quinta-feira, 8 de agosto de 2013

* Crítica mostra cinco erros na novela Amor à Vida

Crítica da Revista Veja detonou a novela de Walcir Carrasco:

Cinco desafios à paciência lançados por 'Amor à Vida'

Um só capítulo da novela das nove da Globo, exibido na noite da última terça-feira, conseguiu reunir defeitos capazes de estressar um executivo da Televisa

É verdade que Amor à Vida representa um avanço no ritmo das novelas. Com tramas que se apresentam e se resolvem rapidamente para dar lugar a outras, ela empresta a dinâmica atual dos seriados da TV americana, bem-vinda em tempos cada vez mais velozes. Em outros aspectos, no entanto, a novela repisa o que há de pior no gênero, em cenas que são capazes de fazer corar um executivo da Televisa, a rede mexicana responsável por despudores do trashtelevisivo como Marimar A Usurpadora.
LEIA TAMBÉM: Novelas pisam no acelerador para correr atrás do público
É difícil torcer pela Paloma de ‘Amor à Vida’


A análise de um só capítulo do folhetim, o que foi exibido na última terça-feira, 6 de agosto, permite apontar cinco defeitos nevrálgicos da trama de Walcyr Carrasco. Confira.

Previsibilldade

Leila (Fernanda Machado) diz para Nicole (Marina Ruy Barbosa) que estava ajudando o noivo a escolher uma aliança para eles
Quem não suspeitou da desculpa que Leila (Fernanda Machado) daria ao ter fotos suas com Thales (Ricardo Tozzi) reveladas para Nicole (Marina Ruy Barbosa), às vésperas do casamento que ela armou entre a milionária moribunda e o próprio namorado, como estratégia para abocanhar a herança da pobre menina rica? Pressionada pela ex-governanta de Nicole, a quase histérica Lidia (Angela Rebello), Leila se saiu com a desculpa, já usada tantas vezes na ficção, de que havia visitado Thales a pedido do próprio, que armava uma surpresa para a noiva. Ok, novela tem lugar-comum. Mas, quando fica muito previsível, perde a capacidade de surpreender e emocionar. A não ser que a emoção buscada seja araiva.

Para quem gosta é um bom prato! Bom apetite!


* Estudante universitária, revoltada, denuncia na rede social trambique em Concurso da Prefeitura da Água Preta!

Atualização de status
De Lenny Silva
Estou extremamente indignada com a prefeitura de Água Preta, estive na promotoria publica dessa mesma cidade procurando informações a respeito do ultimo concurso feito em 2010, e fui informada que o mesmo já havia sido cancelado e que a empresa responsável pelo concurso (select) nem mais existia, foi fechada por fraudes em concursos, ao perguntar das pessoas que já estava atuando em seus cargos, a mesma respondeu que quando o atual prefeito termina-se sua gestão todos "os concursados" sairia juntamente com ele, agora eu pergunto: como é que fica a situação das pessoas que se esforçaram, estudaram, passaram e tão ali trabalhando sem consciência da sua real situação. Gostaria muito de esclarecimentos sobre esse assunto, porque também sou uma vitima e estou completamente irritada com tanta cachorrada que acontece nessa cidade sem lei.

* Fukushima está a verter 300 toneladas diárias de água radioativa para o Oceano Pacífico

Fukushima está a verter 300 toneladas diárias de água radioativa para o Oceano Pacífico

legenda da imagemNuma fotografia de julho de 2013, vários funcionários da TEPCO trabalham perto dos reatores 1 e 2 de Kukushima para reforçar barreiras de contenção de água contaminada e evitar que esta escoe para o Oceano Índico
Kyodo/Reuters

O governo japonês afirma que a central nuclear de Fukushima, severamente danificada por um sismo seguido de tsunami em março de 2011, tem estado a verter diariamente para o Oceano Pacífico 300 toneladas de água contaminada. O operador da central, a Tokyo Electric Power Co (TEPCO) não consegue contudo confirmar a quantidade exata da fuga de águas subterrâneas contaminadas.

"Neste momento não conseguimos afirmar com clareza quanta água subterrânea está a fluir para o Oceano" afirmou a um repórter o porta-voz da TEPCO, Noriyuki Imaizumi.

A empresa tem sido severamente criticada pela gestão da crise em Fukushima e pelo secretismo sobre as operações de limpeza e segurança que ali decorrem desde 2011.

De acordo com fontes do ministério da Indústria foi recentemente descoberta uma nova fuga. "As nossas estimativas apontam para o derrame de 300 toneladas de água por dia. Mas apesar disso não é certo que a água seja fortemente radioativa. Pensamos que esta fuga dura há dois anos," explicou o responsável.
Evasivas da TEPCO
O operador de Fukushima só recentemente confirmou as suspeitas da contaminação do Pacífico através da água subterrânea. Até então garantia que a água estava contida e não escoava para o mar.

Domingo passado, a empresa divulgou as primeiras estimativas, que apontam para o derrame de 20 a 40 triliões de becquerels (unidade que mede a atividade radioativa) de um isótopo do hidrogénio radioativo no Oceano Pacífico desde maio de 2011.

De acordo com a TEPCO, a escala da fuga de trítio radioativo na central de seis reatores entre maio de 2011 e julho de 2013, está perto do nível permitido pelos regulamentos de segurança antes do acidente, de 22 triliões de becquerels por ano.

Tem ainda de determinar a quantidade de estrôncio, um elemento químico que provoca cancro, que pode ter vazado ao longo dos anos.
"Desafio urgente"
A empresa planeava retirar dos aquíferos subterrâneos 300 toneladas de água contaminada por dia até dezembro de 2013, colocando-os em cisternas acima do solo, mas já reconheceu que não vai conseguir.

O primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu esta quarta-feira intensificar os esforços para conter o derrame da água contaminada de Fukushima para o Pacífico, ordenando ao ministro da Economia, Comércio e Indústria para pressionar a TEPCO a tomar medidas.

"Estabilizar a central de Fukushima é o nosso desafio. Em particular a água contaminada representa um problema urgente que inquieta fortemente a população", afirmou o primeiro ministro do Japão.

Abe afirmou ainda que o Estado japonês vai a partir de agora financiar parte dos esforços para conter a água radioativa da Central.

Os fundos disponibilizados até agora, cerca de 30 mil milhões de euros, têm sido utilizados em diversas operações para garantir a segurança da central e indemnizar as famílias forçadas a fugir da região devido à radioatividade.

A limpeza de Fukushima deverá levar mais de 40 anos e custar pelo menos 11 mil milhões de dólares.
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Governo japonês reconhece que fundos para Fukushima foram para outras zonas

De acordo com um artigo publicado no jornal Asahi, estes fundos serviram atividades sem qualquer relação com a catástrofe, desde a contagem das tartarugas marinhas em praias semi-tropicais à promoção de vinho e queijo a centenas de quilómetros de distância das zonas destruídas.
Apesar de ainda não existir qualquer suspeita de corrupção, a publicação destas informações embaraçou as autoridades nipónicas, que reconheceram ter financiado um controverso programa baleeiro com fundos previstos para os esforços de reconstrução.
O diário Asahi realizou um inquérito junto das autoridades locais japonesas para determinar o que tinha acontecido a uma soma total de 200 mil milhões de ienes (1,5 mil milhões de euros), prevista no orçamento de 2011 para a criação de empregos após o desastre.
Os resultados indicaram que 108,5 mil milhões de ienes (835 milhões de euros) foram gastos em zonas poupadas pelo desastre, que destruiu a costa nordeste do arquipélago e originou a catástrofe nuclear de Fukushima.
Nestas zonas não atingidas, apenas 3% dos beneficiários das ajudas eram refugiados das regiões destruídas, os restantes 97% eram residentes de outras partes do Japão.
Entre os projetos em nada relacionados com a catástrofe, o Asahi noticiou que três milhões de ienes (23 mil euros) foram usados, entre outros, para empregar dez pessoas que faziam a contagem das tartarugas marinhas nas praias de prefeitura de Kagoshima (sul), a 1.300 quilómetros do nordeste destruído.
Uma campanha de promoção do vinho e do queijo da ilha de Hokkaido, a norte das zonas destruídas pelo tsunami, também beneficiou destes fundos de crise.
Um responsável do Ministério da Proteção Social, questionado pela agência noticiosa francesa AFP, explicou que a situação era muito complicada nos meses que se seguiram à catástrofe.
"Os refugiados do desastre estavam espalhados por todo o país e as cadeias de abastecimento (fábricas) viram o seu normal funcionamento alterar-se", sublinhou este responsável.
Acrescentou que todas as atribuições de dinheiros públicos para a reconstrução estavam, desde abril último, rigorosamente limitadas às pessoas que viviam nas áreas destruídas no momento da catástrofe, a 11 de março de 2011.

* Senado diz quais Estados Brasileiros mais devem a empréstimos pedidos no exterior

Empréstimos internacionais feitos por estados e municípios brasileiros e o problema do crédito externo ser atrelado ao dólar

Rio de Janeiro usou empréstimo junto à Corporação Andina de 
Fomento para reforma do Maracanã (Foto: Daniel Basil)

Estados e municípios estão ­recorrendo cada vez mais a empréstimos oferecidos por organismos internacionais, seja para honrar dívidas anteriores, seja para ter recursos para investir. De acordo com dados do Banco Central, a dívida junto a outros credores — que não a União — subiu 77,35% do final de 2006 a dezembro de 2011, como revelou o estudo ­Dívida Estadual, do consultor ­legislativo Josué Pellegrini.
Se, no caso da dívida interna, os principais problemas são a taxa de juros e o indexador, em relação a empréstimos externos, o risco é o atrelamento ao dólar, o que preocupa os especialistas ouvidos pela CAE. Caso a moeda estrangeira se valorize muito em relação ao real, o que vem acontecendo em 2013, os débitos podem crescer além do ­controle de estados e municípios. Ainda assim, como as condições dos ­financiamentos junto à União estão muito caras, os governos estaduais e municipais estão preferindo recorrer a credores externos.
Para obter empréstimo no exterior, os governos estaduais e as prefeituras precisam da aprovação do Ministério da Fazenda e, posteriormente, do aval da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e do Plenário do Senado. A Resolução 43/2001 do Senado estabelece limites para endividamento de estados, municípios e Distrito Federal, mas admite no artigo 12, “em caso excepcional, devidamente justificado”, que tais patamares sejam ultrapassados, “exclusivamente para fins de refinanciamento de títulos da dívida pública”.
Porém, o que deveria ser “excepcionalidade” foi transformado em regra geral pelo Ministério da Fazenda, endossando pedidos de crédito externo para estados que já estão acima do limite de endividamento. Casos recentes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo são citados no artigo “Controle criado a duras penas é flexibilizado”, do consultor legislativo do Senado Marcos Mendes. Ele acredita que o governo federal envia mensagem clara aos estados, com esta postura: “Mesmo que haja uma grande dívida, não faz sentido economizar e racionalizar para fazer o pagamento. Basta tomar dívida nova”.


“Aberração”

Levantamento realizado pela CAE, a pedido da revista Em Discussão!, revelou que o montante de empréstimos externos autorizados cresceu de US$ 1,6 bilhão em 2003 para US$ 14 bilhões em 2012. Em dez anos, o total foi de R$ 56,6 bilhões, a maior parte (US$ 30,8 bilhões) por estados, municípios e o Distrito Federal.
A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, considera uma ­“aberração” estados estarem se ­endividando com o Banco Mundial e outras agências internacionais para pagar à União. “Como pode um organismo internacional oferecer condições mais vantajosas que a própria União? Estamos em um abuso total do ­federalismo”, protestou.

Maria Lucia Fattorelli, da Auditoria Cidadã: 
União cobrar juros mais altos que Banco Mundial 
é um abuso (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O professor de Economia da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli concorda. “O Brasil é um país muito peculiar. Estados estão refinanciando as ­dívidas com a União por meio de bancos particulares, inclusive de instituições estrangeiras. É como se nós invertêssemos a situação que tínhamos à época em que se firmaram os acordos. Ou seja, à época, o governo federal socorria os estados, refinanciando, por assim dizer, a dívida que eles tinham com instituições privadas. Hoje, estamos fazendo o contrário, o que mostra que realmente a atual condição dessa dívida não é ­sustentável”, avaliou.

Para o economista Roberto Piscitelli, 
apelo a bancos privados mostra que 
dívida com a União é insustentável 
(Foto: Rafael Carvalho/Agência Senado)

João Pedro Casarotto, da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), alerta para o fato de não haver negociação política com os bancos internacionais em caso de alta do dólar ou do euro. “O que a Comissão de Assuntos Econômicos está fazendo é um debate político, com os representantes da sociedade, dos estados e da União reunidos para discutir soluções para a dívida. Isso não existe no caso dos créditos externos, pois contrato assinado com banco internacional tem que ser cumprido”, afirmou.
Ele explica ainda que contratos com o Banco Mundial eliminam a possibilidade de recorrer à Justiça brasileira. “Qualquer pendência será resolvida por uma comissão arbitral de três pessoas. Portanto, passar essa dívida para o exterior realmente é um problema muito sério. Eu chego a me arrepiar só de pensar nessa alternativa”, completou.


Exemplos

As informações da CAE mostram que o estado que tem mais dívidas com organismos internacionais é Minas Gerais, ­seguido de São Paulo e Rio de Janeiro. Em relação aos municípios, o maior endividado é o Rio de ­Janeiro.
Só em dezembro de 2012, o Senado aprovou operações de crédito externo em benefício dos estados da Bahia, Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul. A Bahia contratou empréstimo de US$ 600 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para “financiar o Programa de Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia” — ou seja, para refinanciar a própria dívida.
Santa Catarina teve duas operações aprovadas, com o Bank of America e com o BID. A primeira, como no caso baiano, destina US$ 726,4 milhões para refinanciar o resíduo da dívida do estado. O segundo, de US$ 250 milhões, vai ser usado na ampliação da malha rodoviária. Já o Rio Grande do Sul obteve US$ 200 milhões junto ao BID com o mesmo objetivo: equilíbrio fiscal. Em 2013, foi aprovado empréstimo de crédito externo para a Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), no valor de US$ 125 milhões, também junto ao BID. O dinheiro vai financiar a segunda etapa do programa de transporte urbano do município.
Fonte: Jornal do Senado

* Cedendo nossa voz a quem não pode falar: Compaixão pelos animais! Seja mais um a defender!

Mercy For Animals (Compaixão pelos Animais) - Legendado




Vídeo inspirador criado pela organização MERCY FOR ANIMALS.
(Legendado pelo grupo ALA - Aliança Libertária Animal )
Depoimentos de várias pessoas com uma coisa em comum: a compaixão pelos animais que os levou a adotar o veganismo.


Encomende o livro “Visão Abolicionista: Ética e Direitos Animais”
A Agência de Notícias dos Direitos Animais (ANDA), em um projeto liderado com coerência e dedicação pela jornalista Silvana Andrade, dá mais um importante passo com a edição desse volume, que representa também a constatação da expansão, quantitativa e qualitativa, do movimento pelos direitos animais no Brasil.
Encomende o seu e saiba que, além de ter em mãos uma obra inédita, rara e de excelente qualidade sobre os direitos animais, ao comprar o livro, contribuirá também imensamente com o trabalho realizado pela ANDA em defesa dos animais. Saiba mais sobre a obra, clicando aqui.
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Skin Trade, premiado em 11 festivais de cinema, revela a dolorosa verdade desta indústria violenta e as questões sociopolíticas por trás de campanhas de marketing da indústria de pele.
O documentário da norte-americana Shannon Keith – também diretora do documentário Behind the Mask – explora a conexão do comércio de peles de povos nativos, o impacto ambiental dos curtumes, além da verdade na legislação de rotulagem, com a esperança de fechar brechas que permitem o uso de peles de gato, cachorro, raposa ou lobo, as quais são vendidas como “falsas” em mercadorias importadas da China.
Assista aqui ao trailer do filme.
Saiba mais detalhes do documentário clicando aqui.
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Os animais agradecem!

* Hong Kong confisca carregamento de marfim e peles de R$ 12,2 milhões

Carregamento de marfim, chifres de rinoceronte e pele de leopardo é exposto. (Foto: AP Photo/Vincent Yu)
Carregamento de marfim, chifres de rinoceronte e pele de leopardo é exposto. (Foto: AP Photo/Vincent Yu)
Funcionários da alfândega de Hong Kong confiscaram um carregamento de marfim, chifres de rinoceronte e pele de leopardos no valor de US$ 5,3 milhões (ou R$ 12,2 milhões), de acordo com a AP. Esta é a segunda grande apreensão de produtos relacionados a espécies ameaçadas em um mês.
A ação foi motivada por uma dica de funcionários da alfândega da China continental, as autoridades do porto de Hong Kong confiscaram 1.120 presas de marfim, 13 chifres de rinocerontes e 5 peles de leopardo. O carregamento todo pesava 2.266 quilos, de acordo com Vincent Wong, coordenador da alfândega dos portos.
Os produtos foram encontrados nesta terça-feira (6) em 21 engradados escondidos em um container cheio de madeira vindo da Nigéria. De acordo com a AFP, o porto de Hong Kong é um dos mais movimentados do mundo.
Ativistas ambientais afirmam que a presença crescente da China na África é responsável por uma onda de caça de elefantes para obtenção de suas presas, a maioria das quais são contrabandeadas para a China e para a Tailândia para fazer ornamentos de marfim.
De acordo com um órgão internacional que monitora espécies em perigo, CITES, o comércio de marfim mais do que dobrou desde 2007.
O marfim pode chegar a US$ 2 mil (ou R$ 4,6 mil) por quilo no mercado negro. Uma presa inteira pode valer mais do que US$ 50 mil (ou R$ 115 mil).
Ninguém foi preso. Na lei de Hong Kong, a punição pelo contrabando de produtos relativos a espécies em perigo é de até dois anos de prisão e multa de até US$ 645 mil (ou R$ 1,5 milhões).

* Ministério da Cultura anuncia pacote de atrações para a Copa 2014

por Jotabê Medeiros, da Agência Estado

Hoje pela manhã em São Paulo, no estádio Itaquerão, a ministra da Cultura Marta Suplicy anunciou o formato da presença cultural na Copa do Mundo 2014. O pacote de atrações vai reunir, entre os dias 10 de junho e 15 de julho do ano que vem, cerca de 1.200 apresentações por todo o país selecionados a partir de edital público, a um custo de R$ 18,8 milhões (o maior valor já disponibilizado pelo MinC).

José Cruz/ ABrMarta Suplicy anunciou megaedital para a programação cultural da Copa 2014Marta Suplicy anunciou megaedital para a programação cultural da Copa 2014
A programação, que será distribuída pelas 12 cidades-sede da Copa, começa a ser definida por comissões de notáveis, compostas por 40 pessoas, e as inscrições abrem nesta sexta-feira (9). Todos os recursos vêm do Fundo Nacional de Cultura, e sua destinação já tinha sido definida há um ano, segundo a ministra Marta Suplicy.

"Quando se fala de cultura, é algo sempre bem-recebido, as portas estão sempre abertas. Há uma fome de conhecimento, uma vontade de saber das coisas de boa qualidade. E isso vai ter muito", afirmou Marta antes do lançamento, dizendo que vê uma boa abertura para o tema, apesar dos protestos vistos nas portas dos estádios durante a Copa das Confederações. "As pessoas, os indivíduos, muitas vezes constroem cultura. Os países também. Basta você pensar em Hollywood para a imagem dos Estados Unidos, a gastronomia e os grandes escritores franceses, os monumentos na Itália", disse Marta. "Temos uma imagem forte, de alegria, mas é muito ligada ao carnaval. A Copa é um momento único para mostrar uma imagem cultural mais diversa do Brasil. Temos de preparar um acolhimento à altura de uma Copa".

A ministra elogiou a programação cultural da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. "Não me lembro bem das outras Copas, mas me parece que nenhuma teve um componente cultural tão forte. Não era uma marca da Copa do Mundo, mas a África do Sul sacou isso, esse potencial. Acho que foi até melhor do que a de Berlim", afirmou.

Marta Suplicy pretende adotar na programação da Copa 2014 a estratégia de "flash mob cultural" criada em Londres pela diretora artística das Olimpíadas, Ruth Mackenzie. A própria Ruth recomendou a Marta o sistema de apresentações-relâmpago em locais anunciados pouco antes pelas redes sociais, um dos maiores sucessos de Londres.

Ela não quis comentar sobre a possibilidade de coordenar uma programação cultural ainda mais abrangente, a das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. "Todo meu planejamento só vai até 2014. Depois não sei se vou voltar. Eu tenho de planejar para 2014, mas a gente pode deixar uma experiência bem boa, de acervo, de bagagem, para ajudar a solidificar a Olimpíada."

Investimento em programação e infraestrutura 

Os beneficiados serão, principalmente, os museus. As cidades-sede da Copa do Mundo 2014 concentram 23% dos museus brasileiros. Uma das grandes mostras previstas é uma exposição de design do Victoria & Albert Museum, da Inglaterra, no Museu Nacional de Brasília.

"As pessoas estão no jogo de futebol, elas também ficam na cidade, se locomovem, vão e vêm. Nós estamos trabalhando com o Ministério do Turismo, fazendo tudo junto, para que possamos ter realmente um acolhimento turístico à altura de uma Copa." Os recursos anunciados nesta quinta pela ministra referem-se ao Fundo Nacional de Cultura (FNC) de 2013. O FNC de 2014 também deverá conter verbas para a programação. "Nós optamos por fazer um edital único, que sai no dia 9 de agosto, e que inclui todas as coligadas e as secretarias do Ministério."

Megaedital

A inscrição dos projetos para integrar a programação da Copa 2014 será feita pelo site do Ministério da Cultural a partir desta sexta (9). Eles deverão se enquadrar em um dos quatro eixos do pilar Conteúdos Culturais. O teto máximo do edital para as áreas de teatro, música e dança é de R$ 60 mil; para a área do audiovisual, é de R$ 95 mil.

- Brasil Audiovisual 

Atende média metragem, documentários, animação e ficção

- Brasil Criativo

Conteúdos artísticos, em formato digital, de artesanato, moda, arquitetura, design e gastronomia, de expressão local

- Brasil Diverso

Manifestações tradicionais, atividades entre Pontos de Cultura e valorização do patrimônio material e imaterial brasileiro

- Brasil das Artes

Exibições nas áreas da música, teatro, circo, dança, literatura e artes visuais