O Globo
Manchete: Império com Lula
O Império Serrano abriu ontem o desfile do Grupo Especial reeditando um samba-enredo de 1976 – A lenda das sereias e os mistérios do mar – e com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pela primeira vez pisou no Sambódromo (o primeiro foi Itamar Franco, em 1994, que se envolveu numa polêmica fotogênica com a modelo Lílian Ramos). O Império empolgou a Sapucaí com o refrão “ela mora no mar, ela brinca na areia, no balanço das ondas, a paz ela semeia”. Empolgou principalmente Lula, que batucou e dançou com a primeira-dama, dona Marisa, ao lado do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. A aliança política que vem trazendo recursos para o Rio virou um trio momesco. As ruas da cidade foram tomadas por blocos. Em Ipanema, três deles causaram engarrafamentos e cheiro de urina nos muros. (pág. 1)
Gabeira já discute chapa para 2010
Candidato derrotado a prefeito do Rio, o deputado Fernando Gabeira (PV) se reuniu ontem com líderes do PSDB no estado para começar a preparar sua candidatura a governador ou a senador em 2010. (págs. 1 e 4)
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Folha de S. Paulo
Manchete: EUA fecham bancos e podem estatizar
Nos primeiros 40 dias deste ano, os EUA liquidaram 13 bancos (médios e pequenos) – em 2008 inteiro, foram 25 instituições. Sete bancos foram extintos em fevereiro, o maior número em um mês desde 1993.Os acionistas tiveram perdas totais, as agências e contas foram distribuídas entre os concorrentes. A expectativa é que até 1.000 dos 8.348 bancos sejam liquidados nos próximos três anos.
As ações dos quatro principais bancos (Citigroup, Bank of America, JPMorgan Chase e Wells Fargo) despencaram. O Citi vale hoje 10% do que valia há um ano.
Há temores de que alguns sejam estatizados, já que essa opção ganha força no país. “Qualquer que seja a decisão, existe um forte compromisso de manter os bancos privados e de devolvê-los ao setor privado o mais rapidamente possível”, disse o presidente do Fed, Ben Bernanke. (págs. 1 e B1)
Europa pedirá ao G20 sanções duras contra paraíso fiscal
Líderes da União Europeia defenderam ontem sanções a paraísos fiscais, mais regulação do mercado financeiro e duplicação dos recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional) para amenizar a crise.
O plano será apresentado na reunião do G20 (grupo dos países mais ricos e dos principais emergentes), em abril. Para implantá-lo, a UE precisará do apoio de EUA, China e Rússia, que podem resistir à regulação. (págs. 1 e A6)
Conflito com sem-terra deixa 4 mortos em fazenda de PE
Um confronto entre seguranças de uma fazenda e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) resultou na morte de quatro funcionários da propriedade rural em São Joaquim do Monte (PE, a 134 km de Recife).
Segundo a polícia, cerca de 80 sem-terra tentaram reinvadir a fazenda, de onde haviam sido despejados por ordem judicial. Dois suspeitos foram presos; outros dois ainda são procurados. (págs. 1 e A5)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Europeus querem mais US$ 500 bi para o FMI
Líderes políticos dos seis países da União Europeia (UE), reunidos ontem em Berlim, chegaram a um acordo sobre as linhas gerais da proposta de reforma do sistema financeiro internacional que levarão à Cúpula do G-20 financeiro, em Londres, no dia 2 de abril. Eles defendem o aumento de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em US$ 500 bilhões para enfretar a crise. “Os recursos do FMI devem ser dobrados para permitir ajuda rápida e flexível a seus membros em dificuldades”, diz o documento.
Os europeus concordam ainda que o aumento da supervisão deve envolver todos os produtos financeiros e mercados, inclusive os paraísos fiscais. Para Angela Merkel, chanceler alemã, “os pontos cegos no mapa mundi devem ser eliminados”. A decisão reforça as ameaças de quebra de sigilo bancário na Suíça, depois que o governo aceitou acordo com os EUA para repassar dados de 300 clientes do banco UBS à Justiça americana. (págs. 1, B1 e B3)
Caixas-pretas prejudicam controle do gasto público
Desde 2001, Câmara e Senado mantêm sob sigilo gastos com verbas indenizatórias, uma espécie de complementação salarial aos parlamentares. Verdadeiras “caixas-pretas”, estas verbas serão abertas ao público a partir de 2009, conforme determinação da Mesa Diretora da Câmara. Mas, para colocar a medida em prática, a Mesa “anistiou” 1,5 milhão de notas fiscais de anos anteriores. (págs. 1 e A4)
Brasil terá oito laboratórios de pesquisas com células-tronco
O governo federal financia a construção no País, até 2011, de oito novos centros com laboratórios de pesquisas com células-tronco, de acordo com padrões internacionais. Para Eliana Abdelhay, pesquisadora-chefe do Centro de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer (Inca), apesar dos avanços obtidos e embora nenhum acidente tenha sido registrado, os laboratórios utilizados até então têm nível de segurança intermediário. (págs. 1 e A11)
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Jornal do Brasil
Manchete: Show na Sapucaí
O maior espetáculo da Terra encheu os olhos de quem acompanhou ontem os desfiles das escolas de samba no Rio, como o presidente Lula e a top Gisele Bündchen. Rainha da bateria da Vila, Natália Guimarães exibiu beleza, simpatia e samba no pé pela Marquês de Sapucaí. (págs. 1 a 8)
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Correio Braziliense
Manchete: Bloco do bafômetro leva 2 foliões por hora
Se quer brincar o carnaval, não beba antes de assumir o volante. É o que recomenda a Operação Álcool Zero do Detran-DF e do Batalhão de Trânsito da PM, que nas noites de sexta e sábado flagrou 34 motoristas alcoolizados — número superior aos 28 registrados na primeira semana de vigência da lei seca, em junho. Com blitzes móveis, policiais prometem frear a irresponsabilidade no trânsito durante a folia. “Por conta das festas, as pessoas bebem mais e ficam mais inconsequentes”, lembra o subcomandante do BPTran, Alessandro Venturini. (págs. 1 e 15)
US$ 500 BI países ricos querem ajuda extra do FMI (págs. 1 e 11)
Lula na Sapucaí
Presidente e dona Marisa assistiram ao desfile das escolas de samba no camarote do governador. (págs. 1 e 5)
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Valor Econômico
Manchete: Citi coloca à venda fatia de R$ 2,5 bi na Redecard
Um dos bancos mais atingidos pela crise financeira nos Estados Unidos, o Citi deve colocar à venda no Brasil a participação de 17% que possui na Redecard, processadora de cartões de crédito e débito. O negócio pode render R$ 2,5 bilhões ao caixa do banco. O Citi avalia as opções para se desfazer do ativo e pretende chegar a uma conclusão rapidamente. A Redecard é considerada um dos poucos negócios da filial brasileira cuja venda pode gerar valor para o banco e trazer alívio em meio às pesadas perdas com crédito. A companhia faz o credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões Mastercard e Diners no país, além de processar os pagamentos e realizar a liquidação financeira. Uma das saídas mais prováveis é uma oferta pública do bloco de ações, já que os papéis se recuperaram nos últimos meses em relação a sua pior cotação, de R$ 17,68, registrada em outubro do ano passado. Ontem, a ação subiu 1,55% e fechou a R$ 26,71, praticamente equiparando-se ao valor da abertura de capital, realizada em julho de 2007, quando os investidores pagaram R$ 27 por ação.
Uma oferta pública neste momento representaria um grande teste para o mercado de ações brasileiro, que está fechado para operações desse tipo desde junho do ano passado.O valor de mercado da Redecard está em quase R$ 18 bilhões e a fatia do Citi vale R$ 3 bilhões. No caso de uma oferta pública, no entanto, o banco deve oferecer um desconto sobre a cotação em bolsa e, com isso, arrecadar menos. O Valor apurou que uma parte desses 17% interessa ao Itaú, que já detém 46,4% do capital da Redecard. Se comprar algo próximo a 5% das ações, o Itaú pode consolidar sua posição de controle. Hoje, Itaú e Citi fazem parte do bloco de controle, que originalmente também incluía o Unibanco. O Itaú ficou com a participação do Unibanco. O Citi informou que não comentaria “rumores de mercado" e o Itaú não respondeu ao pedido de entrevista. Além de colocar um bom dinheiro em caixa com a venda das ações, o Citi também teria um efeito positivo em seu balanço. Os papéis da Redecard estão registra dos até hoje por seu valor patrimonial, que representa uma fração da cotação em bolsa. A sua venda, portanto, proporcionaria um grande lucro. (pág. 1)
Ideias
Maria Cristina Fernandes: ainda é cedo para se concluir que o PMDB vai compor chapa com Dilma Rousseff. (págs. 1 e All)
Ideias
Claudia Safatle: para o governo, Brasil está em processo de "descolamento" dos países emergentes. (págs. 1 e A2)
Ideias
Naércio Menezes Filho: as ideias mercantilistas caíram em desuso. (págs. 1 e A15)
Lucro recorde do BB
O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,944 bilhões no quarto trimestre do ano passado, mais que o dobro do resultado em igual período de 2007, graças ao maior crescimento da carteira de crédito desde 2000. Em 2008, o lucro foi de R$ 8,8 bilhões, uma alta de 74%. (págs. 1 e Cl2)
Demissões na Embraer
Depois de Boeing, Airbus e de sua principal concorrente, Bombardier, a Embraer também anunciou ontem a demissão de 4,2 mil empregados, equivalentes a 20% do pessoal, devido à queda na previsão de entregas de aeronaves neste ano. (págs. 1 e A4)
Perda de empregos
O estoque de empregos com carteira assinada no país diminuiu 0,32% em janeiro, com a eliminação de 101,7 mil postos de trabalho. Foi o pior resultado desde 1996. Além disso, há nove anos não havia perda de vagas em janeiro. (págs. 1 e A5)
Queda da arrecadação se acelera
A Receita Federal divulga hoje a arrecadação de janeiro. Motivo de apreensão no governo nos últimos dias, os números deverão mostrar queda nominal próxima de 1 % em relação a janeiro de 2008. Em termos reais, tomada como referência a inflação medida pelo IPCA, a redução chega a aproximadamente 6% na mesma comparação. Ainda assim, o resultado não é considerado ruim no Ministério da Fazenda. Por causa da crise, esperava-se queda maior.Um dos fatores que amenizaram o problema foi o comportamento das contribuições à Previdência. Graças ao crescimento da massa salarial, a receita previdenciária aumentou perto de 8% ante janeiro de 2008, com um crescimento real próximo a 2%. (págs. 1 e A6)
Madoff faz cair aplicação no exterior
As perdas causadas por Bernard Madoff afugentaram representantes de instituições financeiras internacionais que vinham regularmente ao Brasil oferecer aplicações no exterior. O interesse dos brasileiros em investir lá fora despencou, mas a situação revela que, apesar dos esforços fiscalizadores das autoridades, a venda ilegal de aplicações no exterior ainda é comum no país. Segundo a legislação, um gestor estrangeiro não pode divulgar os fundos. Mas essa é uma prática corriqueira, sobretudo quando se trata de clientes que têm grandes volumes para aplicar, procuram diversificação. O investimento em fundos no exterior é perfeitamente legal, desde que seja declarado à Receita Federal. (págs. 1 e D1)
Setor têxtil reduz compras da Ásia
Depois de três anos de aumento na importação de produtos e insumos, a indústria têxtil cortou encomendas na Ásia. Alguns fabricantes decidiram interromper completamente as compras no exterior e outros estão diminuindo o volume em razão da taxa de câmbio, que deixou menos atraentes os preços cobrados pelos asiáticos.A maior parte das companhias reduziu importações de insumos como fios, fibras e filamentos têxteis, mas há casos em que os cortes atingiram produtos acabados e semiacabados. "Alguns asiáticos já reduziram os preços em 10% para nos manter como clientes, mas isso depois da desvalorização. Preferimos produzir alguns itens no próprio país a importar", afirma Marcello Stewers, diretor da Teka, que reduziu suas compras da região em 85%. A Buettner e Fiação São Bento, que compravam insumos, suspenderam as importações. Pelos dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o volume de importações do setor em toneladas caiu 35,1% em janeiro ante o mesmo mês de 2008. Há recuos expressivos em fios (49,6%), fibras têxteis (33,4%), filamentos (48,3%), e linhas de costura (71,1%). (págs. 1 e B1)
Risco dos países ricos mais que duplica
Os prêmios de risco de crédito dos países ricos mais que dobraram desde dezembro e se aproximam de 100 pontos básicos - estavam abaixo de 10 pontos antes da crise. No mesmo período, o risco-Brasil não subiu nem 6%. Esses indicadores revelam a percepção dos mercados sobre a probabilidade de não-pagamento da divida por um determinado país ou empresa. Para cada 100 pontos no risco-país as empresas ou governos pagam 1 ponto percentual a mais de juros em seus financiamentos.A alta dos prêmios dos países ricos foi tão forte que o risco-EUA, o risco-Alemanha e o risco-Japão estão hoje bem acima dos níveis mínimos a que chegou o risco-Brasil em meados de 2007. O risco-EUA, que era de 7 pontos em 1º de maio do ano passado, chegou a 94 pontos no dia 17, um aumento de 170% na comparação com os 34,9 pontos do dia 12 de dezembro. Ontem, manteve-se elevado, mas caiu para 90 pontos. O risco-Japão, de 11 pontos em maio, fechou ontem a 101,5 pontos. O risco-Alemanha, que se mantinha em 5 pontos, atingiu seu recorde histórico ontem: 85,6 pontos. O risco-Brasil fechou aos 362,8 pontos. (págs. 1 e C1)
Siderúrgicas americanas preparam ação de dumping contra o aço importado (págs. 1 e C3)
Siderúrgicas americanas preparam ação de dumping contra o aço importado (págs. 1 e C3)
GM poupa a América do Sul
As operações da GM na América do Sul estão fora do plano da montadora de cortar 47 mil empregos no mundo. O reaquecimento do mercado doméstico ainda evitará a demissão de parte dos 1,6 mil operários da fábrica de São Caetano que estão em licença. (págs. 1 e B10)
Gerdau revê investimentos
A crise econômica que causou a maior queda do lucro trimestral na história da Gerdau - 67,1%, para R$3 11 milhões - levou o grupo a rever os investimentos. Os US$ 6,4 bilhões anunciados entre 2008/10 serão reduzidos a US$ 5 bilhões, até o fim de 2013. (págs. 1 e D10)
Skaf costura apoio eclético a candidatura
O presidente da Federação das indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, procura formar uma coligação que lhe permita disputar o governo paulista reunindo de comunistas a malufistas. A ideia é filiar-se até maio ao PSB e que a possível chapa inclua ainda PR e PP, obtendo cerca de sete minutos no horário eleitoral gratuito. Skaf tem mantido conversas com o chamado "bloco de esquerda" formado por PDT, PSB, PCdoB e PR. O deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP paulista, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) participam diretamente da negociação, além de Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), da Força Sindical. Esse grupo acredita em uma disputa com políticos pouco conhecidos, talvez com exceção do ex-governador Geraldo Alckmin. (págs. 1 e A11)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Embraer demite 4.273, mas mantém investimento externoA demissão de 20% dos funcionários da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), anunciada ontem, abalou o polo aeronáutico nacional, que ainda carece de informações sobre as próximas medidas a serem adotadas pela companhia em seu realinhamento no mercado internacional. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, onde fica a sede da Embraer, ingressará com um pedido de esclarecimentos via Ministério Público por não ter sido informado com antecedência sobre a demissão em massa, que atingiu 4.273 empregados.
O prefeito da cidade, Eduardo Cury, se encontra hoje com a direção da Embraer e já determinou que as secretarias de seu governo terão que economizar 10% sem prejudicar serviços à população. Isso fará parte de um plano estratégico para atender os recém-despedidos. Apesar de demitir apenas no Brasil, a Embraer manterá seus investimentos externos programados para os Estados Unidos, a China e Portugal.
A direção do sindicato aguarda para as próximas horas um pronunciamento do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou uma parte significativa das exportações da companhia nos últimos anos. Em 2007, a Embraer contratou 4.469 profissionais e consultorias especializadas chegaram a apontar um excedente de 2 mil funcionários no ano passado.
O impacto das dispensas também teve reflexo nos papéis da empresa. A ação da Embraer negociada na Bovespa encerrou o dia de ontem em queda de 2,44%, cotada a R$ 8,41. Na Bolsa de Nova York, o papel caiu 2,51%, para US$ 14,40. A Embraer também anunciou que reviu suas estimativas para este ano, prevendo entregar 242 aeronaves, com receita prevista de US$ 5,5 bilhões. Os investimentos foram revistos para US$ 350 milhões em 2009.Em janeiro, foram eliminados 101.748 empregos formais no País, no pior resultado apurado para o mês em toda série história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Os leitores da Gazeta Mercantil souberam primeiro da intenção da Embraer de realizar um drástico corte em seu quadro de pessoal. Na edição de 11 de dezembro de 2008, o repórter Júlio Ottoboni escreveu que a companhia decidira demitir 20% de seu efetivo em janeiro de 2009. Ottoboni não indicou a data exata das dispensas, mas foi preciso em sua quantidade, como atesta o comunicado distribuído ontem pela Embraer. À época da publicação da reportagem, a diretoria da empresa classificou as informações de leviana. (págs. 1, A2, A9 e C1)
Petrobras fornecerá óleo à China
A Petrobras negocia com a China empréstimo no valor de US$ 10 bilhões, dinheiro que a ajudaria a avançar em seu projeto de exploração e produção de petróleo na promissora região do pré-sal. Em troca dos recursos, a estatal se propõe a garantir o fornecimento de até 160 mil barris diários para refinarias chinesas, conforme disse ontem o presidente da petrolífera brasileira, José Sérgio Gabrielli. “É para já, a preços de mercado”, disse o executivo, referindo- se ao acordo firmado ontem, em Brasília, com as empresas chinesas, em encontro que teve as presenças do presidente Lula e do vice-presidente da China, Xi Jinping. A estratégia da Petrobras de levantar recursos em troca de fornecimento de petróleo à China não é pioneira. Nesta semana, a Rússia fez o mesmo tipo de acordo e garantiu US$ 25 bilhões dos chineses. (págs. 1 e C11)
Vale tem ganho de R$ 10 bi no terceiro trimestre
A Vale lucrou R$ 10,4 bilhões e gerou receita de R$ 17 bilhões no quarto trimestre de 2008. Os ganhos foram 130% maiores, comparados a igual período de 2007. O resultado reflete, entre outros fatores, ganhos com aplicações financeiras e o dólar mais caro, que valoriza o produto da empresa vendido no mercado internacional. O lucro da mineradora em todo o ano passado foi de R$ 21,7 bilhões — 6,3% maior do que o de 2007 —, mas teria sido de R$ 29 bilhões não fossem ajustes contábeis. O resultado superou as mais otimistas projeções. O banco Banif previa lucro entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, mas já apontava que a empresa deveria ter ganhos a mais com receitas financeiras, de aplicações e com o câmbio. No resultado em dólares, pelo padrão norte-americano, os resultados ficaram mais em linha com as projeções, pois os efeitos cambiais não pegaram os analistas de surpresa. (págs. 1 e A4)
Lucro do Banco do Brasil cresce 74%
O Banco do Brasil (BB) obteve um lucro recorde, de R$ 8,8 bilhões em 2008, com expansão de 74% sobre o exercício anterior, em grande parte influenciada pelo aumento de 39,9% das operações de crédito, que atingiram R$ 224,8 bilhões ao final de dezembro. O presidente do BB, Antônio Francisco Lima Neto, estima alta de 17% para a carteira de crédito este ano, apesar de a instituição ter fôlego para bem mais. Conforme cálculos do BB, sem considerar as aquisições do controle do Banco Nossa Caixa e de 50% do Banco Votorantim, a capacidade de aumento dos ativos de crédito da instituição chega aos R$ 117 bilhões. Com as compras, cai para R$ 45 bilhões, enquanto planeja alta de R$ 38 bilhões este ano. Com o crescimento do ano passado e as aquisições, o Banco do Brasil tem agora R$ 615,6 bilhões em ativos e pode voltar a brigar pela liderança do mercado nesse quesito com mais tranquilidade. Em setembro, o líder Itaú Unibanco, que tomou essa posição após a fusão em novembro, contabilizava R$ 575 bilhões em ativos e deverá divulgar seus números de 2008 nas próximas semanas. Lima Neto afirmou ontem, em São Paulo, que a consolidação das operações de seguros, previdência privada e capitalização da instituição que dirige será concluída em 2009. “O negócio de seguridade faz parte da estratégia de crescimento do BB, estamos detalhando um novo modelo.” A contribuição da área para o resultado global do BB cresceu 24,9% em 2008, para R$ 1,51 bilhão. O banco estatal estuda assumir o controle majoritário das cinco seguradoras que comercializam apólices na rede de agências ou fechar parceria com apenas uma empresa. (págs. 1 e B1)
Fiscalização
Receita autua menos e arrecadação cai. (págs. 1 e A13)
Cooperativas do Paraná faturam R$ 25 bilhões
A estimativa de que as cooperativas paranaenses faturaram R$ 22 bilhões em 2008 foi revista ontem pela Organização das Cooperativas do Paraná. A combinação de melhores preços nos grãos e a maior produção da história do estado devem resultar em receita perto de R$ 25 bilhões, do quais R$ 23 bilhões somente do setor agropecuário, 36,9% mais que em 2007, quando a receita foi de R$ 16,8 bilhões. (págs. 1 e B11)
Incentivo fiscal gera processo
Alguns estados estão processando contribuintes locais que recebem incentivos fiscais de outras unidades da Federação. Em um dos processos, a empresa responde por suposta dívida de R$ 300 milhões. (págs. 1 e A14)
Consumo de gás cai 29% em janeiro
A queda da demanda industrial e o forte aumento no preço do gás natural provocaram retração de 29% no consumo brasileiro do combustível em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. (págs. 1 e C11)
Petróleo sobe 14%, para US$ 39,48
A queda inesperada nos estoques semanais de petróleo dos EUA surpreendeu o mercado ontem e fez disparar o preço do barril, que fechou cotado a US$ 39,48 na Bolsa de Nova York, com alta diária de 14%. (págs. 1 e C11)
Plano pessoal: Otimismo de gestores brasileiros esconde certa desinformação
Estudo feito com 7,5 mil gestores revela que os brasileiros são os mais otimistas em relação à crise. Mas, para o presidente do Grupo BPI, Gilberto Guimarães, o levantamento aponta para a desinformação. “Percebe-se que eles (executivos) não entendem as razões profundas do problema.” (págs. 1 e D7)
Opinião: Gabriel de Salles
Apesar do momento favorável ao açúcar e ao etanol, usinas usam a “crise” como argumento para adiar pagamentos a arrendadores de terras. (págs. 1 e A3)
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