segunda-feira, 3 de março de 2014

* Quais as diferenças entre o álcool de cana e o de milho?

Os incentivos para a produção do álcool de cana-de-açúcar no Brasil foram podados e o país está importando caro o álcool etanol de milho. Além de existir um movimento para implantar a produção de milho no Brasil para produzir álcool! 
Vejamos a diferença:
O balanço de energia para converter o milho em etanol é negativo (1,29:1), ou seja, para cada 1 kcal de energia fornecida pelo etanol, gasta-se 29% a mais de energia fóssil para produzir o álcool, enquanto o balanço energético da cana é positivo (1:3,24), para cada 1 kcal de energia consumida para produção de etanol, há um ganho de 3,24 kcal pelo etanol produzido. Além disso, a cana produz três vezes mais álcool por área do que o milho. A cana gasta quatro vezes menos energia do que o milho, 1,6 bilhões de kcal para a cana contra 6,6 bilhões para o milho. O custo de produção do etanol de cana é U$0,28/L e de milho é de U$0,45/L. A redução de gás efeito estufa (GEE) na produção e combustão de etanol de cana-de-açúcar foi de 66%, comparada com 12% para o etanol de milho. A indústria de álcool americano somente é viável devido ao subsidio de U$4,1 bilhões para a produção de milho e etanol.
Cana-de-açúcar
Custo - O custo estimado para os produtores brasileiros é de R$ 0,90 o litro. A vantagem da cana é que a molécula de açúcar (sacarose), que tem o álcool como subproduto, é facilmente quebrada pelas enzimas, pulando uma etapa na fabricação do etanol.
Rendimento - O nome da planta não quer dizer muita coisa. A cana tem 54% menos açúcar do que o milho. Ou seja, 1 tonelada dela faz só 89,5 litros de etanol.
Safras e estocagem - Pode ser colhida o ano todo sem precisar ser replantada durante 5 anos. Lado ruim: quando cortada, tem que ser moída em menos de 36 horas.
Fermentação - Leva de 7 a 11 horas. Já que as moléculas de açúcar são menores e mais fáceis de ser quebradas, o tempo de fermentação diminui muito.
Produtividade - Aqui mora a vantagem. Já que a planta ocupa menos espaço plantado, um hectare rende 90 toneladas de cana e produz entre 7 mil e 8 mil litros de etanol.
Milho
Custo - O litro do etanol custa, para os produtores americanos, cerca de R$ 1,10. Essa é a estimativa dos gastos que vão da produção ao transporte do milho. Entre eles, o preço salgado das enzimas alfamilase e glucoamilase, que quebram as moléculas de amido (um polissacarídeo) do milho para obter o álcool.
Rendimento - Apesar de ser mais difícil transformar em açúcar as moléculas de amido, o milho produz mais sacarose – e álcool. Uma tonelada rende 407 litros de etanol.
Safras e estocagem - Precisa ser colhido 4 meses após o plantio, caso contrário, ele estraga. Mas pode ficar estocado durante o ano inteiro.
Fermentação - O processo leva entre 40 e 70 horas. A demora é culpa da molécula gigante de amido que tem que ser quebrada pelas enzimas para produzir o álcool.
Produtividade - Um hectare produz entre 15 e 20 toneladas de milho. Isso dá, no final das contas, 3 500 litros de etanol.

Etanol (Álcool): Tudo sobre esse biocombustível

O etanol é composto orgânico líquido, sem cor, tóxico, inflamável, com cheiro forte e consistência próxima à da água. É conhecido como "álcool etílico", ou apenas "álcool", apesar deste termo corresponder – oficialmente – a toda uma família de substâncias. Recentemente o termo "bioetanol" também tem sido usado como sinônimo de etanol, quando se quer enfatizar a origem renovável.

Tudo sobre etanol (álcool)

Este líquido é muito conhecido pois faz parte do dia-a-dia das pessoas de duas maneiras: como combustível para meios de transporte e, desde a pré-história, como o ingrediente mais famoso de bebidas alcoólicas, como a cerveja, o vinho e a cachaça. Contudo, ele é também matéria-prima industrial, sendo largamente utilizado para fazer perfumes, materiais de limpeza, tintas, solventes e muitos outros produtos.
Estes usos estão relacionados às duas principais propriedades do etanol: inflamabilidade (capacidade de queima) e solubilidade em água (capacidade de se misturar com a água).

Álcool polui tanto quanto gasolina, mostra estudo

Dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente mostram que o álcool combustível pode poluir tanto quanto a gasolina. E que os motores com menor potência chegam a poluir mais do que os equipamentos com maior capacidade. O cálculo foi feito com base na Nota Verde, que informa, para veículos fabricados em 2008, as medições da emissão de três gases poluentes - o monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio. Em relação ao CO2, um dos principais causadores do efeito estufa, o álcool, por ser renovável, tem suas emissões neutralizadas pela absorção de gases feita pelas folhas da cana-de-açúcar no cultivo da planta.
No ranking de 258 provas sobre poluição e emissão de gases a que as empresas submeteram os veículos, as melhores notas (que variam de 0 a 10) foram dadas a carros que usavam gasolina no momento dos testes. O campeão foi o Ford Focus 2008, motor 2,0 DOHC I-4 SFI, o que jogou por terra o mito de que veículos com motores menos potentes poluem menos. Pelo contrário. Do primeiro ao sétimo lugar entre os menos poluidores, prevaleceram os motores mais potentes, de 1,4 cilindradas a 3,5. De acordo com Márcio Veloso, analista ambiental do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores do Ibama, os motores de menor cilindrada poluem mais porque exigem mais força - e consequentemente maior consumo de combustível - para fazer o carro se movimentar. O álcool, por queimar mais rápido que a gasolina, libera mais gases.
Coube a um Fiat Uno com motor de mil cilindradas o oitavo lugar entre os menos poluentes. Por coincidência, na hora do teste, a montadora usava o álcool como combustível. Quanto à emissão de CO2, um Fiat de mil cilindradas, de oito válvulas, e motor L5, com gasolina, obteve a nota 10, o que representa zero de liberação de gases. O segundo lugar na emissão de CO2 coube também a um Fiat, mas modelo Uno Way, motor 1,0, gasolina. Ele obteve nota 9,9.
A tabela com todas as notas para os veículos fabricados em 2008 pode ser acessada na página do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) - www.ibama.gov.br -, no link Nota verde. Lá, pode-se verificar se o carro é pouco ou mais poluente e se emite mais ou menos gases que contribuem para o aquecimento global. É possível também saber detalhes sobre os poluentes emitidos.
Da poluição veicular, 99% resultam da liberação de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio. "Achamos que divulgar os dados poderia levar proprietários a observar quais os veículos que poluem ou emitem mais ou menos gases", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

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