O Globo
Manchete: Ministro fala em bandidagem no fundo de pensão de Furnas
Sem clima para reunião, Lula adia mudança no Real Grandeza O presidente Lula mandou adiar a mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas que administra um patrimônio de R$6,3 bilhões. A reunião para destituir o atual presidente estava marcada para hoje. Horas antes de ouvir a ordem de Lula, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendera a mudança e atacara duramente a atual diretoria. "Eles alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é lazer uma grande safadeza", dissera Lobão ao GLOBO. O PMDB pressionava pela mudança, o que o ministro nega. (págs. 1 e 3)
STF: repasses para o MST são ilegais
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que os repasses para movimentos de sem-terra que invadem propriedades são tão ilegais quanto as ocupações. (págs. 1 e 4)
CPF é vendido na internet por até R$ 2,5 mil
Anúncios gratuitos na internet prometem CPFs "limpos" por até R$ 2.500 (parcelados em duas vezes). Uma versão mais barata de "faça você mesmo" sai por R$ 5. O serviço é ilegal. (págs. 1 e 28)
Itaú Unibanco lucra menos na crise
O lucro do Itaú Unibanco caiu para R$ 7,8 bi no ano passado, contra R$ 8,47 bi em 2007. Com a crise, o grupo, que teve gastos na fusão, elevou as reservas para a inadimplência. (págs. 1 e 21)
CIA informará Obama sobre economia
O presidente dos EUA receberá relatórios diários sobre economia redigidos por espiões da CIA, que analisam os efeitos da recessão no cenário internacional. (págs. 1, 29 e Míriam Leitão)
Bancos terão 6 meses para obter capital
O presidente do Fed, Ben Bernanke,disse que bancos americanos terão seis meses para buscar capital privado. Se não conseguirem, poderão se candidatar a recursos públicos. (págs. 1, 24 e 25)
Colômbia: juízes culpam governo por grampos
Num duro golpe para o governo Uribe, a Suprema Corte de Justiça da Colômbia anunciou que vai denunciar o serviço secreto à OEA e à ONU por escutas telefônicas de juízes. (págs. 1 e 30)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Bancos reservam R$ 7 bi para se proteger de calotes
Cinco maiores instituições do País elevam provisão contra créditos duvidosos
Os cinco maiores bancos brasileiros aumentaram em quase R$ 7 bilhões, no último trimestre de 2008, as provisões adicionais para se proteger contra eventuais calotes. Esse dinheiro é classificado como adicional porque supera o montante que as instituições financeiras, por determinação do Banco Central, devem separar para cobrir créditos considerados de retorno duvidoso. O banco que fez a maior provisão adicional foi o Itaú-Unibanco, que reservou R$ 3,02 bilhões. "Achamos que era prudente reforçar o balanço, especialmente por causa do cenário incerto”, disse o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal. "O ajuste da economia mundial levará algum tempo e reduzirá o crescimento, aumentará o desemprego e a inadimplência." Os bancos públicos já tinham feito esse movimento preventivo. O Banco do Brasil reservou R$1,7 bilhão e a Caixa Econômica Federal, R$ 1,3 bilhão. Outros bancos privados fizeram provisões menores. O Bradesco separou R$ 697 milhões e o Santander Real, R$ 166 milhões. (págs.1 e B1)
Lula recebe Embraer e não pede revisão das demissões
Depois de se dizer indignado com as 4,2 mil demissões na Embraer semana passada, o presidente Lula se limitou ontem a ouvir as explicações dos dirigentes da empresa, em reunião no Planalto. Segundo o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o presidente não pediu a recontratação de funcionários porque entende que a questão é de demanda por aviões.(Págs. 1 e E4.)
Frase
Frederico Curado
Presidente da Embraer
"Não é problema do governo. É do mercado internacional".(Pág.1)
Furnas ameaça fazer greve contra pressão do PMDB
Funcionários de Furnas ameaçam entrar em greve por causa da pressão do PMDB pela troca de comando da Fundação Real Grandeza, que gerencia recursos previdenciários da maior geradora de energia do país. A direção de Furnas admitiu que a mudança foi "orientação" do ministro peemedebista Edison lobão (Minas e Energia). (págs. 1 e A4)
Maioria participa de agressão na escola
Pesquisa no Paraná indica que o bullying envolve 66% dos alunos. (págs. 1 e A17)
Estradas de SP têm mais acidentes
No primeiro carnaval com a lei seca em vigor, o número de acidentes aumentou 10% nas rodovias estaduais de São Paulo em relação ao ano anterior. Já o total de mortes nas estradas caiu 9,3%. Os números federais saem hoje. (págs. 1 e C4)
Notas e Informações - Um prudente otimismo
A recessão poderá terminar ainda neste ano, se houver alguma estabilidade no sistema financeiro, previu Ben Bernanke, do Fed. A indicação de um prazo relativamente curto para a retomada é animador. (págs. 1 e A3)
Derretimento da Antártida se acentua
O ritmo do fenômeno é mais rápido do que se supunha, diz a ONU. (págs. 1 e A18)
Fed: 6 meses de prazo para levantar capital
Bancos americanos em dificuldade terão seis meses para levantar capital privado, antes de receberem ajuda oficial. O programa de socorro preparado pelo governo Obama prevê que até abril os bancos sejam submetidos a simulações chamadas de "testes de estresse". Seus números serão projetados em dois cenários: o de retração de 2% nos EUA neste ano e o de retração de 3,3%. (págs. 1, B6 e B7)
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Jornal do Brasil
Manchete: Salgueiro derruba Beija-Flor
Depois de 16 anos de jejum, o Salgueiro consagrou-se campeão do Carnaval carioca e trouxe a festa da vitória de volta à Zona Norte. Pondo fim à possibilidade de a Beija-Flor tornar-se tricampeã, a escola tijucana recebeu nada menos que 32 notas 10 e fechou a contagem com 1 ponto à frente da rival. Nas ruas, o dia ainda foi de limpeza pesada. Mas o trabalho não termina: ontem, Quarta-Feira de Cinzas, mais blocos voltaram a sair, para alegria dos foliões resistentes, que enfrentaram calor forte para celebrar um pouco mais o reinado de Momo. (págs. 1, Tema do dia A2 a A7 e Cidade A12 e A13)
Brasil tira vagas dos japoneses
Mitsubishi vai transferir produçãoTentando fugir da turbulência japonesa, a montadora Mitsubishi vai transferir parte da produção para o Brasil. A meta é chegar a 50 mil novos veículos, produzidos a partir de abril em Goiás, e exportá-los para a América Latina. No Planalto, o presidente Lula e três ministros se reuniram com a cúpula da Embraer. Mas desistiram de pedir à empresa que reveja a decisão de demitir 4 mil funcionários. Criado para salvar empregos, o pacote da construção civil é visto como ousado por analistas. (págs. 1 e Economia A15)
Presidente do STF ataca MST
Irritado com invasões no Pontal de Paranapanema (SP) e mortes em Pernambuco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou os laços do governo com o MST: 'Não pode haver dinheiro público para movimentos que agem contra o estado de direito”. (págs. 1 e País A10)
Obama quer US$ 634 bi para a saúde
O esboço de orçamento do presidente Barack Obama muda prioridades do antecessor, George Bush. Entre outras alterações, põe US$ 634 bilhões na saúde. Ontem, a imprensa americana elogiou o discurso de Obama e valorizou sua promessa de tempos melhores. (págs. 1 e Economia A17)
Irã faz teste em usina nuclear
O Irã iniciou ontem testes em sua primeira usina nuclear, em Bushehr, apesar das pressões internacionais. Os EUA acusam o Irã de ter um programa de armas nucleares oculto, mas o governo iraniano sustenta que só produzirá energia para fins pacíficos. (págs. 1 e Internacional A21)
Sociedade Aberta
Fabiano Santos
O regime de Hugo Chávez diante da democracia. (págs. 1 e A9)
Sociedade Aberta
Antonio Carlos Lemgruber
Como o Brasil reagiu à Crise de 1929. (págs. 1 e A16)
Sociedade Aberta
Adionél Carlos da Cunha
Saídas e partidas de Eugenio Sales e Jaime Câmara. (págs. 1 e A9)
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Correio Braziliense
Manchete: Folia com Lei Seca: recorde de multas
Operação álcool zero bateu recorde de flagrantes nos cinco dias do feriadão de carnaval: 133 motoristas foram pegos alcoolizados ao volante, quatro vezes mais do que a média. PM promete manter o cerco para “mudar essa cultura”. (págs. 1 e 28)
Lula apela, mas Embraer não readmite
Alegando que a demanda por aviões caiu 30%, diretores da Embraer disseram ao presidente Lula que não voltam atrás na demissão dos 4,2 mil funcionários. Ele reclamou que não foi avisado da medida, mas o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, admitiu que um líder sindical alertou o governo. (págs. 1 e 19)
Ciclistas na mira de bandidos
Já acuados pela violência no trânsito, que matou 50 deles no DF, de janeiro a novembro de 2008, os ciclistas são afastados das vias e trilhas pela ação de ladrões. Alvos preferidos do crime são as bicicletas importadas, desmontadas para revenda. Para pedalar, grupos pedem escolta à PM.(págs. 1 e 25)
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Valor Econômico
Manchete: Aumentam acordos para cortar jornada e salário
Os acordos para redução de jornada e de salários multiplicaram-se em fevereiro e envolveram trabalhadores de um número maior de segmentos. Cálculo do Valor, que leva em consideração os anúncios feitos por empresas e sindicatos, revela que o número de trabalhadores que tiveram sua renda reduzida em função desses acordos, licenças ou suspensão temporária dos contratos praticamente triplicou em fevereiro, totalizando 90.163 pessoas, contra 31.553 em janeiro. Além dos setores que sofrem os efeitos do agravamento da crise internacional desde o fim de 2008, como o automobilístico, também fizeram acordos empresas dos setores agrícola, de alimentação, borracha e aviação. O total das demissões em massa (considerando cortes de pelo menos cem pessoas por empresa) também aumentou, totalizando 9.454 até o momento, contra 6.791 em janeiro. Os cortes envolvem empresas de grande porte e que fazem parte de uma longa cadeia produtiva, como Embraer, AGCO, Dana e Nilza. Todas informaram em comunicados que, em função da queda nas vendas, também fariam ajustes em suas encomendas de insumos e componentes. A maioria dos sindicatos consultados considera positivos os resultados de fevereiro, mesmo que os acordos tenham provocado redução na renda, garantiram a manutenção do emprego para mais de 90 mil trabalhadores. Além disso, nos setores automotivo e de autopeças, dez empresas decidiram encurtar o prazo das férias coletivas ou das licenças devido à melhora nas vendas de veículos em janeiro e fevereiro.Sindicalistas também acreditam que a negociação têm trazido bons resultados. A John Deere anunciou a demissão de 502 funcionários em janeiro e, após discussões com o sindicato, ofereceu um programa de demissão voluntária aos 1.650 empregados da unidade de Horizontina para substituir pelo menos em parte as demissões. Mesmo com a crise e o aumento do desemprego, categorias que têm data base em janeiro e fevereiro fecharam acordos com aumento real de salários, mas o movimento sindical não acredita que esta será uma conquista fácil nas negociações de 2009. (págs. 1 e A5)
Lula intervém na disputa para troca de diretoria do fundo Real Grandeza (págs. 1 e A12)
Máquinas usadas
O governo deve publicar portaria na próxima semana facilitando a importação de máquinas e equipamentos usados para a indústria. O prazo para emissão da licença de importação será reduzido e desburocratizada a prova de ausência de similar nacional. (págs. 1 e A3)
Juro real tem recorde de baixa
O juro real para 12 meses-diferença entre a taxa nominal para os próximos 360 dias e a projeção do IPCA para o mesmo período - caiu ontem a 6%, recorde histórico de baixa. Esse é o piso do custo do dinheiro no cálculo dos empréstimos bancários. (págs. 1 e C2)
Leilão muda cenário para energia livre
Há um novo cenário no mercado de energia livre. A tendência de queda dos preços no último trimestre de 2008 deu lugar a um aperto da oferta e provável alta.
Isso deve ocorrer porque grande parte da energia que estava sobrando nas comercializadoras, geradoras e até nas grandes indústrias foi contratada na sexta-feira pelas distribuidoras no 9º leilão de ajuste realizado pelo governo. As distribuidoras mostraram que a procura por energia arrefeceu, mas continua existindo. Dos cerca de 3.000 megawatts médios demandados no leilão anterior, para entrega neste ano, agora a procura foi de 1.800 MW e foram atendidas em cerca de 1.400 MW. Isso indica que se não houvesse a crise, o pais não geraria energia suficiente para atender o consumo, diz o sócio da comercializadora Tradener, Walfrido Victorino Ávila. (págs. 1 e B1)
Bancos de investimento têm queda de receita de até 60%
O colapso das ofertas de ações, o encolhimento das emissões de dívidas e a redução das fusões e aquisições vão derrubar as receitas dos bancos de investimento no Brasil em 2009. Não há dados oficiais, mas estima-se que as receitas, que variaram entre USS 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2008, caiam de 40% a 60%.A queda se sobrepõe à forte redução ocorrida já no ano passado e o novo patamar de receitas não permite que todos os bancos tenham uma operação rentável. Inevitavelmente, haverá um redesenho do setor, que ficou pequeno para acomodar todas as instituições. Além das demissões em curso, espera-se que alguns estrangeiros deixem o mercado local. Na sexta-feira, houve cem demissões no Itaú BBA. Por conta das dificuldades na matriz, o holandês ING também cortou 25 dos seus 105 funcionários - e o enxugamento continua, inclusive com o desligamento do seu presidente. Em 2007, ano de ouro para o setor, só as receitas com emissões de ações ficou em R$ 2,4 bilhões. Em 2008, a cifra caiu para RS 700 milhões, ainda um patamar respeitável. As operações de renda variável vinham respondendo por 60% a 70% do faturamento dos bancos de investimentos, mas, em 2009 devem ser insignificantes. (págs. 1, Cl e C2)
Provisão para inadimplentes aumenta 48%
Os bancos brasileiros ficaram mais conservadores com a crise. Em 2008, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa cresceram 43% e somaram RS 37,6 bilhões. O saldo total das provisões fechou o ano em RS 56 bilhões, alta de 48%, segundo análise da Austin Rating com base nos balanços de 20 bancos que divulgaram resultados até agora, entre eles as maiores instituições financeiras do país. Temendo aumento da inadimplência, os bancos fizeram reforços extras nas provisões, acima até dos padrões exigidos pelo Banco Central, destaca Erivelto Rodrigues, presidente da Austin. O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, prevê que, neste ano, a inadimplência irá ultrapassar o pico histórico do início da década. O banco divulgou ontem lucro líquido consolidado pro forma de RS 10,004 bilhões em 2008, o maior já registrado por um banco brasileiro. (págs. 1 e C7)
Argentina taxa talheres de aço da Tramontina
Em meio às discussões sobre o crescente protecionismo comercial, a Argentina levantou uma nova barreira contra produtos do Brasil. A partir de hoje e durante quatro meses, talheres de aço inoxidável do Brasil e da China terão de pagar uma taxa adicional de 413% e 1.450%, respectivamente, para entrar em território argentino, confirmando uma medida preliminar anunciada em setembro.
A decisão, publicada ontem no Diário Oficial, é resultado de processo antidumping aberto em abril pela Secretaria do Comércio do Ministério da Economia a pedido da empresa Iteca. A Secretaria concluiu que é procedente o argumento da empresa de que as importações do Brasil e da China "causam dano" à indústria local. A medida atinge principalmente a brasileira Tramontina, que tem aproximadamente 20% do mercado. O bloqueio aos talheres se soma a uma lista de barreiras levantadas pela Argentina aos produtos brasileiros nos últimos quatro meses, com processos antidumping contra têxteis e multiprocessadores e a inclusão de centenas de produtos em uma lista de importados que passam a ter inspeção mais rigorosa antes de entrar no país. (págs. 1 e A3)
Mitsubishi amplia linhas
A Mitsubishi vai transferir para o Brasil parte de sua produção de veículos para reduzir custos, elevados pela valorização do iene. Os modelos que serão fabricados na unidade da MMC em Catalão(GO) devem ser anunciados em 60 dias. (págs. 1 e B9)
Renegociação forçada
Em decisão inédita, a Justiça do Mato Grosso tomou obrigatória aos bancos a renegociação de dívidas de produtores rurais com programas de financiamento de investimentos, sem garantias adicionais, mediante o pagamento de 40% do débito. (págs. 1 e B12)
Apostas emergentes
Investimentos de “venture capital" (capital de risco) e "private equity" em empresas brasileiras irão continuar, apesar da crise global, afirma Chu Kong, sócio-fundador da Actis, que tem US$ 400 milhões destinados ao país. (pág.1)
Um sócio problemático para o Citi
O acordo para que o governo dos EUA aumente sua participação para 40% no Citigroup deve ser anunciado hoje. Mas a injeção de capital vai trazer uma série de novas complicações para os executivos do banco nova-iorquino. Uma lei mexicana impede que qualquer instituição que tenha mais de 10% de participação de um governo estrangeiro opere um banco no país. Em consequência, alguns executivos do Citigroup temem que isso possa colocar a empresa sob pressão para vender parte ou toda sua participação no Banamex, o segundo maior banco do México em ativos, O Citigroup provavelmente vai lutar contra qualquer esforço externo para tirar o Banamex de suas mãos. (págs. 1 e C3)
'Expectativas racionais' são fonte da crise
Além de culpar Greenspan e a desregulamentação, os economistas deveriam olhar para si mesmos ao buscar as causas da crise. Uma razão, disse ao Valor o economista Roman Frydman, da Universidade de Nova York, foi a pretensão da corrente dominante que defendia a teoria das "expectativas racionais”, pela qual seria possível estimar com precisão preços de ativos e movimentos de mercados. "Isso se tornou um enorme negócio e fracassou", diz Roman, que defende o modelo que chama de "conhecimento imperfeito” no qual o conceito fundamental é o padrão histórico de preços. À medida que O preço de um ativo se distancia do padrão, cresce o risco e a necessidade de intervenção regulatória. (págs. 1 e Al2)
Terras agrícolas
O grupo argentino Calyx Agro, controlado pela Louis Dreyfus, e a Radar, controlada pela Cosan, negociam a compra de terras para expandir os negócios no Brasil. As duas empresas são exceções em um mercado praticamente parado por conta da crise global. (págs. 1 e Bl2)
Retomada dos multimercados
Os multimercados estão sendo destaque da indústria de fundos em fevereiro. Até o dia 19, a captação líquida somava R$ 2,4 bilhões, só inferior à da categoria poder público, que recebe aplicações de Estados e municípios. (págs. 1 e D2)
Crise global
O PIB do Reino Unido teve contração de 1,5% no último trimestre de 2008, após registrar queda revisada de 0,7% no período imediatamente anterior. Com dois trimestres consecutivos de retração, a economia britânica está oficialmente em recessão pela primeira vez desde 1991. (págs. 1 e Al4)
Retração do mercado de carros usados reduz a receita de locadoras como a Avis, diz Santos (págs. 1 e B4)
Ideias
Maria Inês Nassif : eleição não é só ataque a adversários, é a defesa de projetos políticos diferenciados. (págs. 1 e A11)
Ideias
Denise Neumann: demissões atingem o trabalhador qualificado. (págs. 1 e A2)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Sindicatos vão à Justiça contra a Embraer
As 4 mil demissões da Embraer serão questionadas pelos sindicatos na Justiça. A informação foi dada ontem pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. As entidades vão usar um precedente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo para justificar o processo. Em dezembro passado, o tribunal paulista determinou que a Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários reintegrasse 600 funcionários demitidos sem notificação prévia ao sindicato. Segundo a juíza Ivani Contini Bramante, “a despedida coletiva não é proibida, mas está sujeita ao procedimento de negociação coletiva”. Os funcionários da Maxion foram reintegrados e 45 dias depois a empresa chamou o sindicato para negociar, ofereceu um benefício de R$ 1,5 mil e os trabalhadores concordaram com o desligamento. O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, esteve ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para explicar as demissões, atribuindo o corte ao arrefecimento da demanda internacional. As explicações foram aceitas pelo presidente Lula, que não pediu para a empresa recontratar os funcionários, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. (págs. 1 e A8)
Linhas das usinas do madeira
O presidente Lula assina hoje os contratos de concessão das linhas de transmissão das usinas do rio Madeira. Com investimento de R$ 7,2 bilhões, essas linhas estão previstas para entrar em operação até 2012. (págs. 1 e C7)
Prefeitura tem estratégia para recolocar os demitidos
A Prefeitura de São José dos Campos está com um plano estratégico para recolocar e requalificar os 2.443 demitidos da Embraer que são moradores da cidade. O prefeito Eduardo Cury (PSDB) destacou que, no momento, o governo federal tem o maior poder para minimizar os efeitos das demissões e da crise que se abate sobre a Embraer, por sua condição de acionista da empresa, e espera conseguir uma reunião com o presidente Lula para expor algumas propostas que possam auxiliar a fabricante de aviões a superar esse período. O governo do Estado de São Paulo também participará do plano com a liberação de vários cursos de aperfeiçoamento profissional. Uma pesquisa detalhada será feita para levantar o perfil desses desempregados e facilitar a recolocação profissional junto ao polo industrial da região. (págs. 1 e A8)
O emprego no primeiro trimestre
O primeiro trimestre de 2009 será o fiel da balança para o emprego em 2009, na avaliação de Marcio Pochmann, presidente do Ipea. Para o Dieese, o governo terá de agir para conter nova onda de demissões. (págs. 1 e A9)
Focus
Analistas projetam IPCA em 4,66% no ano. (págs. 1 e A4)
Tributos
Fisco abusa de poder, afirma a advogada Maria Isabel Bueno. (págs. 1 e A13)
Espaço aberto entre os árabes
Com a valorização do euro surge um espaço para o Brasil exportar produtos agrícolas para o mundo árabe, onde 90% dos alimentos são importados. Agricultores e exportadores estão em Dubai para tentar aproveitar essa oportunidade. (págs. 1 e B12)
Teles ainda imunes às turbulências
Até agora, fornecedores de equipamentos de telefonia fixa e celular não sentiram efeitos da crise, que poderão ocorrer se o câmbio oscilar e o crédito escassear, diz Aluizio Byrro, da Nokia Siemens. (págs. 1 e C2)
Opinião - Rodrigo da Rocha Loures
Precisamos de uma frente única de empresários e trabalhadores para mudanças que preservem nossa economia, como ampliação do crédito, redução de juros, de spreads e de impostos. (págs. 1 e A3)
Lucro do Itaú Unibanco soma R$ 10 bi em 2008
O Itaú Unibanco Banco Múltiplo obteve lucro líquido de R$ 10 bilhões em 2008, uma retração de 16,1% ante o ano anterior. Apesar da redução, os ganhos são os maiores já obtidos por uma instituição bancária brasileira. A queda decorreu, particularmente, da maior incidência de eventos extraordinários positivos em 2007, quando contabilizou, por exemplo, ganhos com vendas de participações em empresas, como na Redecard, Serasa e BM&F Bovespa. Em 2008, o conglomerado totalizou um efeito negativo superior a R$ 1 bilhão com a amortização do ágio decorrente da fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, em novembro último, que o transformou na maior instituição bancária da América Latina. A posição, contudo, está sendo ameaçada pelo Banco do Brasil, que já contabiliza cerca de R$ 624,7 bilhões em ativos, ante os R$ 632,72 bilhões do Itaú Unibanco. O lucro, a exemplo dos outros bancos, também sofreu os efeitos de provisões adicionais contra a inadimplência. Sem todos os eventos extras, o ganho cresceria 8,1%. Roberto Setubal, presidente-executivo do banco, disse que as provisões adicionais somaram R$ 4,7 bilhões em 2008, quando a carteira de crédito cresceu 34% sobre o exercício anterior, para R$ 271,93 bilhões. Setubal afirmou ontem, durante a apresentação dos resultados do banco, que a instituição desativará a marca Taií, braço de financiamento popular do Itaú, e consolidará suas atividades na Fininvest, operação do Unibanco que atua no mesmo segmento. O banqueiro disse ainda que a instituição busca um parceiro para a Redecard. (págs. 1, B1 e B3)
Energia do bagaço de cana avança no mercado livre
A energia produzida a partir do bagaço de cana está atraindo o interesse das comercializadoras que atuam no mercado livre, ambiente de negócio em que não há vínculo com uma distribuidora e que representa 25% do total do consumo nacional. Até então essas empresas compravam energia de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) ou de grandes usinas hídricas. “Sempre focamos a nossa compra de energia em PCH, mas agora a intenção é comprar mais eletricidade das usinas sucroalcooleiras”, afirma Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia, a primeira empresa a abrir uma filial no interior de São Paulo - em Catanduva -para intensificar seus negócios com os usineiros. A meta da Ecom é negociar cerca de 150 megawatts médios de energia da biomassa neste ano, o dobro do volume atual. A Comerc, que também já vende energia de biomassa, vê na fonte uma boa oportunidade para ampliação da sua carteira. “O potencial brasileiro nesse setor é muito grande e precisa ser aproveitado”, afirma Marcelo Parodi, presidente da comercializadora, que negociou 20 MW médios de energia de biomassa no ano passado e prevê chegar a 80 MW médios até o fim de 2009. A participação da eletricidade a partir da biomassa (cana e outros insumos, como o cavaco de madeira) na matriz elétrica é de 4,31%, ante 69,8% das hídricas. (págs. 1 e C7)
Lazer
Aumentam os investimentos no turismo ferroviário. (págs. 1 e C1)
Bancos dos EUA passarão por “teste de estresse”
O Departamento do Tesouro e o Federal Reserve revelaram ontem as modalidades do Plano de Assistência ao Capital, que esboça as novas linhas diretoras do plano de resgate financeiro votado pelo Congresso em outubro. As autoridades americanas informaram que as agências de regulação bancária realizarão “testes de estresse” com os principais bancos do país em abril, que estabelecerão a necessidade de novas injeções de capital ou de outras formas de ajuda por parte do governo, considerando o pior cenário possível. A intervenção estatal deverá ser feita pela compra de novas ações preferenciais, que serão transformadas em ações ordinárias se as instituições o solicitarem. O presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou, durante discurso no Congresso, que não acredita que os bancos do país precisem ser estatizados. (págs. 1 e B3)
Foto-legenda: Base de exportação
A MMC Automotores, parceira da Mitsubishi, anunciará em 60 dias qual será o primeiro dos três carros que montará a partir deste ano no Brasil, país que o presidente mundial da montadora, Osamu Masuko, usará como base de exportação para a América Latina. (págs. 1 e C3)
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Jornal do Commercio
Manchete: Bancos já tomaram 100 mil automóveis
Levantamento da Folha de S. Paulo em balanços de bancos indica o número de carros recuperados de clientes que não honraram as prestações. Economistas temem que, com a crise global, a situação piore e resulte em alta de juros. (pág. 1)
Jarbas ataca (pág. 1)
CNBB abre a Campanha da Fraternidade (pág. 1)
Queima de estoque facilita a compra de eletrodomésticos (pág. 1)
Avião cai na Holanda e 125 sobrevivem (pág. 1)
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