quinta-feira, 20 de março de 2014

* Tecnologia promete acabar com os fios de eletricidade em casa


Imagine não ser obrigado a ficar parado junto à tomada esperando o celular carregar enquanto conversa com alguém, ou ter a liberdade de levar seu abajur a qualquer canto da casa sem se preocupar com a tomada. É o propõe a startup WiTricity, criadora de uma tecnologia capaz de garantir esse tipo de facilidade.
O produto em questão desenvolve um campo magnético no ambiente, espalhando a eletricidade que está ligada a uma fonte ressonadora: uma bobina de fio elétrico.
Quando outra bobina é colocada próxima àquela, cria-se o campo magnético e os aparelhos eletrônicos que entrarem nesse espaço passam a ser alimentados. Não há riscos às pessoas porque o campo é o mesmo utilizado por roteadores Wi-Fi.
Seria possível usar a tecnologia em celulares, laptops, tablets, controles de televisão (e na própria TV) e uma série de outras coisas comuns, como lâmpadas. Para isso, basta anexar uma bobina às baterias.
Outra possibilidade está no carros, que podem ser carregados dessa forma. Indo mais longe, dá para construir uma estrada cheia de ressonadores e assim os carros elétricos sequer precisariam de baterias, pois seriam alimentados conforme trafegam.

Via CNN e WGBH

* Mendiga saudita deixa ‘herança’ milionária


Fortuna da mulher, que morreu aos 100 anos, inclui moedas de ouro, joias e diversos imóveis



Fortuna da mulher, que inclui joias e diversos imóveis, está agora nas mãos das autoridades Foto: Getty Images
Fortuna da mulher, que inclui joias e diversos imóveis, está agora nas mãos das autoridades
Foto: Getty Images

Após a morte de uma mulher que passou décadas mendigando nas ruas de Jeddah, na Arábia Saudita, as autoridades tiveram uma surpresa. Eles descobriram que Eisha, como era conhecida, tinha uma fortuna secreta em moedas de ouro, joias e imóveis.
Segundo o jornal local Gazeta Saudita, ela acumulou uma fortuna equivalente a US$ 800 mil (R$ 1,8 milhão), incluindo quatro prédios na cidade.
A notícia chocou a grande maioria dos moradores que vivem nos bairros em que Eisha, que tinha 100 anos, costumava mendigar, exceto por Ahmed Al-Saeedi, um amigo de infância da mulher que a ajudava a cuidar de seus bens.
Segundo ele, boa parte da riqueza da amiga foi acumulada quando ela mendigava ao lado da mãe e da irmã – ambas já mortas. "As pessoas se solidarizavam com elas. E elas acabavam recebendo muitas doações, especialmente durante o Eid (feriado religioso muçulmano)", disse.


Saeedi disse ainda que ele tentou por diversas vezes convencer a amiga de deixar a mendicância. "Eu pedia para ela desistir de pedir esmolas, já que ela tinha muito dinheiro, mas ela sempre se recusava, dizendo que estava se preparando para tempos difíceis."
Várias famílias que moram nas propriedades de Eisha disseram que ela nunca lhes cobrou aluguel. Ainda não está claro se eles serão expulsos, já que toda sua "herança" – incluindo os imóveis – está agora na mão das autoridades.

* Bom demais para ser verdade?

Técnica ‘revolucionária’ na produção de células-tronco reprogramadas enfrenta polêmica, descrédito crescente e pode ser anulada.
Bom demais para ser verdade?
O que parecia ser uma revolução na área de pesquisas com células-tronco pode se revelar uma nova fraude nesse campo. Mesmo antes do resultado das investigações, autores já pensam em anular sua publicação. (imagem: Marcelo Garcia; original: Haruko Obokata)
Periodicamente, a ciência é sacudida por alguma ideia simples ou procedimento revolucionário, muitas vezes descoberto quase por acaso, e que muda por completo o panorama de alguma área. Em janeiro deste ano, parecia que a pesquisa com células-tronco seria a bola da vez, com a criação de uma nova técnica rápida, barata e eficiente para a produção dessas células progenitoras a partir de células adultas.
Pouco mais de um mês depois, no entanto, o cenário mudou: fracassos na reprodução dos resultados e acusações de plágio lançam dúvida sobre o estudo, que pode ser retratado (anulado) em breve. O episódio – e o debate que gerou entre pesquisadores via internet – parece evidenciar a necessidade e a oportunidade de rever os processos de publicação de artigos científicos.
Rehen: “Justamente por ser pouco complexo, não deveria ser difícil reproduzir esse processo”
No fim de janeiro, um grupo de pesquisadores liderados pela bióloga Haruko Obokata, do Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, no Japão, publicou narevista Nature uma nova técnica para obtenção de células-tronco pluripotentes(capazes de se transformar em quase qualquer outra célula do organismo) a partir de células adultas. Em vez de complicadas manipulações genéticas, a metodologia de ‘aquisição de pluripotência desencadeada por estímulos’ (Stap, do inglês), desenvolvida em camundongos, se baseava na exposição das células adultas a situações ‘estressantes’, como sua imersão em soluções com pH baixo.
Dada a simplicidade da técnica, logo pesquisadores de todo o mundo começaram a tentar reproduzir os procedimentos de obtenção das chamadas células Stap – e aí começaram os problemas. “Justamente por ser pouco complexo, não deveria ser difícil reproduzir esse processo”, avalia o biólogo especializado em células-tronco e colunista da CH On-line Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Mas o que vimos foi apenas insucesso, inclusive no nosso laboratório aqui no Brasil.”
A questão era preocupante, mas talvez pudesse ser explicada por algum detalhe errado no processo descrito nos artigos. “O problema dos resultados poderia ser resolvido por um simples ajuste na metodologia”, cogita Rehen. “Mas a questão se complicou quando começaram a surgir outras acusações envolvendo plágio e alterações nas imagens publicadas, questões ‘menores’, mas que dilapidaram a credibilidade do estudo.”
Nature e o centro Riken abriram investigações sobre o caso. Em coletiva de imprensa na última sexta-feira (14/03), o centro japonês divulgou resultados parciais: apesar da confirmação de problemas nos artigos, ainda não há como afirmar se houve conduta antiética ou até se a técnica funciona.
Microscópio quebrado
Ainda não é possível ter certeza se os resultados do estudo estão errados, mas o fracasso internacional na sua reprodução e acusações de plágio e manipulação de imagens pesam cada vez mais contra a combalida credibilidade da pesquisa publicada em janeiro. (foto: Flickr/ Twm™ – CC BY-NC-ND 2.0)
O presidente do Riken, Ryoji Noyori, prêmio Nobel de química em 2001, no entanto, desculpou-se com a comunidade científica pela confusão e garantiu que os pesquisadores serão punidos, se forem culpados. “O problema aqui é que temos uma pesquisadora imatura, que coletou enorme quantidade de dados e lidou com eles de maneira muito desleixada e irresponsável”, afirmou.
Noyori: “O problema aqui é que temos uma pesquisadora imatura, que coletou enorme quantidade de dados e lidou com eles de maneira muito desleixada e irresponsável”
De acordo com os investigadores, Obokata teria admitido a manipulação das imagens para que parecessem mais atrativas e dito não saber que o ato era inapropriado. Ela e outros coautores já reconheceram falhas no trabalho e disseram estudar a possibilidade de retratar a publicação. Um dos coautores do estudo, no entanto, o norte-americano Charles Vacanti, da Faculdade de Medicina de Harvard, defende os resultados: apesar de reconhecer alguns problemas nos artigos, o pesquisador argumenta que eles não afetariam seus dados e conclusões.
“No caso dos resultados não serem mesmo verdadeiros, é difícil entender o que passou pela cabeça dos autores, pois o procedimento era tão simples que seria facilmente invalidado depois da publicação”, avalia Rehen. O brasileiro fala do final ideal que gostaria de ver para essa história: “Obokata poderia ter preservado parte do procedimento para uma futura publicação com células humanas, mais impactante”, cogita. “Mas se, com toda essa pressão que vêm sofrendo, os autores não revelaram nada ainda, fica cada vez mais difícil acreditar nesse final feliz.”
Toda essa polêmica vem à tona num momento delicado para o Riken: o centro vai dar início a uma pesquisa clínica para tratamento de pacientes com degeneração macular utilizando células-tronco de pluripotência induzida (iPS), geradas pelo método mais usual hoje em dia de obtenção de células-tronco reprogramadas. Uma técnica central do estudo foi desenvolvida por Yoshiki Sasai, um dos coautores dos artigos sobre as células Stap.

Mudanças na publicação da ciência

O episódio lembra bastante outro escândalo na área das pesquisas com células-tronco: a famosa fraude do sul-coreano Hwang Woo-Suk, que anunciou, em 2004, acriação de células-tronco a partir de um embrião humano clonado – trabalho publicado na revista Science que acabou se revelando um embuste. Somente no ano passado a tão aguardada metodologia de clonagem de embriões humanos se tornou uma realidade.
A própria metodologia de Obokata, de tão simples, chegou a ser rejeitada anteriormente por diversas revistas, inclusive a Nature, que negou sua publicação em 2012. “Especialmente por se tratar de uma revista como a Nature, que deveria ter um processo de avaliação dos artigos muito rigoroso, o episódio é uma surpresa bem desagradável”, avalia Rehen. “A questão é que essas revistas vivem de novidade, então por vezes arriscam, na tentativa de publicar grandes descobertas. Não é a primeira vez que isso ocorre e o campo das células-tronco não é o único a sofrer com isso, está apenas em grande evidência, pela expectativa da população e da comunidade científica.”
Talvez o mais interessante no episódio, no entanto, seja a resposta da comunidade científica na internet. No caso de Hwang, os cientistas também não conseguiram reproduzir a sua pretensa técnica, mas, como não havia ainda conexões muito articuladas na rede, demorou muitos meses até a fraude ser confirmada.
Desta vez, a discussão está sendo bem mais rápida e virtual, via redes sociais. O biólogo norte-americano Paul Knoepfler, da Universidade da Califórnia (EUA), por exemplo, pediu em seu blogue que todos os cientistas postassem lá seus resultados com o procedimento, uma espécie de iniciativa de crowdsourcing para verificar se alguém conseguia reproduzi-lo.
Pesquisas com células-tronco
A articulação dos pesquisadores via internet evidenciou rapidamente os problemas da pesquisa: por meio de um blogue, por exemplo, eles puderam postar seus resultados preliminares, que apontavam a impossibilidade de reproduzir o procedimento descrito. (montagem: Marcelo Garcia)
“Esse caso promoveu uma grande ‘reunião de laboratório’ mundial, com vários dos melhores pesquisadores da área reunidos na internet para discutir o problema”, diz Rehen. “Mais do que a decepção pela possível anulação dos resultados, há uma sensação de que o episódio pode ajudar a mudar a forma como se publica e dissemina ciência e a tornar esses processos mais ágeis e transparentes.”
Rehen: Talvez o ideal fosse transformar o processo sigiloso de avaliação dos artigos em algo mais aberto, sem prejuízo ao crédito original
Um dos pedidos de muitos membros da comunidade científica, segundo Rehen, é que a Nature abra os pareceres dos revisores dos artigos de Obokata para o público. “Talvez o ideal fosse transformar esse processo sigiloso em algo mais aberto: o pesquisador faria uma pré-submissão do trabalho para que fosse testado e criticado pelos demais, sem prejuízo ao crédito original”, pondera. “Mas infelizmente essa é uma ideia polêmica e difícil de implementar, o que é quase um contrassenso no mundo tecnológico em que vivemos.”
Seja como for, a novela sobre a técnica revolucionária ainda promete novos capítulos nas próximas semanas. Prepare-se para os eventos emocionantes que podem levar nossos ‘personagens’ a um fim precoce de suas carreiras ou, quem sabe, ao tão sonhado (e nesse momento bem mais distante) prêmio Nobel.

Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line

* África está se dividindo em duas

África esta se dividindo em duas, surgirá uma nova e enorme ILHA
Posted by Thoth3126 on March 18, 2014

Geologia em ALTÍSSIMA velocidade, violenta atividade sísmica rasgando a África em duas vai criar uma nova e enorme ILHA e o deserto será fundo do mar.
As fissuras começaram a aparecer há poucos anos atrás no nordeste do continente da África. Mas nos últimos tempos, acelerou a atividade sísmica na região do nordeste da África, com o continente se dividindo em dois, em câmara lenta.
Geologia em ALTÍSSIMA Velocidade. Violenta Atividade Sísmica Rasgando a África em duas vai criar uma nova e enorme ILHA
Os investigadores dizem que a lava na região é consistente com o magma, normalmente visto somente no fundo do mar – e que a água do oceano índico acabará por penetrar pelas fendas e cobrirá o deserto.
Cynthia Ebinger, uma geóloga da Universidade de Rochester, em Nova York, mal conseguia acreditar no que o seu interlocutor dos desertos da Etiópia estava dizendo. Era um funcionário de uma empresa de mineralogia – e ele informou que o famoso vulcão Erta Ale no nordeste da Etiópia entrou em erupção. Ebinger, que estudou o vulcão durante anos, foi pega de surpresa. A cratera do vulcão estava sempre cheia de uma sopa borbulhante de lava prata-preto, mas a sua última erupção tinha sido há décadas desde que ocorrera.


* Sobre os que entram fácil e se perpetuam no poder


Há poucos minutos eu li uma mensagem da amiga Helena Gerenstadt que citou Albert Einstein: “o descontentamento é a primeira necessidade do progresso”.O acomodamento é estagnação, fruto da ociosidade que nada ajuda ao progressso. 
Mas é difícil encontrar detentores do poder que toleram os críticos e questionadores. A perseguição e exclusão de quem discorda dos direcionamentos governamentais (que muitas vezes são desgovernamentais) é algo comum nos facciosismos plutocratas mascarados de Democracia.
A crítica e o questionamento sadios edificam a vontade de fazer melhor e de mostrar vontade de desenvolver as comunidades que governam.
O expediente da perseguição mostra apenas mesquinhez e resquícios despóticos. Atitudes que não se encaixam em comunidades do Século XXI, pois são de há muitos Séculos, e, principalmente da época das trevas quando muitos artistas, filósofos e cientistas foram queimados nas fogueiras, perderam as cabeças nas guilhotinas e sofreram torturas terríveis nos porões da Inquisição da Igreja e dos feudos sob sua influência!
Infelizmente as ferramentas das trevas continuam usadas nesta época!
Vemos assessores de governos extremamente vaidosos e autoritários ao conseguirem as mais simples nomeações em cargos passageiros e que se o povo não questionar suas vilanias, poderão se eternizar... E a estrutura de marketing e a fraca educação popular não dá condições para o povo notar como tudo se desenrola (estruturam assim para manter o povo manipulável e levado por qualquer clientelismo).

Assessores de governos são empregados do povo. Os salários são pagos pelos impostos pagos suadamente pelo povo e os usuários da máquina pública, muitas vezes são maltratados por esses sugadores do erário. Mas muitos esquecem isso e se envolvem em autoritarismos ridículos e em se locupletar na posição conseguida pela indicação politiqueira, preservando o círculo vicioso do empreguismo e do nepotismo. Surgem assim "os novos ricos"!
Empáfias muitas vezes ferem os funcionários do quadro fixo público que entraram através de concursos, enquanto os nomeados para o mando são maioria fora desse quadro, são apenas bajuladores ociosos. 
Assessores de governos quando agem são os próprios governos agindo! Mas muitos não se importam com isso, não estão preocupados com as imagens sociais da equipe como um todo governamental; pensam somente naqueles momentos do poder do mando que os cargos os beneficiam. Esquecem que o período de poder passa e que estão danificando a imagem do chefe do governo do qual participam que hipocritamente bajulam.
Infelizmente, diante dos acordos de campanhas eleitorais e conchavos para realizarem o que chamam "governança", esquecem Ética, Respeito, Coerência e jogam no lixo a honra e a dignidade humanas.
Como minha mãe diz, sobre uma fauna de rapina que usurpa o poder: "falta educação política para quem se diz político"!


Jaorish

* Em 2014 teremos 2 Luas Sangrentas!

Segundo a NASA, o fenômeno das "Luas Sangrentas" só ocorreram 3 vezes na história. 
Em 2014 e 2015, teremos no total 4 "Luas Sangrentas". 
Sim! Em apenas 2 anos, teremos mais "Luas Sangrentas" do que tivemos em 4,5 bilhões de anos de existência da Terra.

As primeira data será no dia 15 de Abril desse ano.


A segunda data será dia 8 de Outubro deste ano também.

Após essas datas, no dia 20 de março de 2015 teremos um eclipse solar total.

A terceira data é dia 4 de Abril de 2015.

A quarta data é dia 28 de Setembro de 2015.

Curta a página Geração Invencível

Fonte: NASA

* Preserve os caranguejos!

Atenção! Hoje entramos em mais uma etapa do período de andada. Denuncie a caça e comercialização do Caranguejo-Uça. Durante o 2º período, o Ibama apreendeu 3.604 caranguejos vivos nos municípios de Conceição da Barra, São Matheus e Presidente Kennedy. Também foram aplicadas 23 multas no valor total de R$ 38.600 e quatro pessoas foram conduzidas para a delegacia. #Preserve [Fonte: Brasil.gov]

* Nasa prevê que planeta está à beira do colapso

Setores como clima, energia e crescimento da população provocariam o fim da civilização, assim como ocorreu com o Império Romano



Crescimento previsto do consumo fará com que sejam necessários cinco planetas para abastecer a população
Foto: AFP

Crescimento previsto do consumo fará com que sejam necessários cinco planetas para abastecer a população AFP
Impérios como Roma e Mesopotâmia entre tantos outros, espalharam-se por territórios imensos, criaram culturas sofisticadas e instituições complexas que influenciaram cada aspecto do cotidiano de seus habitantes — até, séculos depois, e por diversas razões, sucumbirem. A civilização ocidental segue o mesmo caminho e está a um salto do abismo, segundo um estudo divulgado ontem pela Nasa. As raízes do colapso são o crescimento da população e as mudanças climáticas.
O estudo foi baseado em um modelo desenvolvido por um matemático da Universidade de Maryland. Safa Motesharrei analisou ciências ambientais e sociais e concluiu que a modernidade não vai livrar o homem do caos. Segundo ele, “o processo de ascensão-e-colapso é, na verdade, um ciclo recorrente encontrado em toda a História”.
“A queda do Império Romano, e também (entre outros) dos impérios Han, Máuria e Gupta, assim como tantos impérios mesopotâmios, são testemunhos do fato de que civilizações baseadas em uma cultura avançada, sofisticada, complexa e criativa também podem ser frágeis e inconstantes”, escreveu em seu estudo, financiado pelo Goddard Space Flight Center, da Nasa.
Motesharrei lista os ingredientes para o fim do mundo. O colapso pode vir da falta de controle de aspectos básicos que regem uma civilização, como a população, o clima, o estado das culturas agrícolas e a disponibilidade de água e energia. O Observatório da Nasa já constatou diversas vezes a multiplicação de eventos climáticos extremos, como o frio intenso do último inverno na América do Norte e o calor que, nos últimos meses, afligiu a Austrália e a América do Sul. Seus estragos paralisam setores vitais para o funcionamento da sociedade.
A economia também desempenha um papel importante. Quanto maior for a diferença entre ricos e pobres, maiores as chances de um desastre. Segundo a pesquisa, a desigualdade entre as classes sociais pauta o fim de impérios há mais de cinco mil anos.
Com o desenvolvimento tecnológico, agricultura e indústria registraram um aumento de produtividade nos últimos 200 anos. Ao mesmo tempo, porém, contribuíram para que a demanda crescesse de um modo quase incessante. Hoje, se todos adotassem o estilo de vida dos americanos, seriam necessários cinco planetas para atender as necessidades da população. Por isso, segundo Motesharrei e sua equipe, “achamos difícil evitar o colapso”.
A pesquisa da Nasa, no entanto, ressalta que o fim da civilização ainda pode ser evitado, desde que ela passe por grandes modificações. As principais são controlar a taxa de crescimento populacional e diminuir a dependência por recursos naturais — além disso, estes bens deveriam ser distribuídos de um modo mais igualitário.
No documento, a agência lida mais com análises teóricas. Outros estudos mostram como crises no clima ou em setores como o energético podem criar uma convulsão social.
Ignorância sobre o clima
Outra pesquisa, divulgada ontem pela Associação Americana para o Avanço da Ciência, faz uma espécie de cartilha para os principais debates sobre as mudanças climáticas.
Professor da Universidade da Califórnia, Mario Molina (vencedor do Nobel por ter descoberto a camada de ozônio) destaca que, devido às emissões de carbono, o clima é, hoje, mais imprevisível do que há milhões de anos. Molina alerta que os gases-estufa ficarão na atmosfera por mais de uma geração e que, por isso, é preciso tomar ações urgentes para reduz a emissão de gases-estufa.
Mesmo rodeado por fenômenos rigorosos, como nevascas e furacões, apenas 42% dos americanos acreditavam, em 2013, que a maioria dos cientistas estava convencido do aquecimento global. Molina ressalta que 97% da comunidade científica está certa da influência do homem. O relatório conclui que faltam informações básicas para a sociedade entender como é grave o momento atual.