Mesa
Chamuscado pelo escândalo do castelo, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) avisou o presidente da Câmara, Michel Temer, de que renunciará também ao cargo de 2º vice-presidente, além da corregedoria. (págs. 1 e 3)

Suspeita de excesso de peso em avião
Aeronáutica investiga se superlotação pode ter provocado a queda do Bandeirante PT-SEA em rio do Amazonas. Das 28 pessoas a bordo, apenas quatro se salvaram. Dezoito vítimas eram da mesma família. (págs. 1 e 6)

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Valor Econômico

Manchete: Crimes digitais prosperam com crise econômica global
Crimes financeiros pela Internet são uma das indústrias que mais prosperam com a crise. E-mails oportunistas, que carregam consigo programas espiões capazes de coletar informações pessoais e dados bancários, se espalham pela rede na velocidade das más notícias econômicas. No mundo, eles quadruplicaram entre o primeiro e o segundo semestre do ano passado, segundo levantamento da empresa de tecnologia Bit Defender. (págs. 1, B3 e C6)

Justiça aceita seguro em ação fiscal
Uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) abriu um precedente que pode aumentar o uso do seguro-garantia judicial em ações de execução de dívidas tributárias pelas empresas no país. O tribunal autorizou uma empresa a oferecer uma apólice, com validade de cinco anos, para garantir o pagamento da dívida ao fisco caso perca a ação na Justiça. (págs 1 e E1)

União vai cassar concessões não exploradas
A partir de agora, a empresa que não explorar uma concessão do governo vai perdê-la, adverte a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O objetivo não é retomar a concessão, mas exigir que haja a exploração, adianta a ministra.
Ela diz que não faltarão recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e muito menos para a Petrobras, pois o governo garantirá R$ 45 bilhões à estatal até 2010. Para Dilma, com venda antecipada de óleo, caixa e algumas captações, a conta fecha. (págs. 1 e A12)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Nova lei altera balanço das concessionárias
O capítulo da nova legislação contábil que se aplica às empresas que operam nos diversos segmentos de concessões de serviços públicos deve trazer muita polêmica às próximas safras de balanços. As principais alterações nos demonstrativos, se a norma for aplicada conforme o texto original do International Financial Reporting Standards (IFRS, na sigla em inglês), acontecerão na forma de reconhecer ativos e receitas das empresas. E pode alterar até mesmo a forma como os contratos de concessão são formatados. (págs. 1 e B1)

Plano Decenal prevê R$ 767 bi para projetos de energia
O Brasil destinará R$ 767 bilhões até 2017 para projetos ligados ao setor de energia, segundo o Plano Decenal divulgado pelo governo. A maior parte — R$ 536 bilhões — será aplicada na área de petróleo e gás. O setor de energia elétrica será favorecido com investimentos de R$ 181 bilhões no período, enquanto o segmento de biocombustíveis (álcool e biodiesel) receberá R$ 50 bilhões. Para elaborar o plano, que foi revisado pela última vez em outubro de 2008, o governo considerou um crescimento médio anual do PIB de 4,9%. (págs. 1 e C5)

Brasil entra em ação contra protecionismo
O governo irá se pronunciar hoje na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o avanço de medidas protecionistas anunciadas por países ricos, para enfrentar a crise financeira internacional e pedir que a OMC fique atenta ao seu teor. O temor brasileiro é de que algumas medidas enfraqueçam o comércio mundial e dificultem a entrada de produtos brasileiros nestes centros econômicos. A reação brasileira conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que irá discutir o assunto com o presidente norte-americano, Barack Obama, no dia 16 de março. (págs. 1 e A14)

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* Complô: ABIN avisa a Sarney Operação da Polícia Federal!


A Polícia Federal estava sigilosamente investigando o filho do senador José Sarney e o serviço secreto (ABIN) avisou o ex-presidente. Num dia critico, Sarney ligou para Fernando Sarney e falando por códigos, transmitiu a idéia que ele corria perigo. Em seguida o filho mandou a secretaria esconder as documentos e voltou apressadamente para Brasilia, embora tivesse acabado de chegar da capital federal. Abrigou-se na casa do pai senador, de lá só saiu quando o poder judiciário negou o pedido de prisão preventiva


O jornalista Felipe Recondo em matéria no Estadão, diz que “uma interceptação telefônica feita pela Polícia Federal em abril do ano passado, com autorização da Justiça, captou uma conversa entre o senador José Sarney (PMDB-AP) e seu filho Fernando Sarney. No diálogo, o presidente do Senado pergunta ao filho, que é empresário, se ele havia recebido informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), supostamente sobre um processo judicial que, então, corria em sigilo.


Na gravação de 3 minutos e 32 segundos, no dia 17 de abril do ano passado, Fernando pergunta ao pai se há alguma novidade sobre "aquele meu negócio", que seria um processo sigiloso protocolado na 1ª Vara da Justiça do Maranhão.

Sarney responde: "Não, até agora não me deram nada." Fernando prossegue: "Muito bem, mas eu aqui já tive notícia, aqui do Banco da Amazônia." O senador pergunta: "É, né. Da Abin?" E o filho responde: "Também."


A PF informou que a menção à Abin não é suficiente para abrir uma investigação específica a fim de apurar se agentes do órgão passaram para a família Sarney informações sobre uma operação policial em andamento. De acordo com delegados ouvidos pelo Estado, essa foi a única citação da Abin nas várias horas de gravações feitas, por isso dizem não ser possível levantar suspeitas sobre a participação de seus agentes nesse episódio.


O suposto vazamento de informações pela agência seria sobre a Operação Boi Barrica, em que a PF investiga a possibilidade de uma empresa de Fernando Sarney estar envolvida com esquema de financiamento ilegal na campanha eleitoral de 2006. Tal suspeita foi suscitada pelas interceptações telefônicas e pelo comportamento das pessoas envolvidas depois de informadas da existência de uma operação policial, segundo ofício encaminhado pela PF à 1ª Vara Criminal de São Luís, onde o caso é investigado.


No documento, a PF informa que, a partir do momento em que o inquérito foi protocolado, tiveram início "condutas suspeitas por parte dos investigados". A começar, continua o ofício, por outra ligação que Fernando recebe do pai.


De acordo com o ofício, Sarney determinou ao filho que voltasse a Brasília imediatamente. "Detalhe: Fernando havia deixado Brasília no dia anterior", ressalta o documento encaminhado à Justiça. Depois, Fernando recebe outras ligações com o mesmo intuito: chamá-lo imediatamente à capital federal.

Em uma dessas conversas interceptadas, Fernando liga para sua secretária e ordena que ela esvazie as gavetas de sua mesa, coloque tudo numa caixa e guarde em local seguro. Em caso do cumprimento de um mandado de busca e apreensão, como foi deferido pela Justiça, a PF nada acharia. Os policiais tentaram descobrir para onde foram levados esses documentos, mas não conseguiram.

As suspeitas sobre o vazamento de dados da Operação Boi Barrica levaram a Polícia Federal a abrir inquérito específico para apurar possíveis responsabilidades. As investigações ainda não foram concluídas.



Fonte: Estadão

* PODRIDÃO NO DEM! Escândalo: O Castelo Cassino do Deputado

A QUEDA DO DEPUTADO EDMAR MOREIRA QUE SE DEIXOU LEVAR POR MEGALOMANIA E QUERIA VIDA DE REI NUM PAÍS PRESIDENCIAL!


Um antigo empregado, do deputado Edmar, cuja identidade não foi revelada, pelo jornalista Anderson Alves, do jornal mineiro O Tempo, que o castelo que só conseguimos ver até agora de fora, é "um palácio luxuoso, com interior requintado aos mínimos detalhes e com um cassino sofisticado, que incluí até caça-níqueis, frequentado por dezenas de importantes políticos e empresários.” Ele, que disse ter trabalhado para Moreira como servente entre 1991 e 1996 e afirmou que um dos xodós do atual corregedor da Câmara é o "imenso cassino, construído perto da torre principal do castelo". Entre os clientes do cassino, o ex-empregado diz que se lembra ter visto muito lá o ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani. Diz que não pode confirmar outros nomes porque não conhecia os políticos. "A gente sabia que eram políticos porque os seguranças nos avisavam, mas lá todos tinham tratamento de barão"."O mais famoso que a gente sabe que esteve lá foi o Itamar (Franco). Afinal, era 1993, quando ele era presidente", disse, explicando que o ex-presidente foi recebido por Moreira, mas não participou de jogos no interior do castelo.


Foto de uma das salas decoradas no interior do castelo


"Ficávamos todos impressionados com a quantidade de dinheiro que os convidados perdiam lá. A gente via muito dinheiro indo para os cofres. Era uma infinidade de notas de R$ 50 e R$ 100", revelou. "O que também atraía muito os convidados era a adega do castelo. Claro que nunca contei, mas havia ao menos 8.000 garrafas. A adega é enorme, climatizada. Ele (Moreira) dizia que o vinho sempre tinha que ficar em temperaturas europeias".Segundo o ex-funcionário, para receber os jogadores - "normalmente aos fins de semana" -, o castelo era preparado com três dias de antecedência. "Tudo era muito bem planejado. Dentro do castelo, havia uma grande mesa com roleta, máquinas caça-níquel, bilhar e jogos de cartas"."Éramos uns 60 empregados por noite. O salão é muito grande, difícil até de limpar. Tinham pelo menos três grandes lustres, uma lareira e duas grandes escadarias", completou o ex-funcionário, dizendo ainda que "muitos convidados passavam a noite lá e, pela manhã, ainda disputavam partidas de golfe".



Em recente entrevista em Brasília, Edmar Moreira demonstrou irritação ao ser questionado se havia funcionado um cassino no castelo: "Está questionando que estou praticando contravenção?", retrucou. Já na quinta-feira à noite foi tirado do ar o portal na Internet que trazia informações e fotos do Castelo de Monalisa.


Quando soube que a Executiva Nacional do DEM vai se reunir para analisar a sua situação política, o deputado, que ocultado da Justiça Eleitoral o castelo em Minas Gerais, sentiu que sua cabeça iria rolar, resolveu renunciar aos seus cargos na Camara!


Pressionado politicamente para renunciar ao posto de segundo vice-presidente e já sabendo que perderá o cargo de corregedor da Câmara, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) provavelmente terá também de procurar um novo partido a partir desta semana.

Para os dirigentes do partido, a situação de Edmar Moreira se tornou insustentável politicamente dentro da legenda depois da descoberta da existência do castelo. Mas o comando do DEM já estava extremamente insatisfeito com Moreira por conta de sua entrada na disputa pela segunda vice-presidência da Câmara.

O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), já tinha divulgado nota na quarta-feira cobrando sua renúncia dos cargos na Câmara, mas sem vincular essa cobrança ao caso do castelo.

"Existe uma clara incompatibilidade dos atos do deputado com o que prega o partido. Mas a Executiva Nacional vai se reunir para discutir sua situação e as punições previstas pelo estatuto vão de advertência até expulsão", afirmou Rodrigo Maia ao Estado.

Edmar Moreira (DEM-MG) antecipando-se a todos, saiu da sua posição de “daqui não saio daqui ninguém me tira” e renunciou ao cargo de segundo vice-presidente e Corregedor da Câmara e vai se afastar do DEM. Para tentar tirar o foco de cima do seu castelo e de sua cabeça.

Segundo o Blog do Noblat em seguida entrará com mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral alegando que está sendo perseguido pela direção do partido.

É assim que pretende preservar seu mandato.

A Justiça entende que mandato pertence a partido. Uma vez que fosse expulso, como a direção do DEM anunciou que seria, Edmar perderia o dele.

O titular de mandato só pode se desligar do partido pelo qual se elegeu se provar que foi perseguido ou que o partido mudou sua ideologia. Nesse caso carregará o mandato para onde for.

Não será fácil para Edmar convencer a Justiça de que foi perseguido.

O DEM argumentará que ele ignorou o compromisso com a ética - um dos pontos do programa do partido. E que por isso perdeu o direito de ficar com o mandato depois de se desfiliar.

O Deputado atraiu todos os problemas na sua direção quando resolveu sair do anonimato e ficar mais poderoso na Câmara. Os refletores trouxeram-lhe apenas dor de cabeça e talvez a perda de mandato.