terça-feira, 5 de maio de 2009

* Solidariedade deve está acima das negociatas políticas e econômicas!




Mahamoud Ahmadinejad e sua coleção de amizades com Presidentes latinoamerianos: Evo Morales da Bolívia, Hugo Chávez, Venezuela e Rafael Correa, Equador. Falta Lula na sua coleção.

Ele aguardará momento propício para vir ao Brasil. A situação dele não é boa, no país onde reside, onde sofreu um duro golpe, quando o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, o repreendeu publicamente e desfez uma medida adminsitrativa tomada por Ahmadinejad, fazendo retornar ao posto Mostafa Khaksar Qahroudi, chefe da organização da peregrinação a Meca, que havia sido afastado pelo presidente.
No Brasil, comunidade gay e judeus fizeram passeatas contra o Presidente iraniano. Basearam-se nos desrespeitos aos Direitos Humanos naquele país. Será que vale a pena manter relações diplomáticas e comerciais com um povo que desrespeita os Direitos Humanos? Vejamos alguns fatos onde se fundamentam os manifestos contra o Governo iraniano:
Um dos grandes absurdos ocorridos no Irã nos últimos dias, foi o enforcamento de uma mulher condenada por assassinato quando ainda era menor de idade, anunciou neste sábado (02/05) o advogado dela. A execução desencadeou denúncias de grupos de defesa dos direitos humanos contrários à aplicação da pena capital a criminosos juvenis.

A execução de Delara Darabi, de 23 anos, ocorreu na sexta-feira no norte do Irã sem que o advogado dela tivesse sido notificado nem que a família da prisioneira pudesse estar presente. Provavelmente, a pressa para a execução, foi para evitar protestos e pedidos de perdão para a jovem quando da visita do presidente ao Brasil. Ele queria chegar por aqui, com essa questão já consumada. A jovem tinha 17 anos, em 2003, quando o crime pelo qual acabou condenada foi cometido. Delara inicialmente confessou o assassinato de uma prima de seu pai, quando tentava realizar um furto junto com o namorado Amir Hossein, 19 anos. Posteriormente, esclareceu ao juiz que sua confissão era falsa, estava tentando proteger o namorado, (condenado a dez anos de reclusão por cumplicidade) que havia assegurado que ela não seria executada porque era menor de idade.

No processo consta que os peritos, comprovaram não ter sido ela a autora do golpe de punhal que matou a vitima, por ser ela canhota e enquanto o ferimento foi causado por alguém destro.
Pelo furto e intimidade com o namorado, já havia sido castigada com 70 chicotadas, 50 pelo furto e mais 20 pelas relações amorosas com o namorado. A jovem não sabia que pela “charia”, o código de leis do islamismo, por onde se rege a justiça iraniana, uma menina é considerada adulta com nove anos e um menino com 15.

Na verdade depois que a Corte Suprema confirmou a condenação a morte em 2007, a única chance legal para Delara Darabi seria a família da vítima, - sua prima -, aceitar uma indenização em dinheiro. O pai da condenada chegou a fazer uma oferta, mas não houve aceitação. Os pais ficaram sabendo da execução porque, momentos antes do enforcamento, Delara recebeu autorização para telefonar para os pais.

"Mãe, eu enxergo a forca e o carrasco daqui. Eles vão me executar. Salve-me, por favor", teria dito a jovem no telefonema. Quando a família chegou à prisão, no entanto, as autoridades penitenciárias não permitiram que Delara recebesse uma última visita. De acordo com a Anistia Internacional (AI), o Irã é o país que mais executa delinquentes juvenis.

Apesar de a maioria das execuções serem realizadas por enforcamento, a lei iraniana também permite o apedrejamento em casos de adultério ou incesto.
Mesmo o enforcamento é praticado diferentemente de outros países, que aplicam o método em que o pescoço é quebrado e o condenado morre instantaneamente.
No Irã, a pessoa é levantada lentamente por um guindaste e sofre vários minutos antes de morrer asfixiada. Também já houve casos em que o jovem condenado não tinha completado 18 anos no momento da execução, como Atefeh Rajabi, (foto ao lado) que foi enforcada aos 16 anos, por cometer "atos incompatíveis com castidade", por ter tido relações sexuais com um homem mais velho, e por ter removido o hijab (o lenço utilizado pelas mulheres para cobrir a cabeça) enquanto discutia com o juiz no tribunal.
A adolescente foi enforcada em um local público em agosto de 2004, pelo próprio juiz que a condenou, e seu corpo ficou pendurado durante dias para servir de exemplo a adolescentes que cometessem atos considerados incompatíveis com a castidade.
A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, da qual a república islâmica é signatária, proíbe a aplicação da pena de morte a pessoas que cometeram crimes antes dos 18 anos de idade.
Solidariedade é importante. E está acima das negociatas políticas e econômicas, Sr. Lula!
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