quinta-feira, 8 de novembro de 2012

* Governo brasileiro com altos investimentos em espionagem!

ABIN ganha espaço com Dilma.

 A presidente Dilma Rousseff está ampliando o espaço dedicado a arapongas e militares na área do Palácio do Planalto. Três novos anexos estão sendo construídos nos fundos da sede do governo federal para abrigar mais funcionários contratados pelo Gabinete de Segurança Institucional, a antiga Casa Militar que perdera influência nos anos 1990. Além do aumento do espaço físico e do número de agentes na ativa, a Presidência elevou os gastos com a espionagem oficial.

Em seu primeiro ano, o governo Dilma executou R$ 347 milhões em despesas com ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão do GSI que se chamava Serviço Nacional de Informações (SNI) no tempo da ditadura militar (1964-1985). É o maior valor gasto pelo Executivo nessa área nos últimos cinco anos - R$ 32 milhões a mais que no ano anterior. Já a despesa com a área civil caiu de R$ 490 milhões em 2010 para R$ 436 milhões no ano passado.
A estimativa é de que o número de militares e espiões lotados no Planalto aumente com a inauguração dos novos pavilhões. Em 2002, o efetivo do GSI era de 649 agentes. Quando Luiz Inácio Lula da Silva deixou o governo, em 2010, o número chegava a 800. Agora, no começo de 2012, o gabinete conta com 907 militares e espiões, sendo 46 com funções gratificadas. Dos 3.066 funcionários lotados no Planalto, quase um terço é militar.
Ao contrário das despesas do setor civil, os gastos da arapongagem continuaram em ritmo crescente após a mudança de governo. Em 2007, a administração Lula executou R$ 172 milhões com as ações da Abin. A despesa passou para R$ 211 milhões em 2008, R$ 257 milhões em 2009 e R$ 315 milhões em 2010.   
Fonte: Estadão.

  No ano passado, mais de R$ 226 milhões foram gastos pela instituição, o que representa um crescimento real de 44% em quatro anos.

Abin atua na inteligência e na contra-inteligência

A Abin, sucessora do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), o temido braço de inteligência da ditadura militar, atua em duas vertentes. Segundo o site do órgão, a primeira é no setor de inteligência, por meio da produção de conhecimentos sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência no processo decisório e na ação governamental e, ainda, sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. O segundo ponto é na área da contra-inteligência, pela adoção de medidas que protejam os assuntos sigilosos relevantes para o Estado e a sociedade e que neutralizem ações de inteligência executadas em benefício de interesses estrangeiros.

Segundo a Abin, essa divisão busca atender às necessidades rotineiras do processo decisório presidencial, atuando no acompanhamento de fatos emergentes, previsíveis ou não, com o intuito de antecipar tanto oportunidades quanto possíveis ameaças ao Estado Democrático de Direito. A agência é vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR).
O professor de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB) Lúcio Castelo Branco, no entanto, faz duras críticas à Abin. Ele acredita que a agência poderia ser um órgão muito importante para o País, caso o Brasil fosse soberano. Segundo ele, as Forças Armadas, por exemplo, encontram-se sucateadas. “Processos de investimentos tecnológicos foram enterrados. A agência nunca funcionou como serviço público e nunca preservou o interesse nacional. O órgão é sem finalidade e sujeito a intervenções perversas e torpes; usado para tráfico de influência. Eles espionam a vida das pessoas e fazem escutas clandestinas. É um naufrágio institucional. Não há como justificar esse aumento de verba para o órgão”, afirma. 
Fonte: Instituto Brasil Verdade
 

* O terror da Barragem de Serro Azul - Parte 1

Nossa reportagem não conseguiu acessos à área de construção da Barragem em construção no Engenho Verde, Distrito de Serro Azul, Palmares - PE. Hostensivo policiamento impede entrada de reportagem ou de qualquer cidadão que não seja trabalhador da empreiteira. Fotos e filmagens proibidas.
Foto da obra da Barragem de Serro Azul, Distrito de Serro Azul - Palmares - PE. Fotografia realizada de longe por uma ativista social

A barragem se transformou num terror não somente para moradores do Engenho Verde e arredores que estão despejados de suas terras que há dezenas de anos cuidam e mantém suas famílias. Os trabalhadores da construção da barragem também passam por graves problemas.
Foto da obra da Barragem de Serro Azul, Distrito de Serro Azul - Palmares - PE. Fotografia realizada de longe por uma ativista social

Reportagem do Jornal O OLHO conversou com um trabalhador de uma das empreiteiras daquela construção. E eis as informações corretas relatadas por quem está dentro da obra (o informante será protegido por segurança de vida e para não perder emprego):

O Paredão:
O paredão programado ao término da obra medirá 4 Km de extensão por 68 metros de altura. 

Acidentes:
Ocorreram 2 acidentes durante explosões de dinamites usados para destruir pedregulhos na área. Diáriamente ocorrem explosões. Os acidentes ocorreram porque "esqueceram" de contar quantas bananas de dinamites explodiram e liberaram a área, então as restantes foram acionadas por acidente quando máquinas automotivas passaram (uma das máquinas foi atingida e um trabalhador sofreu susto quando uma imensa rocha passou perto dele). Trabalhadores estão temerosos.
Quanto aos moradores do Engenho Verde e da Sede do Distrito de Serro Azul, sofrem com as explosões. Além das rachaduras em várias casas de familias que ainda não foram retiradas do local, problemas nervosos devidos às tensões sobre as explosões e as questões dos despejos da população para outro local. 
Veja reportagem no site da Comissão Pastoral da Terra: Trabalhador é gravemente ferido na obra da Barragem de Serro Azul.

Demissões e debandada de trabalhadores:
Na obra da barragem há duas empreiteiras: MRV Engenharia (de Brasília) e Construtora Triunfo (de São Paulo). 
Nosso informante disse que houve 400 demissões de trabalhadores. E vários vindos de outros Estados pediram transferências por temores sobre a obra. Temores que foram repassados por Engenheiros que também não quiseram ficar na obra e pediram transferências por não concordar com o Projeto, repassando informações para operários. Vários engenheiros não quiseram ficar em Serro Azul. Além da agressão ambiental há falhas no Projeto (estudos mal elaborados sobre o terreno que não é apropriado para construção de barragem).
Desde início da construção da barragem ocorreu variação de contratações e demissões. Quando demitiram 400 operários, contrataram 200. Isso mostra uma estratégia das empresas por motivos de vínculos empregatícios. Mas nosso informante disse que o número de operários diminuiu na obra, algo estranho porque chegando época de estiagem na Mata Sul (ja está com seca há tempo, poucas precipitações pluviométricas), quando deveriam acelerar a obra, então desaceleraram.
Ultimamente houve problemas sobre pagamentos dos operários porque o Governo do Estado não enviou verba e a Empreiteira Construtora Triunfo que é mais poderosa que MRV Engenharia, cobriu os pagamentos dos trabalhadores.

Os chefes das empreiteiras dizem que o helicóptero a circular pelo local sempre é o Governador vistoriando a obra. E que ele não está satisfeito com a morosidade. Muito dinheiro já foi liberado que não se condiz com as realizações locais da construção mostrando resultados inferiores ao gasto exorbitante.

A construção da Barragem de Serro Azul gerando injustiça social contra os moradores da localidade e contra os trabalhadores das empreiteiras que vivem sob tensão por vários motivos de instabilidades trabalhistas (de uma hora para outra podem ser demitidos) e inseguranças.

Uma guarnição da Polícia Militar mantém o local da obra intensamente guarnecido.