sexta-feira, 2 de agosto de 2013

* Presidente da Federação Nacional dos Médicos é funcionário fantasma de hospital público



Há poucos dias, o Brasil inteiro tomou conhecimento do caso do médico paulista Cesar Camara, assistente de um dos urologistas mais caros do Brasil, que apareceu na "Folha de S. Paulo" decepcionado com o programa Mais Médico cujo alvo são médicos no início da carreira.

Soube-se depois que Camara - que cobra 450 reais por consulta -, se inscreveu no programa para boicotá-lo.

Agora os telejornais estão inundados de denúncias contra médicos que ganham do governo e sequer vão lá assinar o ponto, como revelou reportagem do SBT.

O caso mais emblemático e não mencionado pela emissora é do médico potiguar Geraldo Ferreira, presidente da poderosa Federação Nacional dos Médicos.

Ferreira é um combatente full time do Mais Médico. Todos os dias, chova ou faça sol, ele aparece na televisão, no rádio e nos jornais criticando o programa e acusando o governo em querer tapar o sol com a peneira.

Pois bem. Esse doutor, representante nacional dos médicos, é funcionário do Hospital Onofre Lopes, da UFRN, onde recebe um salariozinho de R$ 6.700,00, para uma jornada de 20 horas semanais, devendo prestar só um turno por dia, de segunda a sexta, como anestesista (Portal da Transparência).

Mas há um pequeno problema: Geraldo Ferreira não coloca os pés ali há anos.

Como é mesmo? Geraldo ganha sem trabalhar? É o que parece. Uma fonte do hospital me contou que criaram uma espécie de escala, mas o médico nunca é chamado.

Pergunta que não quer calar: Onde anda o bravo Ministério Público Federal?

* Prefeitura de SP paga por 1 200 médicos que não existem

Quase metade das vagas abertas pelas Organizações Sociais que mantêm postos de saúde não está preenchida, mas repasse de verba continua

A maioria dos médicos estrangeiros no Brasil são bolivianos (880), seguidos dos peruanos (401), colombianos (264) e cubanos (216)
Ausência dos médicos não leva a descontos automáticos às organizações contratadas (Thinkstock)
A rede municipal de saúde de São Paulo paga pelo menos 1 286 médicos que não existem. Os profissionais deveriam atuar nas unidades de atendimento administradas por Organizações Sociais (OSs), instituições que recebem repasses da prefeitura para manter os postos em funcionamento. Por mês, são pagos 116 milhões de reais à rede terceirizada que, assim como ocorre no serviço público, alega dificuldades na contratação, especialmente quando a vaga está na periferia.
A Zona Leste da capital é a mais prejudicada. Na região há 571 plantões médicos abertos para as mais diversas especialidades, como pediatria, ginecologia e dermatologia. A demanda por clínicos gerais também é enorme nos bairros mais afastados, como Cidade Tiradentes, Guaianases e São Mateus. A Zona Norte é a segunda na lista de espera por profissionais, seguida pelas Zonas Sul, Sudeste e Centro-oeste.
Somente a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) precisa contratar quase 700 médicos – 41 deles para compor o número de funcionários da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Tito Lopes. Da lista de nove entidades que prestam serviço para a prefeitura, a OS é a que registra o maior déficit. E também é a que recebe o maior repasse mensal: 26 milhões de reais.
Mas, apesar de o quadro de funcionários estar incompleto na maioria das unidades, os depósitos feitos mensalmente pela Secretaria Municipal da Saúde continuam. Isso quer dizer que a ausência dos médicos não leva a descontos automáticos às organizações contratadas, apenas prejuízo aos cofres públicos.
De acordo com cálculos da pasta, quase metade das vagas para médicos abertas pelas OSs não está preenchida – índice semelhante ao registrado pelo conjunto de postos administrado pela própria secretaria.
Salário – Os números contrariam o principal argumento da prefeitura ao manter parceiros na área da saúde – a agilidade na contratação de profissionais pelas instituições, que estão livres da obrigação de promover concursos públicos.
As dificuldades enfrentadas pelo setor ainda vão contra a tese de que salários altos seguram os médicos. Pagar até 1 100 reais por um plantão de 12 horas – o dobro do pago pela prefeitura – não tem surtido efeito em São Paulo.
O resultado está nas salas de espera das unidades comandadas pelas OSs. Há filas para atendimento de emergência, de especialidade ou mesmo hospitalar. O mesmo quadro encontrado por pacientes que buscam postos de saúde administrados de forma direta. "É tudo igual. Se não fosse pela placa na porta, a gente nem iria notar essa diferença aí (de gestão). Falta médico de todo jeito", diz a dona de casa Daniele de Souza, de 28 anos, usuária da AMA Perus, na Zona Norte da capital.
Punição – A Prefeitura de São Paulo anunciou que estuda uma forma de modificar o modelo atual dos contratos de gestão para poder aplicar multas às OSs que comandam unidades públicas com o quadro de médicos incompleto. O secretário municipal da Saúde, José de Filippi Junior (PT), disse que deve haver descontos nos repasses feitos às entidades a partir de um determinado "índice de faltas".
A proposta em estudo prevê punir as OSs que não conseguem contratar ou manter no serviço pelo menos 85% do número obrigatório de médicos. Na prática, isso quer dizer que se faltar um de oito médicos obrigatórios em uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), por exemplo, a entidade responsável não será multada, já que o porcentual de médicos no local ficaria em 87%. Mas, se faltarem dois, o desconto passará a ser aplicado.
"A ideia é assegurar uma equipe mínima. Estamos começando a tocar na ferida. Há Organizações Sociais (OSs) fazendo corpo mole para contratar, sim. Elas alegam que os contratos estão sem reajuste há dois, três anos, e isso dificulta. Em parte, têm razão, mas não podemos aceitar. Com menos médico, a qualidade cai", reconhece o secretário.
(Com Estadão Conteúdo)

* Países organizam ações para a Semana Mundial do Aleitamento Materno

1/8/2013 14:00
Por Redação, com ABr - de Brasília

A meta da instituição é elevar a taxa mundial de aleitamento materno exclusivo
A meta da instituição é elevar a taxa mundial de aleitamentomaterno exclusivo
Apenas 38% das crianças no mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade alerta que o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas e uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência. Segundo a OMS, o aleitamento materno reduz as chances de obesidade na vida adulta e o risco de diabetes.
A meta da instituição é elevar a taxa mundial de aleitamento materno exclusivo, nos primeiros seis meses de vida do bebê, em pelo menos 50% até 2025. O objetivo é melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. Para isso, a partir desta quinta-feira, os governos de mais de 170 países organizam uma série de atividades para comemorar a Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Porém, em um levantamento divulgado esta semana, a OMS alerta que apenas 37 dos 199 países (19%) signatários das diretrizes da entidade sobre o tema aprovaram leis que refletem todas as recomendações, entre elas, a de proibir totalmente a publicidade de produtos substitutos do leite.
A agente de segurança Tatiana Pereira Leal reconhece essas vantagens no dia a dia. Tatiana amamentou a primeira filha até os 3 anos de idade, apesar de ter enfrentado dificuldades nos primeiros meses. A filha mais nova, que hoje tem 12 anos, foi amamentada até 1 ano de idade, quando Tatiana teve que voltar ao trabalho.
“Acho que faz toda a diferença na formação deles. Minhas filhas não tomaram mamadeira ou [usaram] chupeta e foram do peito para a comida. Só tiveram gripes bobas enquanto minha sobrinha que não mamou tem vários problemas de saúde. Ela tem a imunidade muito baixa”, disse.
Representantes do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS afirmaram que, apesar de quase todas as mulheres serem capazes de amamentar seus filhos, muitas são desencorajadas e passam a acreditar que os complementos alimentares são as melhores opções.
O levantamento da OMS não destaca números da situação brasileira. O Ministério da Saúde deve divulgar dados mais atualizados no final da manhã de hoje. No site do ministério, o governo destaca que vários esforços vêm sendo feitos para estimular o aleitamento materno, mas reconhece que, ainda assim, “as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão aquém do recomendado”.
A última pesquisa sobre aleitamento feita pelo Ministério da Saúde, abrangendo todo o país, ocorreu em 2009 e apontou que 41 % das crianças menores de 6 meses recebem alimentação exclusivamente por aleitamento. O levantamento ainda mostra que, durante a primeira hora de vida, 67,7% das crianças mamam.
Números do governo apontam que o Brasil tem a maior rede de bancos de leite do mundo, com 210  unidades e 117 postos de coleta. Por ano, são coletados em média 166 mil litros de leite humano que beneficiam, aproximadamente, 170 mil recém-nascidos, segundo dados do Ministério da Saúde.  A expectativa é que, este ano, a pasta invista R$ 7 milhões nos bancos de leite, ou seja, quatro vezes mais do que tem sido gasto (R$ 1,7 milhão por ano).

* Um por cento mais rico tem mais dinheiro do que 99% da humanidade

1/8/2013 14:27
Por Redação, com ACSs - de Londres

Cartaz do movimento 99%
Cartaz do movimento 99%
As 300 maiores fortunas do planeta acumulam mais riqueza que os mais de 3 bilhões de pobres que existem no mundo e representam 99% da população. Assim afirma o professor Jason Hickel, da escola de Economia de Londres, assessor do movimento The Rules, que luta contra a desigualdade.
– Citamos estes números porque nos oferece uma comparação clara e impressionante: as 200 pessoas mais ricas possuem aproximadamente US$ 2,7 trilhões e isso é muito mais que o que possui as 3,5 bilhões de pessoas, que possuem um total de US$ 2,2 trilhões – explica o economista Jason Hickel, citando um estudo recente da ONG Oxfam, que salienta que o 1% dos mais ricos aumentou seus ingressos em 60% nos últimos 20 anos com a radicalização das políticas imperialistas.
No vídeo A desigualdade da riqueza mundial, o movimento The Rules expõe como cresce esta desigualdade social com o passar do tempo em diferentes países. Assim, durante o período colonial, a brecha entre os países ricos e pobres aumentou de 3:1 a 35:1. Desde então, a brecha cresceu até um nível de 80:1.
De acordo com o economista, o crescimento da brecha se deve em parte às políticas econômicas neoliberais que instituições internacionais como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) impuseram aos países em desenvolvimento durante as últimas décadas.
– Essas políticas estão desenhadas para liberar os mercados à força, abrindo-os a fim de dar as multinacionais um acesso sem precedentes à terra barata, recursos e mão de obra. Mas a um preço muito alto: que os países pobres percam por volta de US$ 500 milhões por ano de seu PIB – explica o professor citando o economista Robert Pollin, da Universidade de Massachusetts.