terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

* O tradicional Carnaval dos Papangus de Bezerros (PE)

Fontes: Portal Terra

Bezerros é um riquíssimo pólo de animação cultural do Carnaval Pernambucano. Todo ano há culto de máscarados fantasiados chamandos de "papangus".
Uma das manifestações carnavalesca mais prazerosa de se assistir e participar, e dela não abrimos mão, são os desfiles do Papangus em Bezerros, a cerca de 100 quilômetros de Recife, cuja as imagens ilustram esse post. A marca registrada desse Carnaval interiorano são grupos de pessoas mascaradas chamadas de Papangus, que segundo a lenda surgiu em 1905 com um grupo de amigos que resolveram brincar o Carnaval escondido das esposas.

Eles se fantasiavam com folhas de bananeiras, cobriam os rostos com sacos de embrulhar pão e entravam nas casas das pessoas pedindo cachaça ou um prato de angu, especialidade da culinária da região.O Carnaval dos papangus leva para Bezerros cerca de 300 mil turistas a cada ano. O domingo é o ponto alto da festa, por causa do desfile pelas ruas da cidade e da farta distribuição de angu aos foliões, promovida pela prefeitura e a maior concentração de mulher bonita por metro quadrado do planeta.
No Carnaval dos papangus, para os bezerrenses "não revelar a identidade" é fundamental, uma questão de honra até. A graça é se manter no anonimato, afirma a guia turística da cidade Monique Fernandes, que explicou tudo a jornalista Ivy Farias, da Agência Brasil, transcrito pelo portal Terra . O Papangu Capangas é o mais antigo grupo de Bezerros. Ele existe há 40 anos e ninguém sabe quem são. A única dica que o grupo deu sobre quem são os 18 integranteses, é que pertencem a uma mesma família. "Ninguém faz idéia de quem somos. Só mesmo meu cachorro consegue me distinguir", disse um deles.

O anonimato dos foliões é mantido em segredo indefinidamente, cada um faz a sua fantasia. "Não faço a menor idéia de quem passou na minha casa para comer o angu no Carnaval do ano passado", disse Polliany Santos, diretora do Centro de Artesanato de Pernambuco. Indagada sobre se já se fantasiou de papangu, Pollyana desconversou, respondendo que não sai de casa no Carnaval.


A história se repete: se você perguntar a qualquer bezerrense se ele sai de papangu no carnaval, ele sempre nega ou desconversa. O fato é que durante o carnaval as pessoas somem e os papangus aparecem.

Mas além dos mascarados, pelas ruas da cidade desfilam blocos, troças e maracatus, estilizados, na sua maioria composto de jovens, demonstrando que a festa tradicional esta cada vez mais arraigada entre os costumes locais de se divertir e brincar o carnaval perto de casa, em família, com amigos e turistas fascinados.

Os desfilantes e Papangus sempre são solícitos e carinhosos com os turistas. Se você pede para tirar uma foto, eles param imediatamente e até fazem coreografia. Estamos aqui para aparecer mesmo, dizem.

A festa de rua acaba cedo, por causa de uma lei municipal, que proíbe os papangus continuar mascarados depois das 17h. Como ninguém que ser reconhecido, os papangus na hora marcada somem como por encanto, só retornando no ano seguinte, cada vez mais numerosos e alegres.








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