domingo, 23 de março de 2014

* Entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola


O BRASIL INTEIRO DEVERIA LER ESTA ENTREVISTA
Entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ao jornal O Globo.
Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema

O GLOBO: Você é do PCC?
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão…
O GLOBO: – Mas… a solução seria…
- Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.
O GLOBO: – Você não têm medo de morrer?
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
O GLOBO: – O que mudou nas periferias?
- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
O GLOBO: – Mas o que devemos fazer?
- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa?
O GLOBO: – Mas… não haveria solução?
- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.

* HOMENAGEM À PRIMEIRA PRESA POLÍTICA DO BRASIL!


PARA QUEM NÃO SABE ESSA FOI A PRIMEIRA PRESA POLITICA DO BRASIL, SOFREU TODA ESPECIE DE TORTURA ,MAS NÃO DESISTIU NUNCA DA LUTA.

Bárbara Pereira de Alencar (Exu, 11 de fevereiro de 1760 — Fronteiras, 18 de agosto de 1832), foi uma revolucionária da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador. 
Mãe de José Martiniano Pereira de Alencar, Tristão Gonçalves e Carlos José dos Santos também revolucionários.
Era avó do escritor José de Alencar.
Uma das primeiras mulheres a envolver-se em política, foi presa em Fortaleza em 1817 por participar de movimentos em prol da Independência do Brasil e por tentar livrar da prisão um irmão e três filhos (dois deles morreram fuzilados).
Foi encarcerada no Recife e em Salvador, e sofreu toda sorte de humilhações na prisão, sendo solta em 1821 por ocasião da Anistia Geral.
Participou ativamente da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador, duas das maiores e mais destacadas revoluções em prol da libertação do Brasil.
É considerada a primeira presa política do Brasil.
A heroína republicana nasceu na fazenda Caiçara de propriedade de seu avó Leonel Alencar Rego, patriarca da família Alencar. Adolescente, Bárbara mudou-se para a então vila do Crato, no Ceará, e casou com o comerciante português, José Gonçalves do Santos.
Morreu depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política em 1832 na cidade piauiense de Fronteiras, mas foi sepultada em Campos Sales, no Ceará.
Seu túmulo está em processo de tombamento.

* Cenas do caos no trânsito das ruas dos Palmares - PE


Calçada é lugar para estacionamento, e numa esquina? Onde a fiscalização e ação policial repressiva? Nesta calçada tem uma canalização de esgoto e já afundou várias vezes por motivos de motoristas que teimaram estacionar deste jeito...


Faixas de pedestres: um Direito dos Cidadãos e um dever do Governo. 
Ora, acender a pintura das faixas de pedestres não geram grandes despesas à prefeitura!
Há muito tempo vemos desleixos aos cuidados de renovar pinturas das faixas de pedestres nas ruas dos Palmares (PE). 
Os meses se passam e as faixas de pedestres sempre apagadas...
Fácil criticar quando se faz oposição, mas ao chegar ao poder o circulo vicioso continua!
Os transeuntes precisam de RESPEITO!


Quando o sinal de trânsito abre para pedestres, há motoristas que param automóveis e motos sobre faixas de pedestres! Falta Educação no Trânsito!

Estamos de OLHO aberto!