domingo, 25 de janeiro de 2009

* Evo Morales fez acusações contra CNN e jornalista contesta


A correspondente da CNN na Bolívia, Gloria Carrasco, contestou o presidente Evo Morales, diante de toda a imprensa internacional, mandando-o provar, repetidas vezes, acusações contra a empresa para a qual trabalha

Foto: Divulgação CNN


Evo Morales se queixou durante uma entrevista coletiva no palácio Presidencial Quemado de La Paz, de uma informação que, segundo ele, a CNN teria divulgado a respeito do estabelecimento de relações diplomáticas entre Bolívia e Irã em setembro de 2007.
Segundo Morales, a CNN teria classificado o fato de aliança do narcotráfico e terrorismo, colocando na tela fotografias dos presidentes da Bolívia e do Irã (Mahmud Ahmadineyad).

A correspondente da CNN em La Paz, Gloria Carrasco, presente na coletiva, pediu a Morales um esclarecimento, começando neste momento a discussão.

Morales estava relaxado no início da coletiva, que começou com brincadeiras com os jornalistas e uma advertência: Cuidado com a sapatada, disse em referência ao incidente com o ex-presidente americano George W. Bush no Iraque.

Pedi ao Departamento de Estado que esclareça esta informação divulgada pela CNN (.) eu pedi uma cópia e não me enviam a cópia, disse o presidente boliviano.
Foto: Getty Images/AFP
MOTIVO DA POLÊMICA: Evo Morales e o Presidente do Irã Mahmud Ahmadineyad em setembro de 2007

Diga a data e o dia da notícia, respondeu a correspondente boliviana, com Morales respondendo: Foi uma reportagem nos Estados Unidos, negar isso seria grave (.), eu vi pessoalmente.
A repórter voltou a perguntar: quando foi?, ao que o presidente boliviano, já visivelmente irritado, afirmou: digo a verdade e tenho o direito de dizer a verdade.
Morales assinalou que o mundo inteiro sabe qual a orientação da CNN.

Mas a correspondente da emissora americana não recuou e exigiu: Tem que provar o que diz. Morales contestou: Peço a você como mulher que diga a verdade.

Carrasco voltou a insistir: A você também peço o mesmo.

Eu sempre digo a verdade, por isso estou na presidência, conclui o presidente boliviano, dando um ponto final ao ácido diálogo, testemunhado por quase 50 jornalistas estrangeiros.

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