domingo, 18 de janeiro de 2009

* Crise financeira atinge o Brasil de forma intensa e rápida




Da Agência Brasil


Brasília - O início de 2009 vem apresentando um cenário econômico difícil para o Brasil, com a divulgação dos resultados de dezembro. Os números indicam que a crise financeira internacional chegou ao Brasil de forma repentina e bem mais forte do que as previsões feitas pelo governo e pelo mercado.
“A crise atingiu o Brasil de forma mais intensa e mais rápida do que se esperava. Até que ponto isso vai nos afetar, ainda não se sabe, mas todos os sinais indicam que ela é pior do que se imaginava e já começa a apresentar seus efeitos no mercado”, afirmou o coordenador da Carta de Conjuntura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Marcelo Nonemberg.
Alguns dados de dezembro ainda nem foram divulgados - como o quadro de demissões, por exemplo - mas o governo já tem uma perspectiva pessimista e acredita que os números vão superar muito a média de demissões para mês, que é de 300 mil.
Para os especialistas, diante do novo quadro, o governo terá que se esforçar muito para continuar passando um clima de confiança para a população. “O papel do governo é passar essa confiança, até para não agravar a situação. Imagine se o piloto do avião demonstrasse que está com medo”, disse Nonemberg.
No entanto, os dados indicam que o primeiro semestre de 2009 será muito ruim e que essa crise deve demorar a passar, acrescentou o economista. Para ele, manter o otimismo é difícil. “As pessoas estão perdendo o emprego. As notícias ainda estão assustando as pessoas, que adiam as decisões de compra. A própria notícia da crise contribui para agravar a crise.”Segundo Nonemberg, mesmo que o Banco Central (BC) resolva baixar bruscamente os juros para estimular o crédito, o efeito da medida só seria sentido no próximo semestre. Na próxima semana terça-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá para definir a taxa básica de juros, e tanto o mercado quanto setores do governo esperam uma redução. Atualmente, o Brasil pratica uma das maiores taxas de juros do mundo, de 13,75%. “Temos um efeito defasado. Ainda que o Banco Central decida cortar radicalmente os juros, continuamos sofrendo a influência da politica adotada no ano passado, mais especificamente, a partir de abril, que foi de elevação da taxa de juros. Isso vai demorar para ter efeito”, comentou.
De acordo com o economista Rogério César Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, um traço dessa crise que não esteve presente em recessões anteriores é a imediata queda no emprego.
“Normalmente, a produção industrial cai primeiro e as empresas procuram cortar horas extras, ou cortar o terceiro turno para depois pensar em demitir. Desta vez, porém, a intensidade foi tão grande que em outubro os níveis de empregos estavam firmes e em novembro já dava sinais de revés. Isso é sinal que que temos uma crise com elementos diferentes, inesperados e, por isso, difíceis de lidar.”A análise de conjuntura feita por Rogério Souza para o Iedi aponta forte retração econômica no mês de dezembro, principalmente na produção industrial. “Os resultados serão anda piores que os de novembro”, diz o estudo, que destaca a redução da atividade industrial no estado de São Paulo.
“Os índices apontam uma queda na produção no principal parque industrial do país [São Paulo], que pode chegar a 13,5% em dezembro em relação a novembro. No estado de São Paulo, em dezembro de 2008, a retração seria de 12,6%”, destacou.
A análise também destaca dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mostrando que a produção de dezembro, de 102 mil unidades, é a menor desde janeiro de 2000. A queda na produção de veículos foi de 38% em relação a novembro, mês que já havia registrado queda de 29,2% em relação a outubro.
Na comparação com dezembro de 2007, a produção de veículos diminuiu mais 53,8%. “O desempenho no acumulado do ano ainda pode ser considerado bom, 8,2%, embora muito abaixo dos 20,1% acumulados até setembro de 2008. Esse desempenho se deve aos nove primeiros meses do ano, quando o setor registrou um crescimento forte de produção.”

* Revistas da semana: resumos das principais manchetes

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Veja

Obama – Fim do império ou começo de mais um século americano?

Carta ao Leitor – Tarso pode estar certo. (pág. 10)

De corpo e alma em 2010 – Com dieta, cirurgia plástica e mudança radical no corte de cabelo, Dilma Rousseff mostra os (bons) resultados do seu PAC, Plano de Aprimoramento Cosmético. É o primeiro passo de sua caminhada rumo à sucessão de Lula. (págs. 62 a 67)

O divórcio de 2,5 bilhões de reais – A deputada Maria Lúcia Cardoso briga na Justiça para receber metade da fortuna do marido, o ex-governador mineiro Newton Cardoso, e ele ainda responderá a um processo por arranhá-la e puxar seu cabelo. (págs. 68 a 72)

Obrigado, Tarso Genro – O ministro dá refúgio a terrorista condenado, cria terremoto diplomático e é acusado de agir movido só por ideologia – mas pode ter tido boas razões. (pág. 73)
Acordo de vida curta – Como uma negociação para reduzir salários e preservar empregos se transformou em histeria contra os juros do Banco Central. (págs. 76 e 77)

É o começo ou o fim? – Sob uma crise que ameaça a hegemonia americana no mundo, Obama toma posse com um desafio enorme: ou apruma os EUA para manter o país como potência dominante no século XXI ou administra o declínio de uma supremacia que moldou o planeta tal como o conhecemos hoje. (pág. 79 a 83)

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Época

O mito e a realidade
A partir desta semana, Barack Obama vai ter de mostrar que está à altura das expectativas que o mundo inteiro depositou nele

Os bastidores da mudança de imagem de Dilma

O papel de Carla Bruni no lobby que deu asilo ao ex-terrorista italiano
Cara de 2010 – Há quatro anos o Planalto já discutia a possibilidade de ter uma mulher como candidata à sucessão de Lula. A cirurgia plástica que mudou a fisionomia da ministra Dilma Rousseff é um dos passos mais ousados desse projeto. (págs. 28 a 31)

A batalha pelos empregos – Com a queda da produção industrial, várias empresas começaram a demitir. O que é possível fazer para diminuir o impacto da crise sobre o trabalho. (págs. 32 a 35)

Meu fundo caiu – 2008 foi um ano ruim para os fundos de pensão. Isso não é motivo para temer pela aposentadoria. (pág. 36)

Um lobby à francesa – A história da rede de apoio em favor da concessão de asilo político ao ex-terrorista Cesare Battisti, que envolveu o presidente da França e até Carla Bruni. (págs. 37 e 38)

Sem concorrência é fácil – O consultor Luís Lima ficou rico usando uma fundação pública para driblar licitações e fazer negócios. Ele será alvo de uma ação do Ministério Público. (págs. 42 e 43)

Liberdade para o lobista – A saída da cadeia de Marcos Valério, o operador do mensalão. (pág. 43)

A motosserra para salvar a Amazônia – Um holandês de 73 anos dirige uma escola que ensina a explorar a madeira sem devastar a floresta. (págs. 58 e 59)

Agora é com ele – Depois da posse mais festejada da história americana, Obama vai começar seu governo com os olhos voltados para o exemplo de Abraham Lincoln. (págs. 60 a 65)

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ISTOÉ

Começa a seleção genética

Exclusivo: Lurian fala do peso de ser filha do presidente LulaEntrevista – Lurian Cordeiro Lula da Silva – “Só tive ônus. Bônus, não colhi” – Pela primeira vez, a filha do presidente fala sobre as dificuldades que enfrenta desde a ascensão de Lula ao poder. (págs. 6 a 11)

Editorial – Emprego, a arma contra a crise. (pág. 20)

Como construir uma candidata – Um marqueteiro, um cirurgião, um jornalista, uma cabeleireira, um ministro e o presidente Lula são os responsáveis pela repaginação da ministra Dilma Rousseff com vistas a 2010. (págs. 38 a 41)

Leve e solto – Quinze quilos mais magro, Marcos Valério está outra vez em liberdade. (pág. 42)

Os sem-bolsa – Enquanto até prefeito recebe, 2,2 milhões de famílias pobres estão sem o benefício. (pág. 43)

A cesare o que é... – Governo liberta e dá asilo político a escritor italiano acusado de terrorismo. (págs. 46 e 47)

Capitalismo sem memória – Contra desemprego recorde, empresas querem reduzir jornada e salários sem garantir estabilidade. Mas governo e sindicatos lembram lucros do passado. (págs. 80 e 81)

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ISTOÉ Dinheiro

Temporada de caça

Com dinheiro em caixa, as grandes redes de supermercados Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar ignoram a crise, tiram da gaveta seus planos de expansão e correm atrás de aquisições

A era trabuco – Quem é o novo comandante do Bradesco

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CartaCapital

E lá se vai o czar do BC
* Henrique Meirelles deixa o cargo após seis anos de reinado pró-mercado
* Luis Nassif, João Sicsú, David Falcão e Armando Monteiro avaliam o juro e o regime de metas de inflação

Battisti – A extradição negada desafia o estado italianoBye, bye, Meirelles – Juro – O legado à frente do BC é criticado por industriais, sindicalistas e acadêmicos. (págs. 20 a 23)

Golpes financeiros – História – A promiscuidade do BC com os capitais gerou bancos e grandes fortunas. (págs. 24 e 25)

Sete pecados capitais – Herança – O regime de metas de inflação viola o bom senso a projetos grandiosos. (págs. 26 e 27)

Avanço insuficiente – Desafio – O Banco Central foi protagonista no controle da inflação, mas falta ousadia. (págs. 28 e 29)

O momento do ajuste – Entrevista – Para Armando Monteiro Neto, da CNI, é hora de corrigir os excessos do BC. (pág. 30)

Sextante – Antonio Delfim Netto – O que nos espera? – Se não nos faltarem inteligência e alguma ousadia, teremos ao menos 25 anos de crescimento depois da crise. (pág. 31)

Cesare: veni, vidi, vici – A extradição recusada – O ministro da Justiça afronta o Estado italiano ao conceder asilo político ao terrorista Battisti. (págs. 34 a 36)

Ligações perigosas – São Bernardo – Aliado ao DEM, Luiz Marinho sonha alto e busca perfil conciliador. (págs. 36 e 37)

A era Obama – A economia que espera o novo presidente do EUAEntrevista/Jackson Schneider, presidente da Anfavea – “Corte de impostos no Brasil funciona”. (págs. 22 a 24)

O que espera por ele – O desemprego recorde, uma recessão já com ar de depressão e uma explosão no Oriente Médio compõem a herança maldita para o novo presidente americano. E o pior, ele terá ainda de administrar expectativas infladas. (págs. 29 a 31)

A luta pelo emprego – Enquanto o governo diz que as empresas ajudadas terão de manter vagas, empresários querem rever jornada, salários e leis trabalhistas. (págs. 32 e 33)

Evo ganha mais uma – Com sobra de energia, o Brasil poderia endurecer o jogo comercial com a Bolívia, mas preferiu manter a ajuda ao vizinho. (pág. 34)

A cana amargou – No mercado externo, o etanol já custa duas vezes mais que a gasolina. Resultado: as usinas estão novamente em crise. (pág. 35)

Sinal de alerta no comércio – Mercados globais se fecham, o Brasil entra em 2009 com déficit na balança comercial e o risco maior é a volta do protecionismo. (págs. 36 e 37)

Filhote da Embraer – Fundada por três ex-engenheiros da empresa, a ACS coloca seu primeiro avião, o Sora, no ar. (págs. 58 e 59)

Braskem volta a pensar na Bolívia
A Odebrecht voltará a discutir com o governo da Bolívia a instalação no país de um pólo gás-químico da Braskem para industrializar o gás boliviano, segundo decidiram ontem os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales em almoço com o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht. Na próxima semana, a Braskem enviará à Bolívia uma missão técnica para discutir as condições de instalação do pólo, que depende de garantias de fornecimento regular de gás pelos bolivianos e pode representar investimento de até US$ l,5 bilhão. A decisão de retomar as conversas sobre o pólo, com possível ajuda do BNDES, foi acompanhada de outros sinais de reaquecimento das relações bilaterais, que passaram por atritos devido a ameaças a imigrantes brasileiros na fronteira e queixas contra a frustração de investimentos da Petrobras. Lula deu apoio explícito a Morales, cuja proposta para a Constituição será submetida a referendo no dia 25. (págs. 1 e A4)

Idéias
Claudia Safatle: Fazenda prevê que PIB estará crescendo em até 6% no último trimestre do ano. (págs. 1 e A2)

Deflação permite corte maior no juro
O IGP-10 de janeiro mostrou a maior deflação da história. A queda foi de 0,85%, mais que o dobro das projeções dos analistas. O IPA, o índice que deveria estar acusando com mais intensidade as pressões cambiais, é justamente o que mais recua, caiu 1,5% no mês. Os juros declinaram pesadamente ontem no mercado futuro. A taxa para o fim do ano cedeu de 11,59% para 11,41%.O juro do swap de 360 dias baixou de 11,56% para 11,45%. Amplia-se a cada dia o contingente de analistas que passa a ver no corte imediato da Selic em 1 ponto uma providência natural e inescapável. Duas das mais importantes consultarias do país, a AC & Pastore e a MB Associados, revisaram suas expectativas de corte para 0,75 ponto. (págs. 1, A2 e C2)

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* SINOPSES - RESUMOS DOS JORNAIS deste domingo, dia 18/01/2009

18 de janeiro de 2009

O Globo

Manchete:
Crise reduz em R$ 65 bi investimentos no Brasil
Com o agravamento da crise econômica global que levou ao encarecimento do crédito e à queda do consumo, as empresas reduziram em R$ 65 bilhões os investimentos no Brasil. Segundo levantamento, foram adiados ou cancelados 46 grandes projetos de 32 companhias nacionais e estrangeiras. Mineração e siderurgia foi o setor mais afetado, reduzindo investimentos de R$ 28 bilhões. Também foram prejudicados o agronegócio e a construção civil. Com isso, pelo menos 70 mil empregos deixarão de ser criados. Para especialistas, o freio nos investimentos desacelerará ainda mais a economia brasileira. (págs. 1 e 27)

A hora da verdade
O período de transição entre a consagração nas urnas e a posse de terça-feira mostrou a Barack Obama que ele herdará uma crise bem maior do que esperava. “Foi um choque de realidade”, diz um assessor (...). (págs. 1, 33 a 38, Merval Pereira e Miriam Leitão)

Entrevista
“Está na hora de investir bem o dinheiro público e na dose certa. Não será fácil nem simples executar isso.” Edmund Phelps, Prêmio Nobel de Economia. (págs. 1 e 34)

Estrada do PAC cria celeuma entre ministros
O asfaltamento da BR-319, que corta a Amazônia, virou alvo de ambientalistas e motivo de discórdia no governo. No PAC, a obra está orçada em R$ 697 milhões e é defendida pelo Ministério dos Transportes. Mas as exigências ambientais dobram o custo da obra. (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Indústria paulista fecha mais de 100 mil vagas
Em dezembro, a indústria paulista fechou cerca de 120 mil postos de trabalho com carteira, o dobro do tradicionalmente verificado no mês. Estima-se que, com a aceleração do desemprego no fim do ano, a geração líquida de vagas na indústria do Estado tenha sido próxima de zero. Até setembro, ela havia sido de 160 mil; em 2007, foram criadas 104 mil vagas. O total de cortes em dezembro, o maior da década, integra os resultados preliminares da pesquisa de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). (...) (pág. 1 e Dinheiro)

Ao completar 25 anos, MST tenta se adaptar à era LulaDesde a chegada do PT ao poder, em 2002, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) perdeu adeptos e receitas. Hoje, ao comemorar seus 25 anos, procura novas formas de se adaptar ao Brasil de Lula. Auxílios oficiais, como o Bolsa Família, são apontados como um dos motivos para a perda de adeptos. O número de novas famílias acampadas caiu 89,34% entre 2003 e 2007. (pág. 1 e Brasil)

Para especialistas, balanço da lei seca no país é positivoEspecialistas reunidos pela Folha avaliam que, em seus sete meses de vigência, a lei seca ajudou a evitar vítimas no trânsito e, por enquanto, tem valido a pena. Eles afirmam, porém, que o poder público não tem feito sua parte em campanhas educativas e alertam para o risco de relaxamento dos motoristas. (págs. 1 e C1)

EditoriaisLeia “Depois do desastre”, que comenta o governo George W. Bush; e “Paternalismo aéreo”, sobre liberação de tarifas. (pág. 1 e A2)

A horas de trégua, Israel atinge escola da ONU
O Exército de Israel bombardeou mais uma escola das Nações Unidas, que abrigava 1.600 refugiados na faixa de Gaza. Foi a terceira instalação da organização atingida no conflito. O ataque matou pelo menos duas crianças palestinas. Outras quatro pessoas foram mortas em ações militares isarelenses no território. (...) (págs. 1 e A19)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Empresas e sindicatos fazem acordo à margem das centrais
Mais de 130 indústrias de todo o País negociam diretamente com sindicatos acordos de flexibilização de contratos de trabalho – enquanto isso, o diálogo entre entidades industriais e centrais sindicais parece longe de produzir resultados. A Volkswagen está negociando com os sindicatos dos metalúrgicos de quatro cidades onde tem fábrica. Em Porto Alegre, a produtora de autopeças GKN firmou acordo com seus trabalhadores para cortar as jornadas e os salários sem 14,63%, com garantia de manutenção dos empregos. (...) (págs. 1, B1 e B3)

Governo Lula aceitou 42% dos pedidos de refúgio
O governo Lula deu status de refugiados a 1.192 pessoas entre 2003 a 2008, o que representa 42% dos casos. Com FHC, foram 46%. Para o Ministério da Justiça, é “normal” que haja mais pedidos negados. Na semana passada, o Brasil aceitou dar refúgio ao ex-extremista italiano Cesare Battisti. (págs. 1 e A4)

Sujeira nas estradas – 900 caminhões de lixo por mês
Só nas rodovias Anchieta e Imigrantes, a média de detritos recolhidos aumentou 30% em dois anos. (págs. 1 e C1)

Antes de trégua, Israel volta a atacarO Exército de Israel atingiu ontem uma escola da ONU na Faixa de Gaza, matando duas crianças de cinco e sete anos, horas antes de ministros israelenses votarem a aprovação de um cessar-fogo unilateral. Autoridades do Hamas afirmaram que, se suas demandas não forem aceitas, o grupo palestino continuará com a ofensiva independentemente da posição adotada pelo governo do premiê Ehud Olmert. (págs. 1 e A10)

A saga dos bancos estaduaisCom as novas compras de bancos estaduais pelo Banco do Brasil, chega ao fim um dos capítulos mais importantes do Plano Real. Sem o saneamento dos bancos estaduais, a política de combate à inflação poderia ter produzido resultados menos expressivos. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Obama faz do Brasil parceiro estratégico
Quando a esperança de mudança se consolidar nos EUA, com a posse de Barack Obama, terça-feira, o Brasil ganhará força como mediador entre o governo americano e seus maiores antagonistas no hemisfério. Obama deve vir ao Brasil já em meados de abril, antes da Cúpula das Américas. Na agenda, a busca de ajuda para acalmar os ânimos exaltados de governos da América Latina, principalmente em relação ao embargo contra Cuba. Numa segunda etapa, seriam propostos acordos menos militarizados no controle do tráfico de drogas. (pág. 1 e Caderno especial, págs. A25 a A32)

Roberto Mangabeira UngerConselhos a Obama para refazer o mercado. (págs. 1 e E4)

Patrus Ananias e Álvaro Dias
Ministro e senador debatem Bolsa Família. (págs. 1 e A14)

Os efeitos do Bolsa FamíliaMais do que transferir renda, programas sociais – a exemplo do Bolsa Família – têm melhorado índices de desenvolvimento, como nível de educação e redução da mortalidade infantil. No entanto, a execução orçamentária ainda tem gargalos preocupantes. (págs. 1 e País, pág. A11)

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Correio Braziliense

Manchete: Boa sorte, Obama
A desafiadora jornada do presidente eleito dos Estados Unidos começou ontem, quando ele e a família deram início a uma viagem de trem da Filadélfia até Washington, percurso histórico realizado por Abraham Lincoln, em 1861. Festa de posse deve reunir mais de 2 milhões de pessoas. (...) (págs. 1, 24 a 27)

Conflito em Gaza – Israel aprova cessar-fogo
Governo israelense decide pela trégua aos ataques a Gaza, proposta pelo Egito. Hamas diz que vai manter o confronto enquanto houver ocupação. (págs. 1, 22 e 23)

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Valor Econômico
Manchete: Citi é pressionado a vender ativos e encolhe no Brasil
A crise profunda da matriz deixou suas marcas no Citigroup no Brasil. No fim do terceiro trimestre, sua participação no mercado de crédito era menos da metade do que no início da década. A carteira somava R$ 8,9 bilhões em setembro, equivalentes a 0,86% do mercado, ligeiramente superior à do BicBanco, de R$ 8,7 bilhões, por exemplo. Com pouco mais de um terço do patrimônio do Citi, o BicBanco produz quase o mesmo total de crédito. No terceiro trimestre, os depósitos totais do Citi caíram para R$ 6,9 bilhões, em comparação com R$ 7,2 bilhões em junho. Ainda assim, ficou com 0,6% do mercado, o dobro de sua participação no início da década, indicando que o Citi ainda tem uma marca bastante respeitada no mercado brasileiro. A base de clientes de alta renda e de cartões de crédito também são muito cobiçadas, disse o presidente da consultaria Roland Berger, Paul Gruppo. Esses ingredientes mais a difícil situação da matriz e sua necessidade desesperada de fazer caixa tomaram o Citi no Brasil alvo do assédio de outros bancos. E a expectativa cresceu com o anúncio, hoje, do plano de reestruturação do banco, que terá a missão de dourar a pílula amarga de mais um trimestre de perdas, estimadas em US$10 bilhões.Analistas acreditam que os negócios no Brasil são um dos ativos que podem ser vendidos. A direção do banco no país evita comentários e apega-se ao que o presidente do Citigroup, Vikram Pandit, disse quando visitou o país em novembro. Ele afirmou que o banco no Brasil não estava à venda. Mas ele também não queria vender a Smith Barney, grande fonte de receita, que selou nesta semana joint venture com o Morgan Stanley. A direção do Citi está sob forte pressão dos reguladores americanos, analistas e investidores para vender ativos e reforçar o capital. Contrariando a posição até agora adotada, Pandit deve divulgar um plano que praticamente desmonta o império financeiro. Desde que a nova estratégia foi anunciada, na terça-feira, as ações do Citi caíram 32%. (págs. 1 e C3 a C8)

Restrição a PIS/Cofins afeta exportadores
A Medida Provisória nº 449, que regulou a lei contábil, trouxe embutida uma alteração que atinge principalmente os exportadores. Na prática, a medida impede que a partir deste ano os créditos de PIS/Cofins e IPI sejam usados para pagar o Imposto de Renda e a CSLL recolhidos mensalmente pelo lucro real por estimativa. Para os exportadores, diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil, a nova regra afetará o fluxo de caixa durante todo o ano de 2009, exatamente em um momento de falta de crédito. "Sem a compensação, a empresa terá de tirar do caixa recursos para pagar o IR e a CSLL no decorrer do ano". O problema atingirá entre 20% e 30% das mil empresas responsáveis por 90% das exportações em valor e prejudica principalmente os fabricantes de produtos manufaturados. (págs. 1 e A5)

Crise chega ao Vale do São Franciscocrise econômica mundial chegou às cidades sertanejas de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Com a demanda externa por frutas em queda, os produtores do pólo agrícola do Vale do São Francisco, maior exportador brasileiro de uvas e mangas, começam a demitir funcionários, reduzir a escala das culturas ou substituí-las por outras. A uva é a cultura mais atingida. Segundo estimativas da Câmara de Fruticultura de Juazeiro, cerca de 10 mil pessoas envolvidas com as plantações foram demitidas na região desde novembro - quase um terço da força de trabalho fixa. (págs. 1 e B10)

IdéiasAntônio Ioris: desvario econômico e pilhagem ambiental têm de acabar. (págs. 1 e A8)

Fim da usina capixabaA chinesa Baosteel e a Vale do Rio Doce podem anunciar hoje o fim dos planos para construção de uma usina de placas em Anchieta (ES), em razão de problemas ambientais levantados pelo governo capixaba. (págs. 1 e B7)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Crise força empresas a reinventar função do RI
Operações de derivativos, crise financeira internacional e virada repentina do câmbio promoveram uma agitação incomum no departamento de relações com investidores (RI) das empresas de capital aberto. Se a missão desses profissionais parecia restrita a viagens internacionais na atração de investidores e à divulgação de balanços a cada trimestre, os acontecimentos recentes lhes reservaram a missão de reter acionistas e até ajudar na captação de crédito bancário.“Os times de RI tiveram de repensar suas atividades para não haver efeito manada”, diz Andrea Pereira, diretora de RI do grupo EBX. A empresa de diagnósticos Dasa trocou o discurso sobre potencial de crescimento para a defesa de sua capacidade de atravessar a turbulência mundial, enquanto na Portobello até acompanhar a previsão do tempo tornou-se necessário, já que a empresa está sediada em Santa Catarina. “A maior preocupação dos investidores foi provocada pelas enchentes no estado”, conta Mário Baptista, diretor financeiro e de RI da companhia. Já a Brascan Residential Properties formatou o “kit crédito”, com todas as informações que os bancos precisam para avaliar a empresa, em caso de tomada de empréstimo.Mas esses executivos também recebem solicitações inusitadas que ajudam a tornar a rotina mais divertida, até na crise. “O RI virou o canal alternativo ao SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)”, diz Ricardo Garcia, do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores. Quando trabalhou no Itaú e no Paraná Banco, Garcia recebia consultas sobre empréstimo pessoal e dica de investimento e, na Metal Leve, a lista incluía dúvidas na instalação de pistão. (págs. 1 e B1)

Força Sindical interrompe negociações com a Fiesp
Após uma semana de tentativas de acordo para minimizar as demissões, a Força Sindical interrompeu as negociações com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) por dez dias. O objetivo da pausa é negociar primeiro com o governo, intensificando os pedidos para um corte substancial na taxa básica de juros. O recuo da Força abre espaço para a unificação do discurso das centrais sindicais e para a adesão da Central Única dos Trabalhadores, que não aceita negociar enquanto os empresários não garantirem a manutenção dos empregos, independentemente de redução de jornada. (págs. 1 e A5)

O poder “parajudicial” de Tarso
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, atribuiu ao poder “parajudicial” do ministro da Justiça, garantido em lei, a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio ao italiano Cesare Battisti. (págs. 1 e A7)

OpiniãoMarcos Cintra: Na proposta de reforma tributária patrocinada pelo governo, o que é tecnicamente justificável é politicamente inviável. E vice-versa. (págs. 1 e A3)

OpiniãoKlaus Kleber: Depois das medidas adotadas no início da crise, tem-se a impressão de que o imobilismo toma conta do governo. Parece que só o BC trabalha. (págs. 1 e A3)

Saneamento básico será aceleradoOs investimentos em projetos de saneamento básico serão acelerados durante este e o próximo ano, informou o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Sérgio Antônio Gonçalves. (págs. 1 e C3)

Teles pedem redução de tributos sobre serviços
No Brasil, os serviços de telecomunicações são tributados com o peso dos produtos supérfluos, como cigarros ou perfumes, embora sejam reconhecidos como essenciais a pessoas físicas e jurídicas de qualquer origem e condição econômica. A soma dos tributos atinge em média 43%, mais que o dobro da alíquota que incide nos vizinhos Argentina (21%) e Chile (18%), ou nos europeus Portugal (17%), Espanha (16%) e Itália (9%), sem contar os americanos México (15%) e Estados Unidos (12%). Por não respeitar o princípio da “seletividade”, que define alíquotas menores para serviços essenciais à população, os tributos das telecomunicações são alvo de críticas e campanhas recorrentes. A associação das operadoras móveis, a Acel, pede postergação do Fistel, imposto de fiscalização que vence em março e prevê arrecadação de R$ 2 bilhões. Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica, defende a redução dos impostos sobre os serviços nascentes de acesso à internet e tráfego de dados, ainda que os da telefonia sejam exagerados e excluídos do contexto mundial. “Estamos cientes da alta dependência dos estados”, justificou o executivo. (págs. 1, C1 e C2)

Varejo mantém juros e prazos
Ao contrário do que se imaginava, a crise financeira ainda não provocou alteração significativa nas taxas de juros de crediário e nos prazos de financiamento do varejo. Levantamento feito pela Shopping Brasil, empresa de inteligência de mercado, entre os dias 15 de dezembro do ano passado e 11 de janeiro de 2009, mostra que os dois indicadores vêm mantendo a estabilidade. “Esperava-se uma alteração pelo impacto emocional da crise no mercado. Mas na prática os juros não sofreram nenhum aumento significativo. Pelo contrário, já estiveram até mais altos”, afirma a gerente de Negócios da Shopping Brasil, Renata Gonzalez.A análise foi feita com base no monitoramento de tablóides, jornais e revistas de mais de 300 redes em todo o País, referentes a ofertas de eletrônicos, eletrodomésticos, portáteis, informática e telefonia.De acordo com o levantamento, a taxa de juros média na primeira semana pesquisada, de 15 a 19 de dezembro, foi de 4,93%. Subiu para 4,99% na semana seguinte, para 5,65% na posterior, e caiu para 5,44% entre os dias 5 e 11 deste mês. Já os prazos, passaram de 181 dias, na primeira semana, para de 183 dias nas duas semanas seguintes e de 189 na última semana do levantamento. (págs. 1 e C2)

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