quarta-feira, 28 de agosto de 2013

* seminário feminsta: Gênero, direito á cidade e Justiça Ambiental

Aconteceu nos dias 20 e 21 no Convento das Dorotéias em Olinda o seminário: Gênero, direito á cidade e Justiça Ambiental: conflitos e resistências nos territórios.


Durante dois dias 32 mulheres sendo algumas representantes das três instituições que compõem o convênio mulheres populares e diversas no Brasil e de várias organizações populares. O seminário: Gênero, direito à cidade e Justiça Ambiental: conflitos e resistências nos territórios, propôs uma metodologia democrática participativa onde todas as mulheres e homens presentes puderam compartilhar suas experiências sobre os impactos sócio ambientais das grandes obras em sua localidade ,podemos afirmar que as discussões nos grupos e nas plenárias foram de suma importância para que os objetivos do seminário pudessem ser alcançados.
Objetivos: identificar e qualificar as de violações de direitos nos territórios e os conflitos daí advindos nas áreas do porto de SUAPE, da região metropolitana do recife e zona da mata.
Produzir subsídios para o debate da cartografia a partir da identificação da dinâmica sócio-territorial experimentada pelas mulheres
Para colaborar com a construção coletiva de mapas de conflitos e desigualdades socioambientais, foram apresentados dados sobre os impactos causados pela ocupação dos mega empreendimentos e construções nas regiões ribeirinhas coma o desafio de fazer uma analise dessas na vida social das pessoas do entorno e em especial das mulheres da região metropolitana e da zona da mata. Os trabalhos do dia foram coordenados por: Luiza de Marillac – FASE
“O modelo de cidade que eles pensam é o modelo DUBAI, eles querem fazer uma higienização na cidade, querem que os pobres não precisem sair das favelas, ou se intimidem de vir para cá, eles querem fazer um Brasil estilo Dubai”. Guita - MLB – Região Metropolitana do Recife.
“A estrada agora passa na praticamente na porta da minha casa, antes tinha uma distância de mais ou menos 5km, com a duplicação da BR o governo comeu um pedaço da minha parcela que já estava reflorestada. ”Luiza- assentada/São Lourenço da Mata – PE.
No segundo dia iniciamos as atividades com a apresentação de painéis sobre: desenvolvimento econômico, à cidade e justiça ambiental, após as apresentações  dos painéis feitas por Nivete Azevedo - CMC,Maria José Pacheco CPP  e Joana Barros FASE/ Nacional, foram construídas propostas  de estratégias para o enfrentamento da atual situação dos territórios do entorno das regiões metropolitana do Recife e Zona da Mata Sul e Norte em relação aos impactos sócio ambientais sofridos por essas comunidades.
Nivete apresentou dados sobre a realidade das comunidades e cidades do entorno do Porto de SUAPE, o que não difere muito da realidade das comunidades ribeirinhas da Região metropolitana e Zona da Mata sul/Norte e litoral de Pernambuco.
Maria José Pacheco mostrou um panorama da realidade das comunidades tradicionais que lidam diretamente com a degradação do ambiente marinho e a escassez de pescado o que afeta diretamente a situação econômica das famílias que vivem da pesca artesanal.
Joana Barros fez um passeio sobre as diversas realidades em torno do Brasil fazendo um comparativo com a realidade da RMR e Zona da Mata sul e norte do Estado de Pernambuco. A coordenação dos trabalhos do dia foi feita por: Itanacy Ramos/CMN.
Existem hoje cerca de 70.000 pessoas em SUAPE esses trabalhadores são das cidades do entorno e de outros estados. Nivete Azevedo – CMC.
Nós estamos vendendo nosso Brasil, estamos vendendo nossa terra, vendendo nossas águas e as mulheres são as primeiras a serem atingidas por esse pseudodesenvolvimento. Mª José Pacheco – CPP
Os recursos não estão passando por nenhuma instancia de decisão eles estão descendo direto do ministério para o local e a ordem é assim: CUMPRA-SE. Joana Barros /FASE Nacional.
Encerramos as atividades com a música Fantasia de Chico Buarque.


Estavam representadas no encontro as seguintes organizações: MLBV- Movimento de Lutas Nos Bairros Vilas e Favelas, ACTIONAID, Associação de Mulheres da Água- Preta, CEAS- Rural ,Grupo Vitória – Art. De Mulheres da zona da mata,Sec. da mulher do Estado,FASE, representantes da associação de mulheres pescadoras, Cooperativas de catadores de material reciclável e PRO- Recife.
O evento foi uma realização da FASE em parceria com o convênio Mulheres popular e diversas o convênio é celebrado por três organizações: Casa da Mulher do Nordeste, Centro das Mulheres do Cabo, Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste com apoio AECID e OXFAM/INTERMÓN.
Maiores informações: FASE: www.fase.org.br
CMN:www.casadamulherdonordeste.org.br
CMC: www.mulheresdocabo.org.br
MMTR: mmtrne.org. br/quemsomos.html

REALIZAÇÃO: 

APOIO


* Feministas brasileiras participarão de encontro internacional no Equador!

 MULHERES POPULARES E DIVERSAS REPRESENTAM O BRASIL EM ESCOLA FEMINISTA NO EQUADOR


Entre os dias 26 de agosto e 10 de setembro, 06 mulheres populares representantes de três organizações do nordeste do Brasil se juntam à mulheres latino-americanas do Peru, Colômbia e Equador para participar de mais uma edição da Escola Feminista Regional. Essa atividade que é promovida pelo Convênio Fortalecimento e empoderamento de Mulheres Populares e Diversas para novas cidadanias Colômbia, Equador, Brasil e Peru.

As atividades reforçam as ações formativas da Escola Feminista no Brasil, para Mary Fernandes, representante da Casa da Mulher do Nordeste, “Estar na escola regional em Caruaru ajuda muito a gente a chegar lá, nos dá ânimo para pesquisar, ler e querer saber mais sobre o que acontece com as mulheres aqui e no mundo e a escola no Equador, foi importante porque me fez descobrir depois do meu trabalho de pesquisa que Um grupo pequeno é muito importante e se torna referência para toda a comunidade“. Declarou Mary com entusiasmo.

Durante os quinze dias que estarão na FLASO as seis brasileiras irão trocar experiências e conhecimentos com mulheres do Equador, Peru e Colômbia a formação é resultado de uma iniciativa do Oxfam Intermón em parceria com a Universidade Latino Americana de Ciências Sociais em Quito.

Para Maria Ângela, representante do MMTR ir para escola regional é um desafio, mas, ela recebeu o convite com os olhos brilhando e afirma que vem se preparando para essa atividade antes de chegar o convite, pois já havia participado de outras ações do movimento lá no Equador, mas ir representando o Brasil na perspectiva do aprendizado é diferente. Angela disse: “Já havia ido para lá outra vez, mas não fui preparada com roupas e tal, dessa vez não. Da outra vez eu sentia vontade de sair, passear vestir uma roupa mais leve, mas o frio era muito grande, agora eu já sei (...)Em relação ao conteúdo... Desde o dia que Elizete fez a capacitação sobre patriarcado no feminismo e isso na política eu vi que tem tudo haver e ter ido para a formação em Caruaru me ajudou muito a entender mais ainda sobre o tema. Eu não vou dizer que vim me preparando com pesquisa em slides, revistas na internet, a minha preparação está vindo da prática, então estou aberta para aprender e quando a gente fala assim os olhos ficam brilhando a minha expectativa é essa de ir para aprender, tentar passar a minha prática do dia a dia e o que eu sei, não vou dizer que eu estou preparada, eu estou me preparando.
A Escola Feminista Regional “Poder e participação política das mulheres populares e diversas” para Izabel Santos, do Centro das Mulheres do Cabo e Coordenadora do GT de Participação Política do Convênio a Escola regional é um espaço para a construção coletiva em torno da formação política e do empoderamento das mulheres.
A formação irá abordar quatro módulos com os seguintes temas:

·         Metodologias de Investigação,
·         Ferramentas para a incidência política e tecnologias de aprendizagem;
·         Gênero, cotidiano e poder;
·         Estado, Direitos, participação e política pública;
·         Movimentos sociais, movimento de mulheres e autoria sócio-política das mulheres.  
Irão Do Brasil representantes de comunidades de base da Zona da Mata Sul ( CEAS- RURAL e CMC), Região Metropolitana do Recife ( Rede de mulheres Produtoras – CMN), do Estado de Alagoas, e do estado do Maranhão ( MMTR – Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste).

Maiores informações:



                                                                                                              Por: Domênica Rodrigues