domingo, 18 de janeiro de 2009

* SINOPSES - RESUMOS DOS JORNAIS deste domingo, dia 18/01/2009

18 de janeiro de 2009

O Globo

Manchete:
Crise reduz em R$ 65 bi investimentos no Brasil
Com o agravamento da crise econômica global que levou ao encarecimento do crédito e à queda do consumo, as empresas reduziram em R$ 65 bilhões os investimentos no Brasil. Segundo levantamento, foram adiados ou cancelados 46 grandes projetos de 32 companhias nacionais e estrangeiras. Mineração e siderurgia foi o setor mais afetado, reduzindo investimentos de R$ 28 bilhões. Também foram prejudicados o agronegócio e a construção civil. Com isso, pelo menos 70 mil empregos deixarão de ser criados. Para especialistas, o freio nos investimentos desacelerará ainda mais a economia brasileira. (págs. 1 e 27)

A hora da verdade
O período de transição entre a consagração nas urnas e a posse de terça-feira mostrou a Barack Obama que ele herdará uma crise bem maior do que esperava. “Foi um choque de realidade”, diz um assessor (...). (págs. 1, 33 a 38, Merval Pereira e Miriam Leitão)

Entrevista
“Está na hora de investir bem o dinheiro público e na dose certa. Não será fácil nem simples executar isso.” Edmund Phelps, Prêmio Nobel de Economia. (págs. 1 e 34)

Estrada do PAC cria celeuma entre ministros
O asfaltamento da BR-319, que corta a Amazônia, virou alvo de ambientalistas e motivo de discórdia no governo. No PAC, a obra está orçada em R$ 697 milhões e é defendida pelo Ministério dos Transportes. Mas as exigências ambientais dobram o custo da obra. (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Indústria paulista fecha mais de 100 mil vagas
Em dezembro, a indústria paulista fechou cerca de 120 mil postos de trabalho com carteira, o dobro do tradicionalmente verificado no mês. Estima-se que, com a aceleração do desemprego no fim do ano, a geração líquida de vagas na indústria do Estado tenha sido próxima de zero. Até setembro, ela havia sido de 160 mil; em 2007, foram criadas 104 mil vagas. O total de cortes em dezembro, o maior da década, integra os resultados preliminares da pesquisa de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). (...) (pág. 1 e Dinheiro)

Ao completar 25 anos, MST tenta se adaptar à era LulaDesde a chegada do PT ao poder, em 2002, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) perdeu adeptos e receitas. Hoje, ao comemorar seus 25 anos, procura novas formas de se adaptar ao Brasil de Lula. Auxílios oficiais, como o Bolsa Família, são apontados como um dos motivos para a perda de adeptos. O número de novas famílias acampadas caiu 89,34% entre 2003 e 2007. (pág. 1 e Brasil)

Para especialistas, balanço da lei seca no país é positivoEspecialistas reunidos pela Folha avaliam que, em seus sete meses de vigência, a lei seca ajudou a evitar vítimas no trânsito e, por enquanto, tem valido a pena. Eles afirmam, porém, que o poder público não tem feito sua parte em campanhas educativas e alertam para o risco de relaxamento dos motoristas. (págs. 1 e C1)

EditoriaisLeia “Depois do desastre”, que comenta o governo George W. Bush; e “Paternalismo aéreo”, sobre liberação de tarifas. (pág. 1 e A2)

A horas de trégua, Israel atinge escola da ONU
O Exército de Israel bombardeou mais uma escola das Nações Unidas, que abrigava 1.600 refugiados na faixa de Gaza. Foi a terceira instalação da organização atingida no conflito. O ataque matou pelo menos duas crianças palestinas. Outras quatro pessoas foram mortas em ações militares isarelenses no território. (...) (págs. 1 e A19)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Empresas e sindicatos fazem acordo à margem das centrais
Mais de 130 indústrias de todo o País negociam diretamente com sindicatos acordos de flexibilização de contratos de trabalho – enquanto isso, o diálogo entre entidades industriais e centrais sindicais parece longe de produzir resultados. A Volkswagen está negociando com os sindicatos dos metalúrgicos de quatro cidades onde tem fábrica. Em Porto Alegre, a produtora de autopeças GKN firmou acordo com seus trabalhadores para cortar as jornadas e os salários sem 14,63%, com garantia de manutenção dos empregos. (...) (págs. 1, B1 e B3)

Governo Lula aceitou 42% dos pedidos de refúgio
O governo Lula deu status de refugiados a 1.192 pessoas entre 2003 a 2008, o que representa 42% dos casos. Com FHC, foram 46%. Para o Ministério da Justiça, é “normal” que haja mais pedidos negados. Na semana passada, o Brasil aceitou dar refúgio ao ex-extremista italiano Cesare Battisti. (págs. 1 e A4)

Sujeira nas estradas – 900 caminhões de lixo por mês
Só nas rodovias Anchieta e Imigrantes, a média de detritos recolhidos aumentou 30% em dois anos. (págs. 1 e C1)

Antes de trégua, Israel volta a atacarO Exército de Israel atingiu ontem uma escola da ONU na Faixa de Gaza, matando duas crianças de cinco e sete anos, horas antes de ministros israelenses votarem a aprovação de um cessar-fogo unilateral. Autoridades do Hamas afirmaram que, se suas demandas não forem aceitas, o grupo palestino continuará com a ofensiva independentemente da posição adotada pelo governo do premiê Ehud Olmert. (págs. 1 e A10)

A saga dos bancos estaduaisCom as novas compras de bancos estaduais pelo Banco do Brasil, chega ao fim um dos capítulos mais importantes do Plano Real. Sem o saneamento dos bancos estaduais, a política de combate à inflação poderia ter produzido resultados menos expressivos. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Obama faz do Brasil parceiro estratégico
Quando a esperança de mudança se consolidar nos EUA, com a posse de Barack Obama, terça-feira, o Brasil ganhará força como mediador entre o governo americano e seus maiores antagonistas no hemisfério. Obama deve vir ao Brasil já em meados de abril, antes da Cúpula das Américas. Na agenda, a busca de ajuda para acalmar os ânimos exaltados de governos da América Latina, principalmente em relação ao embargo contra Cuba. Numa segunda etapa, seriam propostos acordos menos militarizados no controle do tráfico de drogas. (pág. 1 e Caderno especial, págs. A25 a A32)

Roberto Mangabeira UngerConselhos a Obama para refazer o mercado. (págs. 1 e E4)

Patrus Ananias e Álvaro Dias
Ministro e senador debatem Bolsa Família. (págs. 1 e A14)

Os efeitos do Bolsa FamíliaMais do que transferir renda, programas sociais – a exemplo do Bolsa Família – têm melhorado índices de desenvolvimento, como nível de educação e redução da mortalidade infantil. No entanto, a execução orçamentária ainda tem gargalos preocupantes. (págs. 1 e País, pág. A11)

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Correio Braziliense

Manchete: Boa sorte, Obama
A desafiadora jornada do presidente eleito dos Estados Unidos começou ontem, quando ele e a família deram início a uma viagem de trem da Filadélfia até Washington, percurso histórico realizado por Abraham Lincoln, em 1861. Festa de posse deve reunir mais de 2 milhões de pessoas. (...) (págs. 1, 24 a 27)

Conflito em Gaza – Israel aprova cessar-fogo
Governo israelense decide pela trégua aos ataques a Gaza, proposta pelo Egito. Hamas diz que vai manter o confronto enquanto houver ocupação. (págs. 1, 22 e 23)

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Valor Econômico
Manchete: Citi é pressionado a vender ativos e encolhe no Brasil
A crise profunda da matriz deixou suas marcas no Citigroup no Brasil. No fim do terceiro trimestre, sua participação no mercado de crédito era menos da metade do que no início da década. A carteira somava R$ 8,9 bilhões em setembro, equivalentes a 0,86% do mercado, ligeiramente superior à do BicBanco, de R$ 8,7 bilhões, por exemplo. Com pouco mais de um terço do patrimônio do Citi, o BicBanco produz quase o mesmo total de crédito. No terceiro trimestre, os depósitos totais do Citi caíram para R$ 6,9 bilhões, em comparação com R$ 7,2 bilhões em junho. Ainda assim, ficou com 0,6% do mercado, o dobro de sua participação no início da década, indicando que o Citi ainda tem uma marca bastante respeitada no mercado brasileiro. A base de clientes de alta renda e de cartões de crédito também são muito cobiçadas, disse o presidente da consultaria Roland Berger, Paul Gruppo. Esses ingredientes mais a difícil situação da matriz e sua necessidade desesperada de fazer caixa tomaram o Citi no Brasil alvo do assédio de outros bancos. E a expectativa cresceu com o anúncio, hoje, do plano de reestruturação do banco, que terá a missão de dourar a pílula amarga de mais um trimestre de perdas, estimadas em US$10 bilhões.Analistas acreditam que os negócios no Brasil são um dos ativos que podem ser vendidos. A direção do banco no país evita comentários e apega-se ao que o presidente do Citigroup, Vikram Pandit, disse quando visitou o país em novembro. Ele afirmou que o banco no Brasil não estava à venda. Mas ele também não queria vender a Smith Barney, grande fonte de receita, que selou nesta semana joint venture com o Morgan Stanley. A direção do Citi está sob forte pressão dos reguladores americanos, analistas e investidores para vender ativos e reforçar o capital. Contrariando a posição até agora adotada, Pandit deve divulgar um plano que praticamente desmonta o império financeiro. Desde que a nova estratégia foi anunciada, na terça-feira, as ações do Citi caíram 32%. (págs. 1 e C3 a C8)

Restrição a PIS/Cofins afeta exportadores
A Medida Provisória nº 449, que regulou a lei contábil, trouxe embutida uma alteração que atinge principalmente os exportadores. Na prática, a medida impede que a partir deste ano os créditos de PIS/Cofins e IPI sejam usados para pagar o Imposto de Renda e a CSLL recolhidos mensalmente pelo lucro real por estimativa. Para os exportadores, diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil, a nova regra afetará o fluxo de caixa durante todo o ano de 2009, exatamente em um momento de falta de crédito. "Sem a compensação, a empresa terá de tirar do caixa recursos para pagar o IR e a CSLL no decorrer do ano". O problema atingirá entre 20% e 30% das mil empresas responsáveis por 90% das exportações em valor e prejudica principalmente os fabricantes de produtos manufaturados. (págs. 1 e A5)

Crise chega ao Vale do São Franciscocrise econômica mundial chegou às cidades sertanejas de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Com a demanda externa por frutas em queda, os produtores do pólo agrícola do Vale do São Francisco, maior exportador brasileiro de uvas e mangas, começam a demitir funcionários, reduzir a escala das culturas ou substituí-las por outras. A uva é a cultura mais atingida. Segundo estimativas da Câmara de Fruticultura de Juazeiro, cerca de 10 mil pessoas envolvidas com as plantações foram demitidas na região desde novembro - quase um terço da força de trabalho fixa. (págs. 1 e B10)

IdéiasAntônio Ioris: desvario econômico e pilhagem ambiental têm de acabar. (págs. 1 e A8)

Fim da usina capixabaA chinesa Baosteel e a Vale do Rio Doce podem anunciar hoje o fim dos planos para construção de uma usina de placas em Anchieta (ES), em razão de problemas ambientais levantados pelo governo capixaba. (págs. 1 e B7)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Crise força empresas a reinventar função do RI
Operações de derivativos, crise financeira internacional e virada repentina do câmbio promoveram uma agitação incomum no departamento de relações com investidores (RI) das empresas de capital aberto. Se a missão desses profissionais parecia restrita a viagens internacionais na atração de investidores e à divulgação de balanços a cada trimestre, os acontecimentos recentes lhes reservaram a missão de reter acionistas e até ajudar na captação de crédito bancário.“Os times de RI tiveram de repensar suas atividades para não haver efeito manada”, diz Andrea Pereira, diretora de RI do grupo EBX. A empresa de diagnósticos Dasa trocou o discurso sobre potencial de crescimento para a defesa de sua capacidade de atravessar a turbulência mundial, enquanto na Portobello até acompanhar a previsão do tempo tornou-se necessário, já que a empresa está sediada em Santa Catarina. “A maior preocupação dos investidores foi provocada pelas enchentes no estado”, conta Mário Baptista, diretor financeiro e de RI da companhia. Já a Brascan Residential Properties formatou o “kit crédito”, com todas as informações que os bancos precisam para avaliar a empresa, em caso de tomada de empréstimo.Mas esses executivos também recebem solicitações inusitadas que ajudam a tornar a rotina mais divertida, até na crise. “O RI virou o canal alternativo ao SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)”, diz Ricardo Garcia, do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores. Quando trabalhou no Itaú e no Paraná Banco, Garcia recebia consultas sobre empréstimo pessoal e dica de investimento e, na Metal Leve, a lista incluía dúvidas na instalação de pistão. (págs. 1 e B1)

Força Sindical interrompe negociações com a Fiesp
Após uma semana de tentativas de acordo para minimizar as demissões, a Força Sindical interrompeu as negociações com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) por dez dias. O objetivo da pausa é negociar primeiro com o governo, intensificando os pedidos para um corte substancial na taxa básica de juros. O recuo da Força abre espaço para a unificação do discurso das centrais sindicais e para a adesão da Central Única dos Trabalhadores, que não aceita negociar enquanto os empresários não garantirem a manutenção dos empregos, independentemente de redução de jornada. (págs. 1 e A5)

O poder “parajudicial” de Tarso
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, atribuiu ao poder “parajudicial” do ministro da Justiça, garantido em lei, a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio ao italiano Cesare Battisti. (págs. 1 e A7)

OpiniãoMarcos Cintra: Na proposta de reforma tributária patrocinada pelo governo, o que é tecnicamente justificável é politicamente inviável. E vice-versa. (págs. 1 e A3)

OpiniãoKlaus Kleber: Depois das medidas adotadas no início da crise, tem-se a impressão de que o imobilismo toma conta do governo. Parece que só o BC trabalha. (págs. 1 e A3)

Saneamento básico será aceleradoOs investimentos em projetos de saneamento básico serão acelerados durante este e o próximo ano, informou o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Sérgio Antônio Gonçalves. (págs. 1 e C3)

Teles pedem redução de tributos sobre serviços
No Brasil, os serviços de telecomunicações são tributados com o peso dos produtos supérfluos, como cigarros ou perfumes, embora sejam reconhecidos como essenciais a pessoas físicas e jurídicas de qualquer origem e condição econômica. A soma dos tributos atinge em média 43%, mais que o dobro da alíquota que incide nos vizinhos Argentina (21%) e Chile (18%), ou nos europeus Portugal (17%), Espanha (16%) e Itália (9%), sem contar os americanos México (15%) e Estados Unidos (12%). Por não respeitar o princípio da “seletividade”, que define alíquotas menores para serviços essenciais à população, os tributos das telecomunicações são alvo de críticas e campanhas recorrentes. A associação das operadoras móveis, a Acel, pede postergação do Fistel, imposto de fiscalização que vence em março e prevê arrecadação de R$ 2 bilhões. Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica, defende a redução dos impostos sobre os serviços nascentes de acesso à internet e tráfego de dados, ainda que os da telefonia sejam exagerados e excluídos do contexto mundial. “Estamos cientes da alta dependência dos estados”, justificou o executivo. (págs. 1, C1 e C2)

Varejo mantém juros e prazos
Ao contrário do que se imaginava, a crise financeira ainda não provocou alteração significativa nas taxas de juros de crediário e nos prazos de financiamento do varejo. Levantamento feito pela Shopping Brasil, empresa de inteligência de mercado, entre os dias 15 de dezembro do ano passado e 11 de janeiro de 2009, mostra que os dois indicadores vêm mantendo a estabilidade. “Esperava-se uma alteração pelo impacto emocional da crise no mercado. Mas na prática os juros não sofreram nenhum aumento significativo. Pelo contrário, já estiveram até mais altos”, afirma a gerente de Negócios da Shopping Brasil, Renata Gonzalez.A análise foi feita com base no monitoramento de tablóides, jornais e revistas de mais de 300 redes em todo o País, referentes a ofertas de eletrônicos, eletrodomésticos, portáteis, informática e telefonia.De acordo com o levantamento, a taxa de juros média na primeira semana pesquisada, de 15 a 19 de dezembro, foi de 4,93%. Subiu para 4,99% na semana seguinte, para 5,65% na posterior, e caiu para 5,44% entre os dias 5 e 11 deste mês. Já os prazos, passaram de 181 dias, na primeira semana, para de 183 dias nas duas semanas seguintes e de 189 na última semana do levantamento. (págs. 1 e C2)

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