segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

* PODRIDÃO NO DEM! Escândalo: O Castelo Cassino do Deputado

A QUEDA DO DEPUTADO EDMAR MOREIRA QUE SE DEIXOU LEVAR POR MEGALOMANIA E QUERIA VIDA DE REI NUM PAÍS PRESIDENCIAL!


Um antigo empregado, do deputado Edmar, cuja identidade não foi revelada, pelo jornalista Anderson Alves, do jornal mineiro O Tempo, que o castelo que só conseguimos ver até agora de fora, é "um palácio luxuoso, com interior requintado aos mínimos detalhes e com um cassino sofisticado, que incluí até caça-níqueis, frequentado por dezenas de importantes políticos e empresários.” Ele, que disse ter trabalhado para Moreira como servente entre 1991 e 1996 e afirmou que um dos xodós do atual corregedor da Câmara é o "imenso cassino, construído perto da torre principal do castelo". Entre os clientes do cassino, o ex-empregado diz que se lembra ter visto muito lá o ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani. Diz que não pode confirmar outros nomes porque não conhecia os políticos. "A gente sabia que eram políticos porque os seguranças nos avisavam, mas lá todos tinham tratamento de barão"."O mais famoso que a gente sabe que esteve lá foi o Itamar (Franco). Afinal, era 1993, quando ele era presidente", disse, explicando que o ex-presidente foi recebido por Moreira, mas não participou de jogos no interior do castelo.


Foto de uma das salas decoradas no interior do castelo


"Ficávamos todos impressionados com a quantidade de dinheiro que os convidados perdiam lá. A gente via muito dinheiro indo para os cofres. Era uma infinidade de notas de R$ 50 e R$ 100", revelou. "O que também atraía muito os convidados era a adega do castelo. Claro que nunca contei, mas havia ao menos 8.000 garrafas. A adega é enorme, climatizada. Ele (Moreira) dizia que o vinho sempre tinha que ficar em temperaturas europeias".Segundo o ex-funcionário, para receber os jogadores - "normalmente aos fins de semana" -, o castelo era preparado com três dias de antecedência. "Tudo era muito bem planejado. Dentro do castelo, havia uma grande mesa com roleta, máquinas caça-níquel, bilhar e jogos de cartas"."Éramos uns 60 empregados por noite. O salão é muito grande, difícil até de limpar. Tinham pelo menos três grandes lustres, uma lareira e duas grandes escadarias", completou o ex-funcionário, dizendo ainda que "muitos convidados passavam a noite lá e, pela manhã, ainda disputavam partidas de golfe".



Em recente entrevista em Brasília, Edmar Moreira demonstrou irritação ao ser questionado se havia funcionado um cassino no castelo: "Está questionando que estou praticando contravenção?", retrucou. Já na quinta-feira à noite foi tirado do ar o portal na Internet que trazia informações e fotos do Castelo de Monalisa.


Quando soube que a Executiva Nacional do DEM vai se reunir para analisar a sua situação política, o deputado, que ocultado da Justiça Eleitoral o castelo em Minas Gerais, sentiu que sua cabeça iria rolar, resolveu renunciar aos seus cargos na Camara!


Pressionado politicamente para renunciar ao posto de segundo vice-presidente e já sabendo que perderá o cargo de corregedor da Câmara, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) provavelmente terá também de procurar um novo partido a partir desta semana.

Para os dirigentes do partido, a situação de Edmar Moreira se tornou insustentável politicamente dentro da legenda depois da descoberta da existência do castelo. Mas o comando do DEM já estava extremamente insatisfeito com Moreira por conta de sua entrada na disputa pela segunda vice-presidência da Câmara.

O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), já tinha divulgado nota na quarta-feira cobrando sua renúncia dos cargos na Câmara, mas sem vincular essa cobrança ao caso do castelo.

"Existe uma clara incompatibilidade dos atos do deputado com o que prega o partido. Mas a Executiva Nacional vai se reunir para discutir sua situação e as punições previstas pelo estatuto vão de advertência até expulsão", afirmou Rodrigo Maia ao Estado.

Edmar Moreira (DEM-MG) antecipando-se a todos, saiu da sua posição de “daqui não saio daqui ninguém me tira” e renunciou ao cargo de segundo vice-presidente e Corregedor da Câmara e vai se afastar do DEM. Para tentar tirar o foco de cima do seu castelo e de sua cabeça.

Segundo o Blog do Noblat em seguida entrará com mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral alegando que está sendo perseguido pela direção do partido.

É assim que pretende preservar seu mandato.

A Justiça entende que mandato pertence a partido. Uma vez que fosse expulso, como a direção do DEM anunciou que seria, Edmar perderia o dele.

O titular de mandato só pode se desligar do partido pelo qual se elegeu se provar que foi perseguido ou que o partido mudou sua ideologia. Nesse caso carregará o mandato para onde for.

Não será fácil para Edmar convencer a Justiça de que foi perseguido.

O DEM argumentará que ele ignorou o compromisso com a ética - um dos pontos do programa do partido. E que por isso perdeu o direito de ficar com o mandato depois de se desfiliar.

O Deputado atraiu todos os problemas na sua direção quando resolveu sair do anonimato e ficar mais poderoso na Câmara. Os refletores trouxeram-lhe apenas dor de cabeça e talvez a perda de mandato.




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